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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Governo decide que salário mínimo vai de R$ 1.045,00 para R$ 1.088,00 a partir de 1º de janeiro. Roberto Jorge é jornalista.

O salário mínimo deve passar de R$ 1.045 para R$ 1.088 a partir de 1º de janeiro, de acordo para a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias alterada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, hoje.

A correção considera a inflação acumulada do INPC, de 4,1%. O valor não representa o necessário, de acordo com o DIEESE.

O projeto avalia que cada R$ 1 a mais no salário mínimo eleva as despesas líquidas em R$ 304,9 milhões no ano.

Desde que Bolsonaro assumiu o governo em 1º de janeiro de 2019 o salário mínimo não acompanha a inflação e não há ganho real.

A proposta será analisada pelo Congresso amanhã.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Economistas reduzem previsão de alta do PIB em 2020 e vendas deverão ter queda. Natal de 2020 terá pior volume de vendas dos últimos dez anos. Jornalista Roberto Ramalho. www.ditoconceito.blogspot.com.br

Economistas do mercado financeiro reduziram suas previsões para o crescimento da economia brasileira neste ano e também no próximo, revelou o Banco Central.

Por causa da pandemia causada pelo coronavírus, o crescimento do PIB deverá ser negativo esse ano. O mercado reduziu sua previsão para menos 4,35%, podendo chegar a 5,5%.

Para 2021 a previsão é de uma pequena recuperação, podendo o PIB chegar a atingir 2,10%.

Com a proposta do orçamento de 2021 ainda a ser definida, o governo está prevendo um crescimento da economia por volta de 3% a 4% no ano que vem.

A revisão nas estimativas do mercado para o crescimento da economia acontece após a divulgação do resultado do 3º trimestre deste ano, divulgado pelo IBGE, que registrou um leve crescimento da economia após queda nos dois primeiros trimestres do ano

Como muitos consumidores devem poupar quase a metade do 13º salário, tudo leva a crer que o comércio deverá vender abaixo do previsto nesse Natal e na passagem do Ano Novo. Muitos consumidores estão cautelosos, principalmente porque janeiro é o mês de pagar impostos e comprar material escolar.

Durante o Black Friday a indústria e comércio conseguiram vender razoavelmente, sobretudo pelo e-commerce (comércio eletrônico).

E visando atrair os consumidores – mesmo antes do Natal -, os Shoppings Centers de Alagoas, e o comércio em geral já estão iniciando promoções e liquidações.

  

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Artigo: O dia do Relações Públicas. Roberto Ramalho é jornalista e Relações Públicas, e foi Vice-Presidente da Associação Brasileira de Relações Públicas seccional de Alagoas. 

A profissão de relações públicas surgiu com o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa.

Na virada do século XX, jornalistas denominados simplesmente de "sensacionalistas" estavam colocando o público contra os ricos e também contra os poderosos monopólios industriais que comandavam praticamente tudo naquela época.

Antigas firmas de relações públicas combatiam a publicidade ruim publicando nos principais jornais histórias positivas sobre seus clientes.

E foi exatamente um conhecidíssimo jornalista daquela época, como Ivy Lee, que usou os primeiros comunicados à imprensa para transmitir aos jornais "os fatos" sobre seus clientes incompreendidos, justamente as empresas de transportes ferroviários e de tabaco, bem como a poderosa Standard Oil, de J. D. Rockfeller.

Foi assim que Ivy Lee e outros se tornaram tão bons em esconder, até mesmo, os piores pecados corporativos que profissionais de Relações Públicas ganharam a reputação de "manipuladores da informação". Assim, muito tempo se passou desde a época de Ivy Lee.

Dessa forma, rotular os profissionais de Relações Públicas atuais de desonestos seria totalmente ignorar o quanto persuasivo e importante o trabalho desses profissionais se tornou para pessoas e organizações de todos os tamanhos e tipos.

Concluindo, o profissional de Relações Públicas na atualidade se tornou importante, também, para os pequenos negócios, universidades e organizações sem fins lucrativos, como ONGs, por exemplo, e não apenas para as grandes empresas multinacionais, nacionais, do ramo farmacêutico, imobiliário, bancos, assim como de governos.

