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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

domingo, 7 de março de 2021

Artigo: O Dia Internacional da Mulher. Pouco ou nada a comemorar! Roberto Jorge é advogado, foi procurador do município de Maceió e é jornalista. www.ditoconceito.blogspot.com.br


Muitas pessoas creditam o dia da mulher a um incêndio ocorrido na  fábrica têxtil da Triangle Shirtwaist, que, coincidentemente, também ocorreu na cidade de Nova York, no dia 25 de março de 1911, quando 146 trabalhadoras morreram queimadas por não conseguirem sair a tempo de dentro da fábrica.

Não existe uma prova concreta, mas a sociedade credita que essa tragédia tenha sido um ato de tirania do empregador, que as trancou e ateou fogo por elas exigirem melhores condições de trabalho. Muitos estudiosos afirmam que essa história é falsa e nunca ocorreu, Porém, o incêndio sim, e as mortes realmente aconteceram, mas foi somente um trágico acidente. 

Depois desse acontecimento, nas décadas de 20 e 30 houve algumas comemorações, mas pouco a pouco no mundo machista do inicio do século XX as mulheres foram perdendo sua voz e a data caiu no esquecimento.

O movimento feminista dos anos 60.

Graças às grandes transformações ocorridas nos anos 60 e com o fortalecimento do movimento feminista a posição da mulher na sociedade mudou drasticamente e ela deixou de ser apenas mãe e dona de casa para se transformar em líder, executiva e dona de direitos antes jamais sonhados, que ao longo do tempo as colocaram em igualdade com os homens.

Os direitos das mulheres no Brasil - Lei Maria da Penha - da Lei 11.340.

A Lei Maria da Penha visa "Criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do artigo 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências."

A Lei Maria da Penha (Lei 11.340), aprovada em 7 de agosto de 2006, trouxe uma série de benefícios para ajudar as mulheres a exercerem seus direitos e serem respeitadas na sociedade brasileira, sobretudo para impedir que pudessem sofrer agressões de seus companheiros. Contudo, a violência não terminou e aumentou ainda mais. Acredita-se que seja em face da facilidade que os agressores têm, em termos de brechas jurídicas na própria legislação e acabam sofrendo apenas punições mais brandas.

Coube a Lei nº 13.505/2017, acrescentar dispositivos à Lei 11.340/2006, para dispor sobre o direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar de ter atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado, preferencialmente, por servidores do sexo feminino. 

O feminismo é um movimento antigo, no entanto, vê-se uma diferença na pauta: o direito ao próprio corpo. É preciso desnaturalizar o desejo dos homens sobre os corpos das mulheres. 

Recentemente publiquei, a nível nacional, dois artigos sobre Feminicídio no Portal jurídico www.jus.br.

Nunca na história de nosso País houve tanta violência contra a mulher, mesmo com o aumento da pena. O machismo continua e os homens não aceitam a separação e ainda vêem suas ex-mulheres como fossem suas propriedades privadas o que os levam a prática recorrente de Feminícidio.

Desde que o atual presidente da República Jair Bolsonaro tomou posse a violência aumentou de modo assustador. E a imprensa noticia que a grande maioria dos agressores apóia ou apoiaram a candidatura de Bolsonaro. E o que mais se vê nas redes sociais são fotos de homens com o avatar do presidente. E isso tem que parar. Isso é um fato jornalístico verdadeiro. Não é Fake News. Podem até criticar esse artigo. Mas a violência está principalmente dentro do lar e muitos não querem saber.

O Brasil teve um aumento de 7,3% nos casos de feminicídio em 2019 em comparação com 2018, aponta levantamento feito pelo G1 com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. Foram 1.314 mulheres mortas pelo fato de serem mulheres – uma a cada 7 horas, em média.

Parabéns a todas as mulheres: brancas, negras, amarelas, mestiças, ricas ou pobres, judias, muçulmanas, cristãs, evangélicas, empresárias ou trabalhadoras, profissionais liberais, militares, esportistas em geral, pelo 'Dia Internacional da Mulher'.

