Artigo - Hugo Mota e Daví Alcolumbre – Os inimigos do Povo e da democracia. Roberto Ramalho é advogado, foi procurador do município de Maceió e é Colunista do Portal RP-Bahia
O
Senado e a Câmara dos Deputados elegeram no dia 01.02.2025 Davi Alcolumbre
(União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), respectivamente, como seus novos
presidentes. Os dois eram os favoritos em suas disputas.
A
previsão é que as mudanças iriam manter o Congresso forte e independente do governo
de Luiz Inácio Lula da Silva. Na época a popularidade do presidente
Lula estava em queda, segundo a pesquisa Quaest. E esse fator está se
confirmando.
Desde
então e Daví Alcolumbre vêm dificultando a vida do governo Lula
com ‘pautas bombas’. As pautas econômicas, como a de mudar regras do Imposto de Renda, foram aprovadas por unanimidade
pelas duas Casas Legislativas por significar e representar o interesse
daqueles que deverão pagar menos ao governo federal em 2026. A matéria foi
aprovada à base de muita negociação e concessões, enquanto propostas com mais
resistência na oposição, como a ideia de regular as redes sociais, continuem travadas.
Alcolumbre
voltou à Presidência do Senado depois de quatro anos com Rodrigo Pacheco
(PSD-MG) no comando da Casa. Alcolumbre foi presidente do Senado entre 2019 e
2021.
Tanto
Alcolumbre quanto Motta são lideranças do Centrão —
classificação que abarca partidos predominantemente conservadores, mas que
costumam apoiar governos de diferentes tendências políticas em troca de cargos
e acesso a verbas públicas. Os dois representam o que existe de pior para o
Brasil. Além de conservadores nas ideias e nos costumes, negociam com o governo
Lula os projetos de interesse do povo em troca de aprovação das denominadas
emendas secretas e cargos comissionados e de confiança.
Hugo
Motta, que tem apenas 35 anos, levou 444 votos dos 513 possíveis (499 deputados
votaram) ficando na frente de Marcel van Hattem (Novo-RS), que teve 31, e
Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) com 22 votos.
Em seu
discurso de vitória citou mais de uma vez Ulysses Guimarães, presidente
da Assembleia Nacional Constituinte de 1988 e repetiu a frase célebre do
parlamentar: "Tenho ódio e nojo à ditadura". Só
que de ‘boca pra fora’.
"Não existe ditadura
com parlamento forte. O primeiro sinal de todas as ditaduras é minar e solapar
todos os parlamentos. Por isso, temos de lutar pela democracia. E não há
democracia sem imprensa livre e independente."
Ele
terminou com uma referência ao filme Ainda Estou Aqui, acabou ganhando
o Oscar de melhor filme estrangeiro e focado na época da ditadura
militar: "Em
harmonia com os demais poderes, encerro com uma mensagem de otimismo: Ainda
estamos aqui!".
A
eleição de Hugo Motta e Daví Alcolumbre representa a continuidade
dos grandes volumes de emendas parlamentares — verbas do Orçamento federal
destinadas para obras e serviços públicos em seus redutos eleitorais. Esses
recursos dispararam a partir de 2020 e superaram R$ 40 bilhões no ano passado.
Motta e
Alcolumbre são defensores do crescimento desses recursos nos últimos anos,
dispostos a fazer frente às disputas com o governo e o Poder Judiciário em
torno desse tema, ressalta o analista.
Atualmente,
uma ação tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) questionado os critérios
para distribuição dessas verbas e cobrando maior transparência nos gastos. O
ministro relator, Flavio Dino, chegou a bloquear repasses, despertando a ira
dos parlamentares. A maior parte das emendas parlamentares é impositiva, ou
seja, seu pagamento pelo governo é obrigatório, uma mudança que começou em 2015
e tirou do Palácio do Planalto um instrumento de barganha importante nas
negociações com o Congresso Nacional e que pudessem defender sua autonomia,
suas principais pautas. Portanto, hoje uma das principais pautas no Congresso Nacional
é a manutenção das emendas, que dá a eles a independência de tocar suas vidas
sem voltar àquele design do passado, onde a liberação das emendas era o que
definia uma lealdade ou não [ao governo].
Na
segunda-feira, 1º de dezembro, ao mesmo tempo em que Derrite se despediu do
cargo durante a cerimônia de 134 anos do 1º Batalhão da Rota, uma das
unidades mais letais da Polícia Militar paulista, reassumindo o mandato
como deputado federal, durante o encerramento da solenidade, a Rota
também homenageou autoridades com a Medalha do Centenário.
Foram
condecorados o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e o governador
do Rio de Janeiro, Claudio Castro, que defendeu o trabalho de Derrite na
Segurança Pública e comparou o trabalho da Rota ao feito pelo Bope do Rio,
afirmando que as duas unidades atuam na proteção “dos cidadãos de bem”.