O profissional de Relações Públicas tem em seu Curriculum Vitae, não só disciplinas relacionadas ao campo da comunicação, mas, também, ao da administração.

Ele sim é que deveria ser reconhecido pelo Congresso Nacional e pelos governos federal, estaduais e municipais como o verdadeiro profissional responsável pela prática do lobby.

Como se sabe o lobby não é visto como uma prática saudável em nosso país. E essa atividade está devidamente legalizada por meio de uma resolução do Conselho Federal da entidade.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Artigo – Sean Connery: o maior e melhor intérprete de 007 (James Bond). Roberto Cavalcanti é jornalista. 



Morreu na Bahamas, aos 90 anos, na madrugada de sábado (31.10.20), dormindo, o ator escocês Sean Connery, o primeiro intérprete do famoso personagem James Bond (007).

Sean Connery interpretou 007 sete vezes, tendo iniciado com o filme “007 contra o Satânico Dr. Nô”.

Sean Connery fez mais de 90 filmes, tendo se destacado em vários deles. Um dos principais foi quando interpretou um padre franciscano em “O Nome da Rosa”, obra do conceituado escritor italiano Umberto Eco, já falecido.

Nesse filme, Connery faz o papel de um investigador que fica hospedado num antigo mosteiro, bem distante da civilização para tentar elucidar uma série de crimes misteriosos.

Sean Connery ganhou um Oscar ao interpretar um policial honesto que ajuda a combater a corrupção na cidade de Nova York, juntamente com o agente federal Eliot Ness, interpretado pelo ator americano Kevin Kostner. O filme também foi um sucesso financeiro, arrecadando cerca de 76 milhões de dólares no mercado interno. 

O filmeOs Intocáveis (1987)” ​​foi indicado para quatro Oscars, dos quais o ator Sean Connery recebeu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.

De acordo com o site BBC, Thomas Sean Connery nasceu no dia 25 de agosto de 1930, em Fountainbridge, Edimburgo, Escócia, tendo se tornado um renomado ator britânico. Ficou famoso desde a década de 1960 pelo papel no cinema do agente secreto do MI6 britânico, James Bond, criado pelo escritor Ian Fleming.

Sua filmografia chega a 94 filmes e todos em que ele participou como James Bond foram excelentes.

Porém, a cena em que ele luta contra o Harold Sakata – Oddjob -, (falecido) um vilão que dava segurança ao chefe Gert Fröbe - Auric Goldfinger (falecido) -, no principal Banco dos EUA, o Fort Knox, onde estava depositado todo o dinheiro dos EUA, é emocionante. Depois de conseguir matar Oddjob, quando este tentava pegar seu chapéu mortal e termina sendo eletrocutado, Bond luta desesperadamente para desarmar uma bomba feita pelos chineses. Finalmente cientistas americanos conseguem adentrar ao prédio que se encontrava fechado e desliga o botão responsável pelo registro do tempo.

A outra cena se dá no trem em que lutam Bond e o agente soviético e que trabalha para a organização criminosa Spectre, interpretada pelo falecido ator Robert Shaw. Essa história não vou contar como a anterior. Assistam ao filme.

Connery também participou de um grande sucesso do cinema estrelando o frade franciscano que viaja a um mosteiro muito distante para investigar uma série de assassinatos. O filme teve como base a obra do escritor italiano Humberto Eco.

Segundo a Enciclopédia Wikipedia, nestes mais de quarenta anos de estrelato, Connery construiu uma sólida carreira cinematográfica após deixar o personagem de 007 em 1971, estrelando filmes importantes e populares nos anos seguintes como The Man Who Would Be King (br: O Homem que Queria Ser Rei), Der Name der Rose (br: O Nome da Rosa), Indiana Jones and the Last Crusade (Indiana Jones e a Última Cruzada), The Untouchables (Os Intocáveis) e The Hunt for Red October (br: Caçada ao Outubro Vermelho), entre outros. Por sua contribuição às artes cinematográficas e ao Império Britânico, foi sagrado Sir pela rainha Elizabeth II em 2000, apesar de ao longo de toda a vida ter lutado pela causa da independência da Escócia do Reino Unido.