Lamento pelo fato da violência doméstica já ter tomado proporções devastadoras. Até mesmo durante a pandemia causada pelo covid-19 a violência aumentou de forma assustadora.

Denuncie qualquer ato de violência física, psicológica, social, etc. Não seja omisso ou conivente. Existe um ditado popular que diz que briga entre ‘marido e mulher’ ninguém mete a colher’! Ledo engano!

O número que alguém pode denunciar as autoridades é 180.

  

domingo, 28 de fevereiro de 2021

Concurso Sesau-AL foi autorizado. De início serão 800 vagas. Roberto Jorge, jornalista. www.ditoconceito.blogspot.com.br

O Diário Oficial publicou a autorização do concurso da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau AL).

O documento com o parecer da PGE seguiu para aprovação da SESAU e depois irá para Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (SEPLAG).

O governador do estado, Renan Filho, afirmou que o edital ofertará 800 vagas para todas as categorias, incluindo os cargos de Assistente Social e Terapeuta Ocupacional.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau AL) ainda não informou devidamente quais os cargos serão ofertados. Porém, o governador citou alguns numa live. São eles:

· Médico

· Enfermeiro

· Auxiliares de enfermagem

· Nutricionista

· Assistente social

· Psicólogo

· Terapeuta ocupacional

O estado ainda fará concurso para a Polícia Civil, Polícia Militar, Bombeiro Militar, professores, entre outras categorias.

 


terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Artigo - Um relatório criminoso e deplorável. Roberto Jorge é advogado, jornalista e servidor da Uncisal. www.ditoconceito.blogspot.com.br

O relatório da PEC emergencial apresentado pelo senador do MDB Márcio Bittar, acaba definitivamente com os investimentos nas áreas da saúde e da educação. Seu parecer simplesmente acaba com piso mínimo de gastos para saúde e educação.

A proposta, apresentada pelo senador Márcio Bittar, vai ao encontro da desvinculação defendida pelo ministro Paulo Guedes para flexibilizar o orçamento. Pela Constituição, os estados e municípios têm que destinar 25% da receita para educação.

Em relação aos gastos com saúde, estados ficam obrigados a separar 12% do orçamento e municípios 15%.

Se a proposta for aprovada – o que tudo leva a crer que deverá acontecer -, os gestores não mais serão obrigados a gastar o mínimo necessário nas duas áreas.

Será, portanto, o fim do ensino como um todo e do Sistema Único de Saúde (SUS) que deverá ser desmontado e beneficiar a iniciativa privada.

Até mesmo o Presidente da Câmara, Arthur Lira, defende o fim do piso para gastos com saúde e educação.

Nessa terça-feira o presidente da Câmara voltou a defender o fim do piso para gastos com saúde e educação. Segundo Arthur Lira, com essa regra, prefeitos ficam engessados e acabam jogando dinheiro no ralo. Secretários municipais rechaçam a proposta da desvinculação orçamentária.

O MDB há muito tempo que se comporta como um partido de traíras e de golpistas. Já não é mais o MDB de Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e Teotonio Vilela.

O MDB apóia o governo Bolsonaro e tem dois senadores como lideranças dele no Congresso Nacional: senador Eduardo Gomes (MDB-TO) e Fernando Coelho Bezerra (MDB-PE).

Muita criança vai passar fome por falta de merenda e milhões de pessoas deixarão de serem atendidas pelo SUS.

Parabéns a todos que ajudaram a eleger Bolsonaro. Agora agüentem as conseqüências.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Polícia Federal prende deputado bolsonarista e neofascista que divulgou vídeo com discurso de ódio contra ministros do STF. Roberto Jorge é jornalista e advogado. www.ditoconceito.blogspot.com.br

A Polícia Federal prendeu na noite da terça-feira o deputado de extrema-direita e bolsonarista, Daniel Silveira.

A ordem de prisão foi dada pelo Ministro Alexandre de Moraes que preside inquérito dos atos antidemocráticos depois que o parlamentar postou vídeo em que ataca o ministro Edson Fachin.

Como o Globo mostrou na terça-feira, Silveira fez apologia a agressões físicas contra os ministros e defendeu a "destituição" deles.