O
Castro responde a uma ação de cassação de seu mandato no TSE pela prática de
abuso de poder político e econômico. Um ministro pediu vistas para poder
ajudá-lo. Até agora o único voto foi o da relatora que votou pela cassação de
seu mandato.
E na nesta terça-feira 9, o presidente
da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pôs em votação o Projeto
de lei que reduziu às penas para os
envolvidos com os atos golpistas, principalmente o ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL).
A pena do ex-presidente Jair Bolsonaro,
que hoje é de 27 anos e 3 meses, pode ser reduzida para cerca de 19 anos com um
projeto em análise no Congresso que muda as regras dos crimes contra o Estado
Democrático de Direito. O relatório do deputado plastificado Paulinho da Força
alterou visando beneficiar os golpistas e bandidos como as penas sendo
calculadas com um índice menor impactando a favor dos condenados pelo
cometimento do atentado em 8 de janeiro.
As principais propostas que foram
aprovadas, são:
• Acabar com a soma de penas, reduzindo
o total final.
• Desconto de 1/3 a 2/3 para quem não
liderou nem financiou os atos (Bolsonaro não se encaixa).
• Progressão após 1/6 da pena,
permitindo deixar o regime fechado mais cedo.
Como o texto foi aprovado pela maioria
dos deputados federais na Câmara dos Deputados, a mudança beneficiou justamente
o líder da tentativa de Golpe de Estado, o genocida, mentiroso, fascista Jair
Messias Bolsonaro que poderá somente cumprir cerca de 2 anos e 3 meses em
regime fechado.
Os crimes praticados:
Organização criminosa armada
Tentativa de abolição violenta do Estado
Democrático de Direito
Golpe de Estado
Destruição de patrimônio público
Dano qualificado contra a União
Hugo Motta é um político que age na
surdina, além de ser um traidor do povo e da Pátria. Sua família está e esteve
envolvida em diversas ilegalidades e irregularidades ao longo dos anos. A
Polícia Federal e o Ministério Público Federal precisam investigá-lo. Com
certeza, encontrarão ligações com criminosos.
O seu nome completo é HUGO
MOTTA WANDERLEY DA NÓBREGA. Filiado ao Partido: REPUBLICANOS - PB; E-mail:
dep.hugomotta@camara.leg.br; Telefone: (61) 3215-5237.
Na
votação da análise da cassação do mandato do deputado federal do PSOL, Glauber
Braga, que varou a madrugada, segundo Renato Rovai, editor da Revista Fórum, ele não
foi cassado, e Arthur Lira não teve seu desejo atendido, mostrando que o
“romance” entre ele e Hugo Motta está chegando ao fim. Membros do
PL, partido de Bolsonaro, votaram contra a cassação, e o partido “se
estranha”, além disso, o governo Lula está mostrando quem é que dá
as cartas de verdade.
De
acordo ainda com a Revista Forum, Arthur Lira surtou em grupo de
mensagens atacando o sucessor, Hugo Motta, após aprovação de emenda do
PT, que propôs a suspensão - e não a cassação do mandato - de Glauber Braga,
que denunciou corrupção no orçamento secreto.
Daví
Alcolumbre só tem o ensino médio e jamais poderia sentar na cadeira de
presidente do Senado. Foi eleito com a ajuda do Centrão, dos partidos de
Extrema Direita e alguns senadores de centro-esquerda.
Faz-se
necessário que o povo da Paraíba e do Amapá acordem e cassem nas urnas o
mandato desses dois inimigos do povo, do Estado Democrático de Direito e da
Pátria.
E nesse domingo, 14 de dezembro de 2025, as frentes Brasil
Popular e Povo Sem Medo convocam manifestações em todo o país com o título “Sem
anistia para golpistas!”, objetivando protestar contra a aprovação do PL da
Dosimetria, aprovada na Câmara dos Deputados, mas que ainda será analisada pelo
Senado Federal.
Para
quem não sabe, o Projeto de Lei da Dosimetria reduz penas de pessoas perigosas,
más e perversas envolvidas nas ações golpistas do 8 de janeiro, incluindo o
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e militares condenados pelo Supremo Tribunal
Federal (STF).
Haverá
manifestações em todas as do Brasil. No Rio de Janeiro, Caetano Veloso vai
comandar na Praia do Copacabana mais um ato musical com o tema “Rio de
Janeiro nas ruas. Vamos devolver o Congresso para o povo”.
A
manifestação deverá reunir outros artistas convidados, a exemplo do que
aconteceu contra a chamada PEC da Blindagem em setembro deste ano,
levando milhares de pessoas para as ruas.
Também
haverá uma gigantesca manifestação na Avenida Paulista.
As
manifestações deverão ocorrer por vota das 10 horas da manhã se estendendo até
o final da tarde.