O ator escocês ficará para sempre conhecido pela sua interpretação de James Bond. Sobre ele o atual 007, Daniel Craig afirma ter sido ele o maior e melhor intérprete e arrematou: “definiu uma era”.

A carreira de Connery durou décadas e arrecadou muitos prêmios incluindo um Oscar, dois Bafta e três Globos de Ouro. Considerado como o melhor ator a interpretar 007 no cinema, ganhou o Oscar em 1988, em Os Intocáveis.

Viúva de Sean Connery, a francesa Micheline Roquebrune falou sobre os últimos anos de vida do ator, que morreu enquanto dormia no último sábado (31), aos 90 anos. De acordo com a artista plástica, o primeiro James Bond dos cinemas sofria de demência.

 “Não era vida para ele. Ele não era capaz de se expressar ultimamente. Pelo menos, ele morreu durante o sono e foi tão pacífico. Eu estava com ele o tempo todo e ele simplesmente escapuliu. Era o que ele queria”, disse a viúva ao jornal inglês “Daily Mail”.

Micheline, que foi casada com Connery por 45 anos, afirmou que os dois tiveram “uma vida maravilhosa juntos” e lembrou do marido com carinho. “Ele era um homem modelo. Vai ser muito difícil sem ele, eu sei disso Mas não poderia durar para sempre, e ele se foi em paz”, afirmou.

Afastado do Cinema nos últimos anos, o ator escocês acumulou 94 papéis ao longo de mais de 50 anos de uma carreira premiada com um Oscar - na categoria de melhor ator coadjuvante, em 1988, por seu papel como policial irlandês em “Os Intocáveis” -, dois prêmios Baftas (Reino Unido) e três Globos de Ouro.

Connery foi o primeiro intérprete do personagem na telona e um dos queridinhos dos fãs. Estrelou sete das aventuras de 007 nas décadas de 60, 70 e 80 e atuou em filmes de grande sucesso como “Indiana Jones e a Última Cruzada”, “O Nome da Rosa”, “Caçada ao Outubro Vermelho” e “A Rocha”.

Em 2000, o intérprete foi condecorado Cavalheiro do Império Britânico pela rainha Elizabeth II recebendo o título de ‘Sir’.

Está deixando uma grande lacuna no cinema, assim como na vida real. Era um fã e seu admirador. Assisti praticamente aos filmes de que participou.

Descanse em paz. Que esteja num lugar iluminado.

 

 

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Artigo – Dia do Servidor Público e o pagamento dos salários mais irrisórios aos servidores do nível médio e nível elementarRoberto Ramalho é advogado, jornalista e servidor da Uncisal. www.ditoconceito.blogspot.com.br

O estado de Alagoas paga um dos piores salários para servidores do nível médio e nível elementar em todo o Brasil.

Segundo relatos de alguns servidores que me mostraram o contracheque, o salário de um servidor com o cargo de agente administrativo, percebe pouco mais de um salário mínimo. Já o servidor de nível elementar recebe apenas um salário mínimo.

São salários irrisórios e vergonhosos governador Renan Filho, e o seu governo tem que dar um basta nisso o mais urgente possível. Portanto, Senhor Governador, a responsabilidade de um agente administrativo é muito grande para receber uma ninharia do Estado, sobretudo trabalhando na pandemia causada pelo Coronavírus.

Na área da saúde, é graças ao adicional de periculosidade ou insalubridade que os servidores ganham um pouco mais.

É claro que o presidente Bolsonaro com a ajuda dos governadores recebeu apoio da maioria ao veto ao reajuste salarial de servidores, cuja medida foi uma contrapartida a ajuda financeira a estados e municípios durante a pandemia. Até 2021 os servidores públicos ficarão sem receber reajuste salarial.

Ao dizer que a maioria dos estados era favorável ao veto do reajuste salarial do funcionalismo público até 2021, o governador do Mato Grosso do Sul também acrescentou que todos estavam dando sua cota de sacrifício.