O deputado fascista e extremista de Direita é investigado no inquérito dos atos antidemocráticos, que apura a organização e realização de manifestações com ataques ao Poder Legislativo e ao Poder Judiciário, e também no inquérito das fake news, que apura ataques aos ministros da corte.

Um dos trechos mais agressivos do vídeo publicado pelo parlamentar é quando ele afirma que gostaria de ver ministros da corte "na rua levando uma surra".

Disse o parlamentar fascista: “Por várias e várias vezes já te imaginei (Fachin) levando uma surra. Quantas vezes eu imaginei você e todos os integrantes dessa corte aí. Quantas vezes eu imaginei você, na rua levando uma surra. O que você vai falar? Que eu tô fomentando a violência? Não, só imaginei. Ainda que eu premeditasse, ainda assim não seria crime, você sabe que não seria crime. Você é um jurista pífio, mas sabe que esse mínimo é previsível. Então qualquer cidadão que conjecturar uma surra bem dada nessa sua cara com um gato morto até ele miar, de preferência após a refeição, não é crime”.

Nunca na história desse País vimos políticos dessa extirpe ameaçar membros do Poder Judiciário como esse sujeito o fez.

É um ato deplorável, detestável, abominável e covarde!

Minha solidariedade, como operador do Direito e jornalista, aos senhores ministros do Supremo Tribunal Federal.

Viva o Estado de Direito! Viva a liberdade! Que o bem sempre triunfe contra o mal!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Gás de cozinha é novamente reajustado e já custa mais de R$ 80,00 em Maceió. Aumento do preço do gás de cozinha gera insatisfação na população, mas, a maioria não protesta e ainda apoia Bolsonaro. Roberto Jorge, jornalista. www.ditoconceito.blogspot.com.br

O governo Bolsonaro anunciou mais um reajuste no gás de cozinha. O segundo em 2021 e o sexto reajuste nos últimos seis meses no preço do botijão de gás de 13 quilos. O reajuste do início de janeiro foi da ordem de 6%. Em dezembro foi na ordem de 5%.

Assim, o preço do botijão já passa de R$ 80,00 em alguns revendedores em Maceió. A Petrobras informou que o reajuste tem como base cotações internacionais. O preço subiu seis vezes desde junho do ano passado em plena pandemia provocada pela covid-19, após as mudanças na política para o GLP.

O último aumento ocorreu há mais de 20 dias. Na ocasião, o produto recebeu reajuste de também 5%. O novo aumento não se aplica ao GLP destinado a uso industrial/comercial. 

As seguidas elevações no preço do gás são resultado da política de preços da Petrobras para o GLP, adotada desde o dia 30 de junho de 2020. A mudança, com seis aumentos termina causando grande elevação nos preços de bens de consumo e de alimentos, afetando, sobretudo, a população de baixa renda.

O povo têm o governo que merece!

 

domingo, 31 de janeiro de 2021

Eleição para presidente da Câmara dos Deputados será bastante disputada, mas líder do Centrão, Arthur Lira, é o favorito. Bolsonaro entrou na disputa e ofereceu três bilhões aos deputados para elegê-lo. Roberto Jorge, jornalista.

O desentendimento entre os candidatos Arthur Lira e Baleia Rossi começaram quando ambos divergiram sobre a MP da regularização fundiária.

Lira acusou Baleia de ter rompido com um acordo construído sobre a MP da regularização fundiátia, alguns meses atrás. Baleia Rossi é o candidato apoiado pelo presidente da Câmara Rodrigo Maia. Baleia respondeu dizendo que havia sido mal interpretado e que ele havia se equivocado.

Apesar de nenhum líder cravar que o rompimento é definitivo, caciques do "Centrão" viram na atitude de Lira o início de uma movimentação mais enfática dele para marcar distância de Maia e buscar construir sua candidatura à presidência da Câmara, o que acabou acontecendo.

Embora a Frente Parlamentar do Agronegócio sobre a votação do tema tivesse sido consultada, mas não os líderes, ainda no WhatsApp, Lira subiu o tom: “Não tem bobo nem inocente neste mundo”.

Ao retirar a MP de pauta, Maia atendeu à oposição. Segundo parlamentares, o presidente da Casa sabia que se fosse candidato a reeleição precisava de deputados contrários a Bolsonaro para manter pelo menos 130 parlamentares — uma média da oposição — a seu favor.

Por fim, saiu do grupo no aplicativo e organizou outro, que chamou de “Os independentes”, e reúne os partidos que negociavam para ir para a base do governo, marcando assim uma divisão entre os mais próximos de Jair Bolsonaro e outra ala, aliada a Maia.

Lira é o principal nome do governo Bolsonaro que quer e deseja a presidência da Câmara dos Deputados em eleição que acontecerá nessa segunda-feira, 1º de fevereiro de 2021.

O Supremo Tribunal afirmou que Maia não poderia mais ser candidato a reeleição. O bate-boca no aplicativo de mensagens teve como protagonistas o líder do PP e o líder do MDB, Baleia Rossi (SP), confirmado candidato a presidência da Câmara apoiado pelo atual presidente Rodrigo Maia, por partidos de centro-direita, direita, centro-esquerda, esquerda, num verdadeiro ‘balaio de gatos’.

A avaliação de dirigentes partidários é a de que o líder do PP quis mandar um recado ao Palácio do Planalto ao se distanciar de Maia. E, além disso, já procura entre os próprios pares se posicionar como uma alternativa ao presidente da Câmara. Nos bastidores, deputados dizem que já havia um mal-estar entre Maia e líderes dos partidos que vêm se aproximando de Bolsonaro desde que eles começaram a negociar com o chefe do Executivo, minando, de certa forma, a influência do presidente da Câmara.

De olho na presidência da Câmara, Lira tem negociado cargos e buscado apoio em partidos da oposição. Aposta do presidente Jair Bolsonaro, o deputado do Progressistas lançou candidatura com slogan “para toda a Câmara ter voz”. Ao mesmo tempo, Rodrigo Maia dispara contra Bolsonaro e diz que governo está desesperado pelo comando da Casa. Maia declarou que o candidato do grupo não é nem de direita, nem de esquerda, e que o candidato apoiado por ele, Baleia Rossi, já têm o apoio da maioria dos deputados para ganhar a eleição.

Rodrigo Maia não mais poderá ser candidato a reeleição, Arthur Lira deverá ser o candidato da direita e da extrema-direita apoiado por Bolsonaro. O PSB que anteriormente estava inclinado a apoiar a candidatura de Arthur Lira agora faz parte do bloco de centro-esquerda e esquerda que estará ao lado de Rodrigo Maia, atual presidente da Câmara e que apoiará Baleia Rossi. No entanto o prefeito João Campos do PSB está apoiando explicitamente a candidatura de Arthur Lira.

Seria vergonhoso um partido que se diz de centro-esquerda, aderindo ao fisiologismo e apoiando o que há de mais deplorável em política. Até onde irá Bolsonaro com um presidente da Câmara que o apoia incondicionalmente desde que tenha vantagens, como sempre age o “Centrão”?

No entanto, Baleia Rossi ajudou no processo de Impeachment (Golpe de Estado) contra a então presidente Dilma Rousseff, liderando deputados alinhados. MDB hoje não é um partido político confiável e até mesmo o Partido dos Trabalhadores sabe muito bem disso.

Maia obteve a adesão de bloco de esquerda na Câmara formado pelo PT, PDT, PSB, PCdoB e Rede que declararam apoio ao bloco do atual presidente da Câmara, que tenta indicar um sucessor.  Ele já garantiu uma base de mais de 230 deputados, com vantagem numérica em relação a Arthur Lira (PP), apoiado por Bolsonaro.

Em consulta divulgada na quarta-feira (13) pelo Eurasia Group, a mais destacada consultoria de risco político do mundo afirmou que o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, Arthur Lira, já teria os números suficientes para se eleger presidente da Câmara dos Deputados.

