Artigo
- Dia da Árvore: nada a comemorar! Roberto Ramalho é advogado,
jornalista e Colunista do Portal RP-Bahia. www.ditoconceito.blogspot.com.br
Imagem do Greenpeace
1.
Considerações Gerais
No
21 de setembro (ontem)
é
comemorado
no Brasil o Dia
da Árvore.
Um decreto de 1965, do então presidente Castelo
Branco,
instituiu a data como a Festa Anual das Árvores
para difundir a conservação das florestas e divulgar a importância
das árvores
no bem-estar dos cidadãos.
Vejam
que ironia. Quem instituiu o dia foi um presidente militar, marechal
Castelo Branco. que governava o Brasil e os brasileiros e que viviam
sob um Regime de Exceção, ou seja, uma ditadura.
E o Brasil hoje é
governado por um saudosista do Regime Militar, o ex-capitão expulso
do Exército, Jair Messias Bolsonaro.
Durante seu governo a
até a presente data só houve devastação e destruição dos biomas
nacionais.
Essa
data tem por objetivo conscientizar a população sobre a importância
dessa grande riqueza natural. A data só é comemorada apenas no
Brasil e foi escolhida em razão da proximidade com a primavera, que,
no Hemisfério Sul, inicia-se no dia
23 de setembro.
Além
de sua própria beleza, as árvores
têm funções importantes para o meio ambiente. Elas refrescam o
ambiente, dão sombra, são barreiras contra o vento, ajudam a manter
a umidade do ar, diminuem a poluição, mantêm o solo firme e servem
de abrigo para pássaros e outros animais.
As pteridófitas
foram as plantas pioneiras que deram origem às primeiras árvores, o
que teria ocorrido entre 200 milhões e 300 milhões de anos atrás.
Em
5
de junho
de 1972, a ONU (Organização
das Nações Unidas)
realizava um dos eventos mais importantes sobre meio
ambiente
em Estocolmo, na Suécia. Uma conferência discutia o futuro
ecológico do planeta. Na ocasião, foi instituído o “Dia
Mundial do Meio
Ambiente”.
2.
O que podemos fazer para ajudar as árvores?
Compre
produtos de madeira certificada. Jamais fruto de desmatamento. Assim
sendo, sempre questione a origem dos produtos feitos de madeira,
como móveis e papel.
Evite a carne bovina e
prefira produtos certificados.
Reduza o consumo de
papel.
Apoie
programas de conservação de florestas em geral.
Informe-se
sempre e procure conhecer a verdade acessando sites na internet
confiáveis.
Use
sempre s sua voz em defesa das florestas e do meio ambiente
Reflita sempre!
Para
quem não sabe, as árvores
reduzem a velocidade dos ventos, a poluição sonora e visual, além
de fornecer abrigo e alimentar a fauna.
Quem
planta uma árvore
atrai os animais para mais perto. Protegem o solo, evitando desgaste,
erosão e deslizamento de terra.
3.
Quais são as principais causas das queimadas no Brasil?
No
Brasil
há uma grande quantidade de queimadas,
principalmente nos biomas Amazônia e Cerrado. Alguns fatores têm
feito as queimadas
no Brasil
aumentarem, como o avanço do desmatamento e a ampliação das áreas
de pastagem e atividades econômicas ligadas à agropecuária.
4.
O desmatamento em 2022
O
Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) anunciou na
no dia 17de setembro que a área de floresta desmatada da Amazônia
Legal em 2022 foi a maior dos últimos 15 anos. De agosto de 2021 a
julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, o que
equivale a sete vezes a cidade de São Paulo.
5.
O que vai acontecer se cortar todas as árvores?
De
acordo com reportagem do Site britânico BBC Brasil
–
www.bbcbrasil.com
- Sem árvores,
as áreas anteriormente florestadas se
tornariam mais secas e propensas a secas extremas. Quando a chuva
chegasse, as inundações seriam desastrosas. A erosão maciça
impactaria os oceanos, sufocando recifes de coral e outros habitats
marinhos. Ilhas sem árvores
perderiam barreiras contra o avanço do mar.
6. Conclusão
Assim
sendo, afirmo que não há nada para comemorar por causa da omissão
ou conivência do governo Bolsonaro em não proteger as florestas, o
que inclui, notadamente, as árvores. Infelizmente, no mínimo, as
Forças Armadas se omitiram na defesa dos biomas brasileiros,
sobretudo o Exército.
E os órgãos de
defesa do meio ambiente como IBAMA e ICMBIO deixaram de realizar seus
serviços em face do desmantelamento e das órdens do Ministério do
Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis em não aplicar multas
contra os infratores.
O
maior responsável por isso foi o ex-ministro da pasta, Ricardo
Salles, que durante uma reunião ministerial ocorrida em abril de
2020, numa gravação autorizada pelo STF a pedido do então ministro
da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro – um mau magistrado
e um mau ministro - que havia pedido demissão do cargo em face de
pressão do presidente Bolsonaro em relação à segurança de seus
filhos no estado do Rio de Janeiro – e era mentira já que cabe ao
GSI essa prerrogativa - em plena afirmou textualmente que os
ruralistas deveriam passar a boiada enquanto ninguém estava
preocupado com a destruição dos biomas e com a imprensa noticiando
a pandemia de covid-19.
De acordo com a
reportagem do portal da Globo g1, durante
a reunião ministerial do dia 22 de abril, o ministro do Meio
Ambiente, Ricardo
Salles, alertou os ministros sobre o que considerava ser uma
oportunidade trazida pela pandemia da Covid-19: para ele, o governo
deveria aproveitar o momento em que o foco da sociedade e da mídia
está voltada para o novo coronavírus para mudar regras que podem
ser questionadas na Justiça, conforme vídeo divulgado nesta
sexta-feira pelo ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF)
Celso de Mello.
De acordo com Salles
seria hora de fazer uma “baciada” de mudanças nas regras
ligadas à proteção ambiental e à área de agricultura e evitar
críticas e processos na Justiça. "Tem uma lista enorme, em
todos os ministérios que têm papel regulatório aqui, para
simplificar. Não precisamos de Congresso", disse ele. O material integra o
inquérito que investiga suposta interferência do presidente Jair
Bolsonaro na Polícia
Federal, após denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio
Moro.
Depois
da divulgação do vídeo, o ministro se justificou em uma rede
social. "Sempre defendi desburocratizar e simplificar normas, em
todas as áreas, com bom senso e tudo dentro da lei. O emaranhado de
regras irracionais atrapalha investimentos, a geração de empregos
e, portanto, o desenvolvimento sustentável no Brasil".
Somente
nesse ano foi que a Polícia Federal juntamente com o IBAMA, ICMBIO,
Exército e Forças de Segurança de estados da Amazônia, sobretudo
com a participação de policiais militares, após intervenção do
Supremo Tribunal Federal, é que voltaram a combater o desmatamento,
incêndios e mineração ilegal. Porém, tardiamente, infelizmente!
Bolsonaro
é um genocida! Um mau governante e deve ser comparado a um dos
anticristos descritos na Bíblia. Foi, segundo o ex-presidente
Ernesto Geisel, um ‘mau militar’. Peço aos meus leitores que ao
lerem esse artigo não votem em Jair Bolsonaro. Um “ser humano”
cruel e perverso e incentivador do ódio e da violência.
Referências
1. Organizações
das Nações Unidas – ONU.
2. Instituto
do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
3.
BBC Brasil – www.bbcbrasil.com.
4.
www.g1.globo.com.
5.
Supremo Tribunal Federal (STF).
6.
Pesquisa em geral no site de busca www.google.com.