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sexta-feira, 9 de julho de 2021

Bolsonaro indica André Mendonça, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e AGU, terrivelmente evangélico, ultraconservador nas ideias e nos costumes, ao STF, substituindo Marco Aurélio Mello. Roberto Cavalcanti é advogado e jornalista. www.ditoconceito.blogspor.com.br

Durante reunião ministerial no Palácio do Planalto na terça-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro indicou o advogado-geral da União, André Mendonça, para a vaga de Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF), que vai se aposentar no dia 12 de julho.

"Todos sabem que André Mendonça é a minha vontade para o Supremo Tribunal Federal", citam as palavras do ex-presidente dois ministros presentes na reunião.

No entanto, a nomeação tem que ser aprovada pela maioria do Senado. O presidente do STF, Luiz Fux, havia pedido a Bolsonaro para adiar o anúncio oficial até a aposentadoria de Marco Aurélio, o que acabou acontecendo.

Mendonça pode ter sido o preferido de Bolsonaro em face de já ter um bom diálogo com seus futuros colegas, quando exerceu o cargo de ministro da Advocacia Geral da União e como ministro da Justiça e Segurança Pública, o que o fez se tornar uma espécie de interlocutor do governo no STF.

Ele tem 48 anos e é servidor da Advocacia-Geral da União desde 2000, tendo comandado a instituição até 2019.

Depois assumiu o cargo do ministro da Justiça e Segurança Pública, e, em março deste ano, retornou ao cargo de advogado-geral da União em face de Bolsonaro escolher uma pessoa bem próxima dele e de sua família.

Ele ainda deverá ser sabatinado pelo Senado que terá uma grande responsabilidade em escolhê-lo. Como operador do Direito e como e ministro da Justiça, perseguiu pessoas que pensam diferente dele e do governo Bolsonaro. Ninguém deve esquecer o que esse fascista evangélico ou evangélico fascista fez esquecer no passado'.

Nessa sexta-feira, 09 de julho, Bolsonaro assinou a aposentadoria do então ministro Marco Aurélio, no Diário Oficial da União, abrindo espaço para André Mendonça.

  

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