Artigo
– A vacinação contra os subtipos da gripe da família Influenza e
a mutação das cepas H1N1 e H3N2. Roberto Ramalho jornalista,
servidor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas e
pesquisador. www.ditoconceito.blogspot.com.br
Começou
nessa segunda-feira a vacinação contra os vírus da família
Influenza em todo o Brasil.
A
Prefeitura de Maceió anunciou que à primeira etapa das Campanhas de
Vacinação contra a Influenza e o Sarampo de 2022 serão Coordenadas
pelo Ministério da Saúde e que terá como população-alvo nesta
primeira fase, que vai do dia 4 a 30 de abril, grupos prioritários,
ou seja, os idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores da saúde. Já
em relação a vacinação contra o Sarampo, terá sua primeira etapa
direcionada para todos os trabalhadores da Saúde da cidade.
Em
relação a segunda etapa das campanhas que acontecerá entre os dias
2 de maio e 3 de junho, nesta fase, a imunização contra Influenza e
o Sarampo deverá atender as crianças de 6 meses a menores de 5 anos
de idade. Da mesma forma também poderão se imunizar contra a Influenza professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, as gestantes e puérperas, profissionais das forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, além da população privada de liberdade.
O
Dia D das campanhas será em 30 de abril e a imunização dos
públicos vai acontecer em duas etapas, com previsão de término
para o dia 3 de junho.
Em
Alagoas, o objetivo é vacinar um total de um milhão de pessoas.
A
circulação do H3N2 no
Brasil não é nenhuma novidade. O vírus H3N2
circula no país há
bastante tempo. O que acontece é uma sazonalidade, por isso em todo
mês de setembro um grupo se reúne na Organização
Mundial de Saúde (OMS)
para entender qual é o vírus que está circulando, principalmente
no hemisfério Norte, e isso replica no Brasil.
A
imunização contra o vírus está na vacina da gripe. A vacina já
vem com uma composição que abrange esses tipos de life vírus
[vírus vivo] que são específicos para a imunização, a vacina já
tem o H1N1, o H3N2 e tem também influenza B.
Não
podemos dizer que vamos ter [o
H3N2] exatamente da mesma
maneira [no Brasil], lembrando que há um inverno muito mais intenso
na América do Norte, embora estejamos num Brasil tropical que já
está na época das estações de outono e posteriormente inverno.
E
ainda vivemos sob a pandemia causada pela Covid-19,
que embora esteja controlada sua incidência, em muitos países ainda
não acabou.
Cabe
a vigilância epidemiológica dos estados e municípios e também o
Ministério da Saúde vacinar a população.
É
necessário lembrar que durante 2014 e 2015 houve incidência do H1N1
e isso se manteve durante o ano de 2017. Em 2018, antes do
aparecimento do coronavírus, também tivemos o H3N2, que circulou
pelo estado de São Paulo e no Brasil.
Ao
compararmos os boletins epidemiológicos do ano passado com os dados
desse ano no estado de São Paulo, eles estão muito semelhantes, e
que a Vigilância Epidemiológica está monitorando os dados.
O
Ministério da Saúde marcou o início da campanha nacional de
vacinação para o dia 04 de abril, indo até junho.
Idosos
acima de 60 anos, crianças com mais de 6 meses e menores de 5 anos,
gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, povos indígenas,
portadores de doenças crônicas e professores da rede pública e
particular e trabalhadores de saúde, serão imunizados. Os grupos
alvos da campanha são os mais vulneráveis.
Importância
da prevenção
As
medidas de prevenção para o H3N2
são as mesmas que os
outros tipos de influenza. É seguir a etiqueta respiratória:
colocar sempre o braço para tossir (porque ao tossir nas mãos a
pessoa pode tocar em superfícies e passar o vírus), fazer a lavagem
das mãos com frequência, evitar locais e ambientes fechados com
muita aglomeração de pessoas, principalmente a população de
risco, usar álcool gel, além de se vacinar. E, aos primeiros sinais
de sintomas, é muito importante procurar um médico.