Disse ele: "Todos nós estamos dando uma cota de sacrifício, é um momento ímpar da história do nosso país. A maioria dos governadores entende a importância de vetar esse artigo (sobre reajuste de servidores)", declarou Azambuja. Ele reforçou ser "impossível" bancar o aumento para os servidores.

O congelamento salarial de servidores municipais, estaduais e federais foi uma contrapartida colocada no projeto de socorro financeiro (de R$ 60 bilhões) aos estados, municípios e Distrito Federal, aprovado pelo Congresso, e que foi sancionado por Bolsonaro. O Parlamento, porém, havia blindado a medida para algumas categorias, como das áreas de Saúde, Assistência Social, Segurança Pública, entre outras, mas acabou não passando.

"Temos que trabalhar em conjunto a sanção de um socorro aos senhores governadores, de aproximadamente R$ 60 bilhões, também extensivo a prefeitos", declarou o presidente na abertura da reunião.

"O que se pede apoio aos senhores é a manutenção de um veto muito importante", disse.

De acordo com Bolsonaro, congelar reajustes na remuneração de todos os servidores públicos até o fim do próximo ano é "o remédio menos amargo" para o funcionalismo, "mas de extrema importância para todos os 210 milhões de brasileiros".

Embora possa justificar a Lei de Responsabilidade Social para impedi-lo de conceder reajustes, ainda existe margem do ponto de vista financeiro para o senhor conceder reajuste a essas categorias que percebem o pior salário do Estado, e, inclusive, aprovar o Plano de Cargos Salários e Carreiras. Já era, e com urgência, que Vossa Excelência deveria ter enviado o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Servidores de Nível Médio e Elementar para corrigir distorções e não o fez.

Até o momento pelo meu conhecimento o Estado está comprometido com apenas 43% em relação à folha salarial do funcionalismo público do Poder Executivo.

E com a aprovação do Plano Previdenciário pela Assembleia, estabelecendo uma alíquota de 14% de desconto nos salários, há ainda maior margem para autorização de reajuste ou aprovar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários.

Existe, também, um Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) que está praticamente concluso, mas, por má vontade de Vossa Excelência e da incompetência da cúpula da entidade, ainda não foi aprovado.

Além disso, o governo de Vossa Excelência conseguiu ao longo de seu governo empréstimos vultosos como os do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e do Brasil, além de ter recebido no ano passado mais de R$ 200 milhões referentes aos royaltes da venda de lotes do Pré-Sal.

Vamos parar de choradeira. Esse ano têm eleições para prefeitos e vereadores e Vossa Excelência vai precisar fazer um bom número deles caso almeje ser eleito senador e tentar eleger seu pai, o senador Renan Calheiros (MDB) governador do Estado de Alagoas.

Dinheiro em caixa o Estado de Alagoas já possui, e muito. Agora sua eleição só depende de melhorar a situação dos servidores do Estado e, principalmente, do nível médio e elementar.

Sei que não são os servidores sozinhos que elegem prefeitos e vereadores. Mas seus votos poderão fazer diferença.

Com certeza nesse 28 de outubro, que seria de comemoração em face do Dia do Servidor Público, nada se têm para comemorar. Só angústia, tristeza e amargura.

Profissionais da Saúde salvando vidas e ainda são criticados pela população, sobretudo por negacionistas -, por Vossa Excelência e por políticos.

Em todo o Brasil, só de médicos faleceram mais de 350. Outras centenas ficarão com sequelas. E somando com os demais profissionais da área da Saúde o numero ultrapassou milhares.

domingo, 18 de outubro de 2020

Artigo – Dia do Médico. Roberto Cavalcanti é jornalista e servidor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas

Lidar com o ser humano não é coisa fácil. Mais difícil ainda é se responsabilizar pela vida de seus semelhantes, oferecendo assistência integral a quem necessita vinte e quatro horas por dia em rodízio permanente.

Os desafios da profissão em meio à pandemia de coronavírus têm sido cansativo e muito difícil. Além de ter de encarar a morte de frente, a maioria dos Médicos teve que sair da zona de conforto da própria especialidade para ajudar no atendimento aos pacientes infectados.

São funções específicas dos Médicos:

Dedicar ao paciente o tempo necessário ao atendimento e esclarecê-lo usando termos acessíveis á formação do servidor;

Indicar o procedimento adequado ao paciente e encaminhá-lo para tratamento, acompanhando periodicamente esse tratamento;

Recomendar internação, acompanhar a evolução e visitar servidores internados quando solicitado;

Guardar absoluto sigilo quanto às informações recebidas, anotando-as apenas no prontuário, para servirem de esclarecimento a outros profissionais;

Prescrever medicação - vale salientar que o médico, mesmo atuando numa equipe multiprofissional de saúde, é o único imbuído da função de prescrever medicações;

Emitir pareceres especializados, de acordo com sua formação profissional, quando assim solicitado pela junta médica;

Participar da junta médica, como perito especializado, quando solicitado;

Participar dos programas de promoção e prevenção disponibilizados aos servidores, junto com os outros integrantes da equipe;

Discutir, junto á equipe multiprofissional de saúde, os procedimentos, atribuições e atividades a serem desenvolvidas;

E outras, que lhe forem delegadas.

Como cirurgiões, não medem esforços, buscando, a todo custo, por meio de seus conhecimentos, dotes e habilidades manuais, do auxílio de instrumentos cirúrgicos e de uma equipe de apoio, oferecer um serviço de qualidade e eficiência, levando fé, esperança e conforto aos pacientes do Sistema Único de Saúde, assim como nos hospitais particulares, cumprindo com sua missão básica: salvar vidas!

Para atender em todo o Brasil cerca de 160 milhões de pessoas, o equivalente a 80% da população, as unidades de saúde pública espalhadas por esse país, contam com apenas 56% dos aparelhos para diagnóstico e tratamento de doenças disponíveis no país.

Além disso, o restante está exclusivamente a serviço de clientes privados ou de planos de saúde, público que corresponde a um terço da clientela do governo. O cálculo foi feito tendo como base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Se houvesse seriedade e interesse por parte da classe política, teríamos uma saúde pública muito melhor. Mas os desvios de verbas, as licitações fraudulentas ou com a adquirimentos de equipamentos e insumos por parte dos governadores e prefeitos sem o devido cuidado, a vida de pessoas que precisam de tratamento médico seria muito melhor.

A regionalização é um processo fundamental para o avanço do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela envolve negociações e acordos políticos entre as três esferas de governo e o desenvolvimento de estratégias e instrumentos voltados para a integração de serviços, agentes, instituições e práticas em espaços geográficos distintos, sendo destacada no Pacto pela Saúde como eixo estruturante para o fortalecimento e qualificação da gestão do SUS.

Parabéns a todos os Médicos de Alagoas, do Brasil e do Mundo.


quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Artigo: A difícil missão de ser professor no BrasilRoberto Cavalcanti é advogado, jornalista, Relações Públicas e articulista do Portal RP-Bahia

O piso salarial dos professores da rede pública de todo o país é de pouco mais de R$ 2.500,00, para carga horária semanal de 40 horas. O valor representa pouco para quem corre o risco até mesmo de apanhar dos alunos em sala de aula e dos pais.

O único estado que paga bem aos professores é o Maranhão, com piso acima do R$ 6.000,00. No entanto, centenas de municípios brasileiros têm grandes problemas até hoje para cobrir o piso, embora a regra contemple docentes com nível médio em jornadas de trabalho semanais de 40 horas.

De acordo com a legislação vigente, Lei do piso nacional do magistério, Lei 11.738, de 2008, a correção do piso reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Esse valor já é do conhecimento dos professores desde dezembro de 2010.

Os recursos para o Fundef vinham das receitas dos impostos e das transferências dos estados, Distrito Federal e municípios vinculados à educação. O Fundef vigorou até 2006, quando foi substituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb)

Segundo a opinião de especialistas em políticas educacionais, falhas na formulação da lei e ações na Justiça, somadas à revisão para baixo das receitas tributárias de Estados e municípios desde 2009, causaram confusão sobre a interpretação da legislação, quase 14 anos de sua entrada em vigor.

Até agora as regras sobre o reajuste nunca foram na prática divulgadas. Como a lei não estabelece que o MEC decrete o aumento, os municípios terminam fazendo o que bem querem e entendem.

Na verdade esse piso referendado pelo Ministério da Educação deveria ter sido em cima de 20 horas e não 40 horas como ficou determinado pelo Congresso Nacional quando da votação e aprovação em 2008.

A Lei Federal n° 11.738, que garante o benefício, foi aprovada há 13 anos, mas até o momento poucos municípios a cumprem.  A lei vale para profissionais da educação que trabalham 40 horas semanais. Diversas secretarias estaduais pagam valores inferiores ao novo piso. 

O que o professor ganha é um salário de fome, de fazer vergonha às autoridades da área de educação. Mesmo que o MEC recomende que os Estados e municípios concedam um reajuste acima da inflação, ainda é muito pouco para a responsabilidade que esses profissionais têm que é o de repassar conhecimento para alunos em sua grande maioria pobres, sendo praticamente impossível um aluno da classe burguesa estudar em Escola Pública, embora ainda possa existir uma exceção.

Pior ainda é os professores ensinar a alunos drogados em sala de aula estando sujeitos a serem agredidos a qualquer momento e, inclusive alguns, portanto facas e armas de fogo.

Reportagem veiculada pela TV fechada Globo News, Edição de 28.08.2014 apontou um quadro alarmante em que professores afirmam serem vítimas de agressões verbais e intimidações.

Segundo a Globo News, citando uma pesquisa global feita com mais de cem mil professores e diretores de escolas do Ensino Fundamental e Médio, deixa o país numa situação vexatória, e põe o Brasil no topo de um ranking de violência em escolas.

De acordo com a pesquisa, 12,5% dos professores brasileiros disseram ser agredidos verbalmente ou intimidados por alunos pelo menos uma vez por semana. 

E isso passados seis anos, nada mudou. Em pleno Dia dos Professores, o Brasil não tem muito o que comemorar. O País lidera o ranking global de agressões contra educadores. É o que aponta a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil tem 2,6 milhões de docentes, o que representa 1,2% da população brasileira.

Em São Paulo, 48% dos docentes afirmam ter sofrido violência verbal e 5% agressão física, informou o Instituto Locomotiva para o Sindicatos dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). No Distrito Federal, mais de 40% das agressões vêm de alunos e 20% de pais de estudantes, conforme o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF).

Esses governadores e prefeitos deveriam tomar vergonha na cara e remunerar condignamente essa categoria tão importante nas nossas vidas e protegê-los.

Porém, segundo os resultados do último PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), investimentos adequados em salários de professores tendem a elevar a qualidade da educação. A justificativa está nos bons resultados de países como o Japão e a Coreia do Sul, que empregam mais dinheiro em classes maiores do que em classes menores. Já entre países que preferem investir em turmas pequenas (o PISA não cita uma média de alunos por classe), as notas são menos homogêneas.

De acordo com a especialista na área de educação Silvia Gasparian Colello, da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo), as dinâmicas de ensino do professor podem compensar turmas com maior número de estudantes. São métodos de trabalho descentralizados, em que o aluno é produtor, e não receptor de informações.

Segundo ela o docente deixa de ser a figura que está em sala de aula para passar conhecimentos aos estudantes, mas para criar situações em que ele possa pesquisar. Contudo, ela afirma, no entanto, que não está advogando para que o professor deva ter classes com cem alunos, conclui.

Além disso, uma pesquisa realizada há alguns anos pelo INEP, ficou constatado que a merenda escolar servida aos estudantes do Ensino Fundamental e Médio nas Regiões Norte e Nordeste foi considerada muito ruim, para não dizer que é uma porcaria.

E, em face da pandemia causada pela covid-19, aulas presenciais tiveram que ser substituídas por aulas online, com plataformas criadas as pressas.

Praticamente a maioria dos professores tiveram que se adaptar ao novo formato e sequer as Secretarias estaduais e municipais de educação e, principalmente o Ministério da Educação, deram suporte necessários aos professores e também aos alunos.

Esse artigo é uma homenagem a todos os (as) professores (as) do Brasil, e, em especial, a minha esposa.