Segundo levantamento realizado pela consultoria, Arthur Lira venceria por “ampla maioria” Baleia Rossi (MDB-SP). O candidato apoiado por Rodrigo Mais e por um bloco de 11 partidos. O Eurasia Group fez um levantamento “parte a parte” com deputados federais e funcionários da Câmara nos últimos dias para avaliar o nível de apoio para os candidatos a presidente Arthur Lira e Baleia Rossi.

Estimativas revelam que Arthur Lira teria cerca de 260 votos, mais do que os 257 necessários para ser eleito ainda no 1º turno da eleição. De acordo ainda com o Eurasia Group, o número pode ultrapassar 300 votos.

A consultoria Eurasia Group afirma que as baixas na base de Baleia Rossi indicam a tendência de uma ampla traição, inclusive generalizadas.

De acordo com o Eurasia Group, o maior número estaria nos partidos denominados de esquerda ou centro-esquerda.  De acordo com a consultoria, metade dos 30 deputados federais do PSB estariam propensos a votar em Arthur Lira, assim como pelo menos nove dos 26 deputados do PDT.

Já nos partidos denominados de centro, que apoiavam formalmente Rossi, quase metade do PSDB (14 de 33) pode apoiar Lira, e alguns dirigentes partidários sugerem que mais da metade dos deputados dentro do próprio partido de Rodrigo Maia (DEM) também poderia estar com ele.

Todavia fatos novos vêm acontecendo na Câmara dos Deputados faltando poucos dias para a eleição.

Com a maioria de votos no PSL, os dissidentes bolsonaristas – 30 ao todo - passaram a apoiar a candidatura de Arthur Lira que agora passa a contar com o apoio de 10 partidos, que somam atualmente 232 deputados: PSL, PL, PP, PSD, Republicanos, PTB, PROS, Podemos, PSC, Avante e Patriota.

Baleia Rossi tem o apoio declarado de outros 11 partidos: PT, MDB, PSDB, PSB, DEM, PDT, Solidariedade, Cidadania, PCdoB, PV e Rede, cujas bancadas atuais totalizam 236 parlamentares.

 

No entanto, a formação dos blocos não significa garantia de votos. Nos bastidores, várias lideranças admitem não haver unanimidade em suas bancadas. Como a votação é secreta, os deputados não precisam seguir a orientação de seus partidos. Além do PSL, o Solidariedade foi outro partido que trocou de lado. Só que, no caso, ele fez o caminho inverso: deixou o grupo de Lira e foi para o de Baleia.

 

Até a eleição, os blocos ainda podem sofrer mudanças.

E ainda têm mais seis candidaturas que foram lançadas: a do deputado Marcel Van Hatten do Partido Novo (RS) de Alexandre Frota (PSDB-SP), André Janones (Avante-MG), Capitão Augusto (PL-SP),  líder da chamada “bancada da bala” (já renunciou sua intenção de ser candidato e está apoiando Arthur Lira -, e Fábio Ramalho (MDB-MG), ex-vice-presidente da Câmara e Luiza Erundina do PSOL de São Paulo.

Agora, até a eleição, são sete os deputados que irão disputar o cargo em fevereiro. Eles se juntam aos favoritos Baleia Rossi (MDB-SP) e Arthur Lira (PP-AL), que concentram a preferência de boa parte dos parlamentares, e que tentará a disputa de forma avulsa.

Segundo o jornalista e colunista da Revista “VEJA”, Ricardo Noblat, o propósito do presidente Bolsonaro é de manter-se no poder e quem sabe reeleger-se daqui a um ano.

De acordo com Noblat, primeiro ponto do plano: emplacar nomes de sua inteira confiança nas presidências da Câmara dos Deputados e do Senado. Os nomes: Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

O mais importante dos dois é Lira. Cabe ao presidente da Câmara aceitar a abertura de processo de impeachment contra o presidente da República. Há 56 pedidos na Câmara. Se eleito, Lira não aceitará nenhum. A não ser que Bolsonaro se enfraqueça ao ponto de tornar impossível a tarefa de sustentá-lo.

Uma coisa fique bem certa: aquele que vencer a eleição para presidente da Câmara dos Deputados manterá um bom relacionamento com o presidente Bolsonaro, facilitando o caminho para os projetos de seu interesse.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o líder do governo na Casa, Ricardo Barros, afirmou que o deputado federal Arthur Lira (PP) deve vencer Baleia Rossi (MDB) na eleição para a presidência da Câmara já no 1º turno, prevê. Esse é o “sentimento geral” entre os deputados, disse ele.

Agora à noite na Globo News, os dois candidatos foram entrevistados pela jornalista e colunista de “O Globo”, Andrea Sadi. Ambos estavam bastante confiantes.

 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Artigo – A tragédia da boate Kiss. Roberto Jorge é advogado e jornalista. www.ditoconceito.blogspot.com.br

Há exatamente oito anos uma nova tragédia acontecia no Brasil. Um incêndio numa boate do Rio Grande do Sul deixou mais de duzentos mortos. O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico. Segundo relatos da época, testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "Sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se propagou em poucos minutos.

Segundo a Defesa Civil, o fogo realmente começou na espuma de isolamento acústico quando um dos integrantes da banda que se apresentava acendeu um sinalizador que atingiu o teto. Um segurança da casa e o vocalista da banda tentaram apagar o incêndio, mas o extintor não funcionou. O sanfoneiro da banda, Danilo Jaques, de 30 anos, estava entre os mortos.

O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. A grande maioria morreu asfixiada em razão da inalação do produto tóxico e outra parte terminou morrendo pisoteada.

Segundo a polícia, o público na hora da tragédia era de aproximadamente mil pessoas. O Corpo de Bombeiros, no entanto, estimou na época que o número era bem maior, chegando a cerca de 1.500 pessoas. Um dos proprietários da boate Kiss, que pegou fogo naquela madrugada de domingo (27.01.2013) em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, prestou depoimento a polícia e confirmou que o alvará da casa estava vencido, porém em processo de renovação. 

O número de mortos no incêndio foi de 240 pessoas, sendo que cerca de 600 foram hospitalizadas (uma grande parte em estado grave). 

Eles foram indiciados sob suspeita de homicídio culposo (sem intenção) e provocação de incêndio. Na época do incêndio, além do alvará de funcionamento, a boate funcionava também sem o Plano de Prevenção a Incêndio, vencido desde agosto de 2012, de acordo com o secretário nacional de Defesa Civil, coronel Humberto Viana.  Segundo alguns sobreviventes seguranças teriam barrado a saída das pessoas em pânico para que elas pagassem pelo consumo das bebidas e tira-gostos, o que acabou sendo confirmado.

Este é o segundo maior incêndio do Brasil. A maior tragédia brasileira foi registrada em 1961, quando 503 pessoas morreram em um incêndio no Grande Circo Brasileiro, em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro.

A época do sinistro o major Gerson da Rosa Ferreira afirmou que estava coordenando as operações da policia militar no local e que as mortes foram causadas por asfixia e pisoteamento. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os corpos das vítimas foram levados para o ginásio do Centro Desportivo Municipal para reconhecimento. Mídias locais citaram que os corpos foram transportados em caminhões e levados ao ginásio. Até mesmo as partidas do campeonato gaúcho haviam sido canceladas.

O governador tinha enviado uma mensagem pelo Twitter lamentando a tragédia e disse que iria viajar para a cidade. A prefeitura de Santa Maria decretou luto oficial de 30 dias.

Até a então presidente Dilma Rousseff que estava no Chile retornou imediatamente ao Brasil e ofereceu toda a ajuda possível. Ela chorou quando soube da tragédia e ficou em estado de choque.

A tragédia foi manchete nos principais veículos de comunicações do mundo, principalmente as redes CNN (americana), BBC (do Reino Unido), e nas Agências de Notícias France Press (França), Reuters (Britânica), EFE (Espanhola).

Como sempre, já deveria ter acontecido o julgamento dos indiciados: os proprietários da boate Kiss, o engenheiro e dois membros da banda, inclusive o que utilizou os sinalizadores. Eles responderão por homicídio culposo. O julgamento foi transferido para a capital Porto Alegre.