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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

sábado, 28 de abril de 2012


Agressão lidera casos de violência no Ligue 180, segundo diz a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República

Jornalista Roberto Ramalho com Jornal Correio Braziliense

Reportagem do jornal Correio Braziliense desse sábado, dia 28.04.2012, afirma que o serviço telefônico do governo registrou 24,7 mil ocorrências em que denunciantes sofreram algum tipo de abuso. Em 7 mil notificações, quem relatou a situação corria risco de morte.

De acordo com o Correio Braziliense, a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM) divulgou ontem balanço trimestral do serviço de atendimento à mulher, o Ligue 180. De janeiro a março, a central recebeu 201.569 ligações, um aumento de 18,62% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre todos os telefonemas — que vão desde pedidos de orientação a elogios e reclamações — em 24.775 havia relatos de violência, sendo que em 14.296 desses casos ocorreram agressões físicas. Desse universo de pouco mais de 14,2 mil ocorrências, em 7 mil (49%) as mulheres correram risco de morte.

Segundo relata o Correio Braziliense, embora sejam as mais frequentes, as agressões físicas — que vão desde a lesão corporal leve ao assassinato — são um dos cinco tipos de violência enquadrados na Lei Maria da Penha, que lista ainda os abusos sexuais, psicológicos, morais e patrimoniais. Dos 14.296 telefonemas registrados no Ligue 180 nos quais houve registro de violência, as agressões psicológicas correspondem a 6.482 casos; as morais, a 2.973; as sexuais, a 504; e as patrimoniais, a 425. De acordo com os dados da SPM, em 69,7% dos casos, o agressor é companheiro e cônjuge da vítima. Os ex-maridos aparecem em 13,2% desses registros. Em 8.915 relatos de violência, os filhos presenciaram as agressões contra as mães. Já em 2.580 dos registros, eles também foram alvo de violência. Outro destaque dos dados do Ligue 180 é o tempo de relação da mulher com o agressor. Dos registros informados, em 7.761 casos, o homem mantinha um relacionamento de 10 anos ou mais com a vítima. Em 3.422, eles tinham entre cinco e 10 anos de relação afetiva e, em 1.875 relatos, entre um e dois anos de relacionamento.

Impunidade

Segundo informa o referido jornal, a ministra da SPM, Eleonora Menicucci, afirmou que os dados do Ligue 180 chamam atenção para a urgência com que a violência contra as mulheres deve ser enfrentada. "É preciso garantir que as vidas das mulheres sejam salvas. Para isso, o fim da impunidade é uma tarefa a ser incorporada no dia a dia pelo poder público e pela sociedade brasileira", defende. Desde sua criação, em 2005, o Ligue 180 soma 2.527.493 atendimentos.
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Futebol. CSA vence Sport Atalaia por 3 x 2, e é finalista do returno do Campeonato Alagoano

Adversário da final do 2° turno do Campeonato Alagoano será o ASA, que passou pelo CSE na outra semifinal, com uma vitória esmagadora de 4 x 1.

O CSA venceu o Sport Atalaia por 3 a 2, na tarde deste sábado, jogando no Estádio Rei Pelé, e confirmou seu favoritismo e a sua participação na final do segundo turno do Campeonato Alagoano.

Cleberson abriu o placar para o time azulino aos 15 minutos do primeiro tempo, de cabeça. Jucemar, cobrando falta aos 38 minutos, ampliou para o CSA: 2 x 0. O Sport Atalaia reagiu e diminuiu com Da Silva, aos 13 minutos do segundo tempo, mas coube a Washington, aos 21, ampliar para o CSA e fazer 3 x 1. Da Silva, novamente, aos 48 minutos, marcou o segundo gol do time visitante, mas não houve mais tempo para uma reação.

