Bolsonaro indica André
Mendonça, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e AGU, terrivelmente evangélico, ultraconservador nas ideias e
nos costumes, ao STF, substituindo Marco Aurélio Mello. Roberto Cavalcanti é advogado e jornalista. www.ditoconceito.blogspor.com.br
Durante reunião ministerial no Palácio do Planalto na terça-feira (6), o
presidente Jair Bolsonaro indicou o advogado-geral da União, André
Mendonça, para a vaga de Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal (STF),
que vai se aposentar no dia 12 de julho.
"Todos sabem que André Mendonça é a minha vontade para o Supremo
Tribunal Federal", citam as palavras do ex-presidente dois ministros
presentes na reunião.
No entanto, a nomeação tem que ser aprovada pela maioria do Senado. O presidente
do STF, Luiz Fux, havia pedido a Bolsonaro para adiar o anúncio oficial até a
aposentadoria de Marco Aurélio, o que acabou acontecendo.
Mendonça pode ter sido o preferido de Bolsonaro em face de já ter um bom
diálogo com seus futuros colegas, quando exerceu o cargo de ministro da
Advocacia Geral da União e como ministro da Justiça e Segurança Pública, o que
o fez se tornar uma espécie de interlocutor do governo no STF.
Ele tem 48 anos e é servidor da Advocacia-Geral da União desde 2000,
tendo comandado a instituição até 2019.
Depois assumiu o cargo do ministro da Justiça e Segurança Pública, e, em
março deste ano, retornou ao cargo de advogado-geral da União em face de
Bolsonaro escolher uma pessoa bem próxima dele e de sua família.
Ele ainda deverá ser
sabatinado pelo Senado que terá uma grande responsabilidade em escolhê-lo. Como
operador do Direito e como e ministro da Justiça, perseguiu pessoas que pensam
diferente dele e do governo Bolsonaro. Ninguém deve esquecer o que esse
fascista evangélico ou evangélico fascista fez esquecer no passado'.
Nessa sexta-feira, 09 de julho, Bolsonaro assinou a aposentadoria do então ministro Marco Aurélio, no
Diário Oficial da União, abrindo espaço para André Mendonça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário