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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Artigo - A Publicidade ontem e hoje. Uma homenagem ao publicitário Washington Olivetto. Roberto Ramalho é Relações Públicas e Jornalista. www.ditoconceito.blogspot.com.br

Escritor e publicitário Washington Olivetto

A história da publicidade é tão antiga quanto o aparecimento do comércio. Apesar de não haver dados concretos sobre o surgimento da publicidade (data, mês, ano, século) tudo indica que ela começou a existir quando algum mercador utilizou e empregou individual ou coletivamente em relação aos seus compradores os métodos de persuasão, bajulação, astúcia, e provavelmente a malícia, com o objetivo de vender seus produtos, auferindo algum ganho ou vantagem.

Na Idade Média, com as viagens marítimas empreendidas por grandes navegadores, como Marco Polo, por exemplo, com o intuito de descobrir e conquistar novos territórios, a atividade comercial começava sua expansão. Graças à troca ainda primária de mercadorias imprescindíveis entre raças e povos diferentes, foi possível levar e trazer benefícios a milhões de seres  humanos em todos os recantos do mundo já naquele  tempo.

Com o fluxo variado de bens de consumo, principalmente de  alimentos vindos do exterior, como café, fumo, chá, condimentos, pratarias (prata, ouro, alumínio,cobre, etc), tecidos–excepcionalmente a seda -, e outros de suma  importância, tornou-se imprescindível aos comerciantes  criarem um instrumento que ajudasse a atrair demanda para  poder vendê-los.

Esse instrumento viria a surgir ainda que de uma maneira  embrionária, a partir do século XVIII, na Grã-Bretanha. Objetivando vender suas mercadorias importadas, principalmente às elites nobres e burguesas, alguns comerciantes mais ousados e inteligentes acabariam por  criar os meios necessários para fazê-lo.

Através da impressão de folhetos e folhas noticiosas, foi possível definir e enumerar as qualidades e vantagens que as mercadorias podiam oferecer ao público consumidor daquela época. Até o cartaz desempenhou extraordinário papel.

Com o advento da Revolução Industrial as indústrias manufatoreiras se expandiram rapidamente e começaram a oferecer uma quantidade cada vez maior de produtos a  população que tinha necessidade de adquiri-los. Porém, como a grande maioria não tinha conhecimento sobre a sua existência, era preciso encontrar um meio que informasse  aos consumidores da época.

Esse meio de comunicação importantíssimo surgiria finalmente no final do século XIX, em forma de jornais e  periódicos populares, acompanhando o rápido crescimento  industrial e educacional da Europa.

Com o aparecimento do Rádio no início do século, da Televisão na década de 30 nos EUA, e a partir do  desenvolvimento dos meios de comunicação de massa e da sua conseqüente expansão em todos os continentes do nosso planeta, a publicidade acaba alcançando o seu auge na década de 60 com o surgimento das grandes empresas anunciantes e das agências como a Mc Erikson, por exemplo.

A partir desse momento, portanto, têm-se o desenvolvimento e o boom da publicidade, tornando-a um dos maiores e melhores veículos de comunicação existentes, contribuindo, sobremaneira, para que o consumidor seja persuadido ao consumo de bens e serviços, inclusive com o advento da Internet.

No Brasil, um dos mais destacados e premiados publicitários brasileiro, Washington Olivetto, faleceu no domingo, dia 13 do corrente mês e ano. Escritor estava internado no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, há quatro meses, onde tratava problemas pulmonares.

O publicitário brasileiro e descendente de italianos, Washington Olivetto, ganhou mais de 50 Leões no Festival de Publicidade de Cannes.

Washington Olivetto revolucionou a forma e amaneira de se fazer publicidade no Brasil como a peça publicitária em que ganharia o troféu “Leão de Ouro” no premiado Festival de Cannes, França, na década de 80 do Século XX, quando uma adolescente usa pela primeira vez um sutiã.

Olivetto foi o criador de campanhas icônicas, como a do "Garoto Bombril" e a do "Meu primeiro sutiã", da Valisère, além de ter elaborado centenas de outras peças publicitárias. O personagem -"Garoto Bombril" - falava para o público feminino sobre o produto de limpar panelas e outros utensílios domésticos como a esponja de aço Bombril.

Na década de 1980, ele fundou sua própria agência, a WBrasil, consolidando ainda mais sua influência e legado no mundo da publicidade.

Washington Olivetto também foi o único publicitário não anglo-saxão e brasileiro a ser incluído no Hall of Fame do The One Club de Nova York e a receber o prêmio Lifetime Achievement do Clio Awards, duas das mais prestigiadas honrarias no universo da publicidade mundial.

Washington Olivetto foi cremado na tarde dessa segunda-feira, dia 14 de outubro. Que Nosso Senhor Jesus Cristo acolha seu espírito numa das moradas do PAI celestial. 

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