O adversário do CSA na final do segundo turno do Campeonato Alagoano será o ASA, que passou pelo CSE com um placar agregado de 6 a 3. No jogo de ida, as duas equipes haviam empatado em 2 a 2 e, neste sábado, o ASA goleou o adversário por 4 a 1.
FICHA TÉCNICA DA PARTIDA
Campeonato Alagoano 2012 – Semifinal – Segundo Turno
Estádio Rei Pelé – Maceió
CSA 3 x 1 Sport Atalaia
Árbitro: Mário Sérgio Bancilon
Auxiliares: Carlos Jorge Titara e Julian Ferino dos Santos
CSA: Flávio, Jackson (Jefferson), Leandro, Cléberson e Jucemar Catarinense; Douglas Silva, Jucemar Gaúcho (Leís), Kel e Washington; Claudinho e Junior Paraíba (Wágner).
Técnico: Lorival Santos
Sport: Jefferson, Jal, Erivaldo, Anderson e Rafinha; Cícero, Vânio (Felipe), Paulinho e Zé Carlos (Tiago Silva); Etinho e Da Silva.
Técnico: Coca
Cartões Amarelos: Jackson (CSA) – Anderson, Vânio, Zeé Carlos e Vânio (Sport)
Gols: Cléberson 15min, Jucemar Catarinense 38min 1º e Washington 21min 2T(CSA) – Da Silva 13min 1ºT e 48 min 2°T
 

sexta-feira, 27 de abril de 2012


ARTIGO: RELACIONAMENTO ENTRE JOVENS NOS DIAS ATUAIS

Roberto Ramalho é jornalista, advogado, blogueiro, ex-acadêmico de Psicologia, e servidor da Universidade Estadual de Ciência da Saúde de Alagoas (UNCISAL)

Fazendo uma reflexão do caso da garota desaparecida de Penedo-Alagoas, creio que tudo isso é por causa de paixões avassaladoras.

Essas meninas que estão na adolescência e estão namorando, quando se apegam a um namorado e se apaixonam por ele, pensam que só existe ele na face da terra.

É claro e evidente que também criam um apego com aquele namorado, além de aos poucos ir se acostumando com atos, atitudes e comportamentos de seu companheiro.

Mas, faz-se necessário refletir se realmente aquele namorado é a pessoa certa na sua vida. Pior ainda é quando brigam e se separam, e novamente praticam a mesma coisa por diversas vezes, e, ainda assim, continuam namorando.

Ai faço a seguinte pergunta: e se depois vierem a noivar e se casar, e depois do nascimento do 1º filho, continuar as brigas, os ciúmes, e vierem às traições, como ficará o relacionamento?

Brigas entre casais de namorados devem ser totalmente evitadas, uma vez que a melhor coisa a fazer é conversar para evitar que um acabe magoando o outro, principalmente as mulheres, que terminam guardando tudo que não gostam e com isso acabam jogando na cara e sendo totalmente vingativas.

Em geral, as brigas são causadas por coisas tontas e, às vezes, tolas, que não faz nenhum sentido, mas que mesmo assim acaba virando uma discussão mais séria.

As principais causas de brigas entre um casal são resultados de ciúmes, olhares ao redor, comentários sobre ex-namorados ou ex-namoradas, e provocações de amigos chatos, que se aproveitam da oportunidade para criar mais confusão no relacionamento por meio de boatos e fofocas.

Brigas entre o casal de namorados só contribuem para que o companheiro (a) sinta raiva e o amor que um sentia pelo outro vá se acabando, e um se enchendo de mágoas e pronto.
Uma dica importante é que quando o relacionamento estiver complicado, insustentável e desgastado, se torna necessário uma conversa numa boa, para que um não fique enganando mais o outro, pois, assim, acabará magoando mais ainda a pessoa que você tanto amou durante o tempo em que durou o relacionamento.

A cada dia que passa, presenciamos que é cada vez mais comum acontecer relacionamento entre jovens, na maioria das vezes amigos, que acabam se tornando namorados.

Nesse caso, e isso já é comprovado pela Psicologia, que eles amadurecem muito rápido, principalmente quando ocorre por causa de algum problema particular na vida deles.

Na fase da adolescência geralmente, isso faz com que, ocorra mudança de comportamento, passando eles a agir de uma forma diferente, que poderá ou não ajudar ou atrapalharem suas vidas em todos os sentidos na atualidade ou num futuro muito breve.

Uma das perguntas mais comuns que se pode fazer é, chegou á hora para eles terem um relacionamento mais profundo, onde o sexo será a tônica? Na verdade não existe uma idade certa por que cada jovem tem uma hora e todos vão saber quando chegar esse momento. Para haver um bom relacionamento é importante que haja o respeito de ambas as partes, e isso é de fundamental importância.

Numa reportagem publicada na edição especial da revista Veja, de junho de 2003, com o título “sexo: cada vez mais cedo”, ficou relatado o seguinte: “A precocidade e a ousadia dos primeiros relacionamentos são uma característica de hoje. A idade da primeira vez das meninas é 15 anos, de acordo com pesquisa da UNESCO nas principais capitais do país. A dos meninos, 14. O surpreendente é que muitos jovens que têm vida sexual ativa não começaram com um namoro firme, mas com alguém com quem "ficava" – ou seja, com um quase desconhecido. Ficar é o nome dado a sessões de beijos e abraços mais ousados. A diferença entre essa relação e o namoro tradicional é que a primeira é descompromissada e passageira. Uma menina que fica com um colega numa festa não precisa tratá-lo como alguém especial ao vê-lo no colégio no dia seguinte. A pressão sobre os adolescentes para que iniciem a vida sexual ativa deve fazer com que os jovens se sintam num túnel de vento. Como tomar a decisão? A única resposta é: pense bem se você está preparado e se é isso mesmo o que quer. "Um risco é o jovem, de tanto ouvir falar de sexo, ter a falsa idéia de que crescer significa ter quanto antes uma relação sexual", diz o psicólogo paulista Antonio Carlos Egito, do Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual. Nesse assunto, os pais podem ajudar bastante. Muitos deixam de perguntar sobre a vida dos filhos quando eles chegam à adolescência. É um erro. Os especialistas aconselham a continuar a falar sobre comportamento, expectativas e valores. Só é preciso evitar pronunciamentos solenes. Adolescentes odeiam sermões – especialmente sobre sexo”.

Em outra parte da matéria fica dito que “a persistência das angústias em relação à vida amorosa, apesar do conhecimento e das liberdades atuais, tem uma explicação óbvia. "Sexo não é só uma questão de informação, mas também de maturidade", pondera o psicólogo Mauricio Torselli, do Instituto Kaplan, centro de estudos da sexualidade em São Paulo. Esta é a primeira geração que não conta com a orientação de um guia socialmente rígido para a sexualidade. Pais e mães estão igualmente confusos, preocupados e tão carentes de parâmetros quanto os próprios filhos. Muitos deles tentam estabelecer paralelo entre o que está acontecendo e sua própria geração. Os dois momentos são diferentes. O desejo de romper estruturas sociais”.

 esclerosadas fez da liberdade sexual uma das bandeiras dos jovens nos anos 60 e 70. Quando chegou a vez deles, deram liberdade aos filhos, mas não incluíram no pacote um modelo de comportamento sexual. O que se observa na sexualidade da atual geração não tem nem vestígio daquela energia rebelde e transformadora. O debate agora não é mais a presença de limites e sim, eventualmente, a ausência deles.

Na edição da mesma revista, em sua coluna, o psiquiatra Içami Tiba afirma que “Um aspecto crucial na educação é a autoridade. Muitos pais temem perder o amor dos filhos se forem firmes nas regras e nas cobranças. Todo mundo sabe que adolescente contrariado é encrenca na certa. Como uma criança birrenta, ele reclama, briga e faz escândalo, dentro de uma escala proporcional a seu tamanho. Nesse ponto os pais não podem ceder. Precisam estar conscientes de que, como todo mundo, os jovens não dão afeto a pessoas que não respeitam. Se os pais forem omissos e ficarem quietos por medo de perder o amor do filho, correm o risco de se ver menosprezados e ignorados. Aí o afeto e a cumplicidade que eles queriam preservar acabam se esvaindo completamente. Um pai ou uma mãe que engole os próprios princípios e se cala a cada malcriação dá um atestado de que não se respeita, e os filhos entendem isso como um sinal para que não o respeitem também. Engolir sapo significa deseducar, com grande probabilidade de estar criando um pequeno tirano dentro de casa”.

Nos Estados Unidos, por exemplo, um assunto que vem se destacando em colégios de ensino médio no estado de Connecticut, o Women's Center of Greater Danbury (Centro de Mulheres da Grande Danbury), inclusive quando foi realizada uma conferência sobre o assunto na Henry Abbott Tech, foi verificado e constatado um número alarmante de adolescentes que estão experimentando e aceitando comportamento abusivo nos namoros", segundo Heidi Rankin, uma educadora em violência juvenil do Women's Center of Greater Danbury.

De acordo com uma pesquisa escolar sobre saúde de 2007 do Departamento de Saúde Pública de CT junto com o Departamento de Educação do Estado, estudantes do ensino médio de Connecticut estão significativamente mais sujeitos que estudantes do ensino médio nacional a experimentar violência no namoro.

De acordo com o texto, "um entre cinco adolescentes que estiveram em um relacionamento sério dizem que receberam pancadas, tapas ou foram empurrados por seu parceiro. Uma entre três meninas que estiveram em um relacionamento sério dizem que tiveram medo de ser machucadas fisicamente por seu parceiro e um entre quatro adolescentes que estiveram em um relacionamento sério dizem que seu namorado ou namorada tentou evitar que passassem tempo com sua família e/ou amigos e que o pressionou a passar tempo somente com ele", afirmou Rankin na conferência.

Segundo Rankin, estatísticas como essas, deveriam ser um motivo para que os adolescentes aprendam sobre violência em um relacionamento, como identificá-la e como deixar o abusador de forma segura.

Concluindo, observa-se nos dias atuais que o rádio, a televisão e outros meios de comunicação, principalmente a internet e as denominadas Redes Sociais, como o Facebook, por exemplo, apresentam várias estatísticas referentes à delinquência juvenil, ao crime, importando no fato das adolescentes ficarem grávidas e partirem para as drogas.
Pode-se até fazer a seguinte pergunta: Os adolescentes do nosso tempo são piores do que fomos quando jovens? Pode-se afirmar, com certeza, que talvez não sejam piores, mas pode-se dizer que são muito diferentes dos adolescentes de vinte ou trinta anos atrás.

Ainda que façam praticamente as mesmas coisas que fazíamos no passado, infelizmente estão agindo assim muito mais cedo do que deveriam. Os sociólogos confirmam que as crianças crescem mais rápido em nossos dias e isso já está comprovado cientificamente por pesquisas de comportamento. Os jovens de hoje vão a encontros amorosos mais cedo e conhecem aspectos da vida adulta com uma antecedência imprópria para a sua idade. Além disso, hoje eles têm mais dinheiro, mais meios de transporte, mais tempo livre e menos supervisão dos pais do que antes. E terminam amadurecendo sexualmente três anos mais cedo que a geração anterior.

Observa-se e verifica-se que no começo da adolescência, o filho em geral, aceita a autoridade dos pais, sem necessidade de muita persuasão. Todavia, quando um pouco mais velho, o adolescente quer verificar tudo o que você diz, fica mais curioso e atento as conversas dos pais e dos mais velhos. A mesma criança que parecia estar contente sob seu cuidado começa a causar problemas, fica inquieta e se irrita com facilidade. É a chamada fase da rebeldia.

Assim sendo, observa-se e verifica-se que o método de disciplina que você usava anteriormente perdeu sua eficácia e já não tem mais nenhuma utilidade. A autoestima do adolescente começa a adquirir grande importância, a responsabilidade vira coisa do passado. Então, o companheirismo e a amizade que você sonhava ter com seu filho parecem ter se transformado em fumaça, que desaparece de repente.

Os momentos de diálogo que você mantinha com seu filho não se tornaram eficazes e esperados. O adolescente não quer mais ficar em casa com a família. E quando fica sua mente divaga e não presta atenção a quem esta á a sua volta. Age como se fosse feio ser visto na companhia de seus pais. Assim, seus altos e baixos emocionais, seus ataques temperamentais e seus períodos de indolência começam a causar transtorno e confusão no convívio familiar.

E você termina se perguntando se esteja perdendo sua competência como pai e o contato com seu filho e ai termina se sentindo confuso. E de quem é a culpa, afinal, por tudo isso? Dos próprios jovens, que hoje possuem liberdades demais? Dos pais que não souberam educá-los? Assim acham eles! Ou temos ai uma nova geração de filhos rebeldes que estão criando suas próprias regras de condutas com os pais e também entre eles?

Deixo a resposta para psiquiatras, psicólogos, educadores, e estudiosos no assunto.

quinta-feira, 26 de abril de 2012



Jornalista Roberto Ramalho

Com apoio da bancada ruralista e do PMDB de Renan Calheiros, a Câmara dos Deputados aprovou ontem a reforma do Código Florestal impondo uma derrota ao governo. 

Por exatos 274 votos a favor e 189 contrários e 2 abstenções, os deputados acolheram o relatório do deputado Paulo Piau com 21 modificações no texto aprovado pelo Senado em dezembro, que era defendido pelo Palácio do Planalto. 

No entanto, ainda serão analisados 13 destaques que podem modificar a essência do texto. Embora tenha sido derrotado, o governo conseguiu devolver ao texto a exigência de recomposição de 15 metros de Áreas de Preservação Permanente em beira de rios pequenos. 

Os ruralistas rejeitavam qualquer obrigação de recuperação dessas áreas. O texto do Código Florestal agora vai à sanção presidencial. Os ambientalistas consideraram o resultado de ontem um desastre total e prometem pressionar a presidente Dilma a vetar o texto.

A bancada alagoana ficou dividida durante a votação do novo Código Florestal. Os deputados Joaquim Beltrão (PMDB), Renan Filho (PMDB), Maurício Quintella (PR) e Célia Rocha (PTB) foram favoráveis ao novo Código Florestal, que favorece os desmatadores e enfraquece a legislação ambiental. Por sua vez os deputados Givaldo Carimbão (PSB), Rui Palmeira (PSDB), Arthur Lira (PP), e Rosinha da Adefal (Tudo B), votaram contra o novo texto do Código Florestal. O único que não votou foi deputado João Lyra (PSD), em face de não ter participado da votação.

terça-feira, 24 de abril de 2012



Roberto Ramalho é jornalista e advogado

A proposta foi aprovada pela comissão de juristas que trabalha a serviço do Senado no anteprojeto de reforma do Código Penal e que pune pelo crime de enriquecimento ilícito o político, magistrado ou servidor público que obtiver patrimônio incompatível com a renda declarada por ele.

Dessa forma, devem responder na Justiça os servidores, juízes ou políticos, que não puderem comprovar a origem de valores ou bens, sejam eles móveis ou imóveis. 

Os juristas devem concluir esse trabalho até o fim de maio. A partir daí, começa a tramitar no Senado na forma de projeto de lei e poderá sofrer alterações.

Pelo projeto, que deve ser encaminhado à presidência do Senado até junho, agentes públicos com patrimônio a descoberto poderão receber pena de 1 a 5 anos de prisão.

Além dessa punição, o bem deverá ser confiscado. Se o texto for aprovado, o Código Penal deixará de exigir provas do crime que levou à obtenção dos bens. 

A ideia na reforma, segundo Gilson Dipp, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), é que as rendas incompatíveis com a riqueza do servidor sejam presumidas como ato ilícito quando a origem do dinheiro não for comprovada, como ocorre em outros países.

"Esse é um tipo penal previsto na convenção da ONU contra a corrupção, que foi assinada pelo Brasil e ainda não foi tipificado em nosso ordenamento jurídico. Tendo o tipo penal de forma clara, de forma definitiva, certamente isso será um fator de inibição à prática de corrupção", destacou Gilson Dipp, referindo-se ao documento das Nações Unidas firmado pelo país em 2003.

O jurista alagoano Nabor Bulhões criticou a iniciativa da comissão. Nabor Bulhões e Marcelo Leal e a defensora pública Juliana Belochi se manifestaram contra a proposta. Para Nabor, o projeto inverte o ônus da prova. Disse ele: “Na Europa, a solução foi não criminalizar a conduta para não desfuncionalizar o sistema. Se começarmos a tipificar tudo como crime, inclusive o que é consequência, estaremos sujeitos a arguições de inconstitucionalidade. É claro que sou contra o enriquecimento ilícito, mas estou absolutamente convencido da inconstitucionalidade dessa criminalização. O Direito Penal não deve servir de panaceia para todos os males”.

Nabor Bulhões foi muito infeliz na sua declaração, o que faz incentivar ainda mais a impunidade em nosso país.


sábado, 21 de abril de 2012


CSA arranca empate do CRB e elimina rival da decisão do 2º turno do Campeonato Alagoano

Jornalista Roberto Ramalho

Em partida bastante disputada entre os dois times, na tarde deste sábado no estádio Rei Pelé, válida pela nona rodada do Campeonato Alagoano, o CRB esteve muito perto de vencer  o CSA mais uma vez e obter sua classificação para a fase semifinal do 2º turno do Campeonato Alagoano.

Depois de abrir dois gols de vantagem ainda no primeiro tempo, a equipe regateana viu o adversário buscar o empate na etapa final, 2 x 2, e confirmar a sua boa fase. Foram ao todo oito jogos sem derrota no segundo turno do Estadual.

Com o resultado, o CSA encerrou a sua participação no segundo turno do Campeonato Alagoano na primeira colocação, com 22 pontos conquistados em nove jogos, sendo sete vitórias, um empate e uma derrota (81,5% de aproveitamento). Por sua vez o CRB, somou apenas 11 pontos, e terminou na quinta colocação e não disputará a fase final. Porém, a equipe já está classificada para a final do Campeonato Estadual, por ter conquistado o primeiro turno do mesmo.

O CRB abriu o placar aos 24 minutos do primeiro tempo, com o lateral Elsinho. Aos 39 minutos, coube a outro lateral, Jadílson, ampliar o resultado para 2 x 0. Na etapa final, porém, Rony garantiu a reação do CSA fazendo os dois gols do azulão das Alagoas. Um, aos 27 minutos, quando o atacante aproveitou rebote do goleiro Cristiano e diminuiu para o time da casa, e o outro, aos 36 minutos, quando Júnior Paraíba passou para Rony marcar seu segundo gol no jogo, empatando o confronto.

Na fase final do certame, o CSA enfrentará o Sport Atalaia, quarto colocado do segundo turno, com 12 pontos conquistados. A outra semifinal será disputada entre ASA (2º, 19 pontos) e CSE (3º, 12 pontos).

FICHA TÉCNICA DA PARTIDA

Campeonato Alagoano 2012 – 9ª Rodada – Segundo Turno

Local: Estádio Rei Pelé – Maceió

Jogo: CSA 2 x 2 CRB

Árbitro: George Alves Feitoza
 

Assistentes: Fernando Maciel e Rondinelli Tavares

CSA: Flávio, Jackson, Rafael Araújo, Cléberson e Jucemar (Marcelo); Douglas Silva, Jucemar Gaúcho, Kel (Claudinho) e Washington; Junior Paraíba e Roni. Técnico: Lorival Santos

CRB: Cristiano, Filipe, Rodrigão e Nilson; Elsinho, Diego Aragão, Daniel (Aloísio Pereira), Geovani e Jadilson; Thiago Marabá e Aloísio Chulapa (Ewerton Maradona). Técnico interino: Joãozinho Paulista

Cartões Amarelos: Cléberson, Jucemar Gaúcho e Washington (CSA) – Daniel. Aloísio Chulapa, Diego Aragão e Filipe( CRB)

Gols: Roni 26 e 36min 2ºT(CSA) - Elsinho 24min e Jadilson 39min 1ºT (CRB)