Sintomas
Os
principais sintomas da doença são febre alta, tosse, coriza, dor de
garganta, na cabeça e no corpo. Algumas pessoas podem ter vômito,
dificuldade para respirar, diarreia e calafrios. Se começar a
sentir esses sintomas, a pessoa deverá procurar ajuda médica
imediatamente.
Tratamento
Só
por meio de vacina. Quem já tiver contraído o vírus, ou seja,
tiver sido infectado por um desses tipos de vírus, deve procurar
imediatamente socorro médico. Se os sintomas forem bastante fortes,
a pessoa deve procurar imediatamente uma UPA
ou se dirigir a um
hospital.
Nada de automedicação.
A
repórter de Ciências do Jornal The New York Times, Gina Kolata,
relata em sua obra "Gripe: A História da Pandemia de 1918"
(Record, 2002), 1ª edição, 384 páginas (4), o percurso de uma das
mais devastadoras doenças de todos os tempos.
As
estimativas mais confiáveis são de que entre 20 e 100 milhões de
pessoas tenham morrido em todo o mundo devido ao vírus que se
espalhou em 1918. Recorrendo
a arquivos médicos, entrevistas e cartas ao redor do planeta, a
jornalista buscou as causas que tornaram possível a explosão da
doença, desde a negligência governamental das autoridades,
sobretudo dos países europeus, ao padrão biológico de disseminação
do vírus. A autora traz informações importantes sobre um assunto
que até os dias de hoje é motivo de intensa discussão e reflexão
nos meios científicos, pelo temor que representa uma nova epidemia.
Os
principais centros de pesquisas e os governos em geral têm evitado
afirmar que os vírus das gripes estão sofrendo mutação para não
gerar pânico.
Antes
mesmo de uma possível guerra nuclear, grande parte da humanidade
poderá morrer por conta do aparecimento de uma nova cepa do vírus
da gripe, ou até mesmo do vírus em constante mutação.
Os
principais centros epidemiológicos do mundo estão sempre atentos,
porém, surpresas poderão ocorrer.
A
Prefeitura de Maceió estará com várias unidades de saúde em
funcionamento para realizar o serviço. Os locais estarão
funcionando das 8h às 16h. Alguns locais são:
Confira
abaixo a relação de algumas das unidades abertas para vacinação:
–
Unidade
de Referência em Saúde Dr. Diógenes Jucá Bernardes (II Centro),
Poço;
– Unidade
de Referência de Saúde Roland Simon, Vergel do Lago;
–
Unidade
de Saúde da Família José Araújo Silva, Jacintinho;
–
Unidade
de Referência em Saúde da Pitanguinha, no Farol;
–
Centro
de Saúde Dr. Hamilton Falcão, Benedito Bentes;
–
Unidade
de Referência em Saúde Dr. Ib Gatto Falcão, Tabuleiro do Martins;
–
Unidade
de Saúde Dr. João Marcário de Omena Filho, no Santos Dumont;
–
Unidade
de Saúde Dr. Djalma Loureiro, Clima Bom;
–
Unidade
de Saúde Maria Conceição Fonseca Paranhos, em Riacho Doce.
Quem
tiver ainda o cartão de vacinação é muito importante levá-lo
para se fazer o controle.
Assim
como o coronavírus, os vírus da família Influenza também matam,
sobretudo nessa época do ano, já que estamos em plena estação de
inverno e quando ele é mais transmissível.
Referências:
Boletim
Epidemiológico do Ministério da Saúde.
Secretaria
de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Kolata,
Gina: "Gripe:
A História da Pandemia de 1918" (Record, 2002), 1ª edição,
384 páginas”.
Pesquisas
em sites do estado de Alagoas como o www.cadaminuto.com.br
o www.extra.com.br, entre
outros.