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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Artigo - A necessidade de criação da Guarda Nacional em todo o Brasil pelo governo Lula. Parte 2. Roberto Cavalcanti é advogado, foi procurador do Município de Maceió e é Colunista do Portal RP-Bahia. www.ditoconceito.blogspot.com.br

Um dia após ter publicado a 1ª parte de meu artigo acima descrito, os jornalistas Guilherme Balza e Julia Duailibi. do Portal G1.com e da emissora de TV paga Globo News, publicaram uma matéria intitulada “Governo quer mexer na Constituição para criar Guarda Nacional” na data de 19 de janeiro.

De acordo com a reportagem, o governo estuda uma série de mudanças na legislação como resposta aos ataques de 8 de janeiro. Entre elas, mudanças em um artigo da Constituição para criar uma Guarda Nacional, em trechos da legislação penal e na Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito (lei 14.197 de 2021).

Segundo ainda a reportagem do Portal G1, a criação de uma Guarda Nacional seria feita por meio de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição). A corporação não teria em seu corpo integrantes das Forças Armadas e responderia pela segurança na área da Presidência da República. Esse ponto já é um consenso no governo. Na prática, segundo estudos no Ministério da Justiça, ela federaliza, em parte, a segurança no Distrito Federal, hoje a cargo do governo distrital. Ainda estão em debate questões como o tamanho que essa nova força teria. Mas a ideia é que ela seja composta por pessoas que passem por um concurso específico e que tenha um caráter civil, mas ostensivo, como as Guardas Civis Metropolitanas. Até que os concursos sejam feitos, ela poderia ser composta por integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal, por exemplo.

Segundo a matéria do Portal G!, a Guarda Nacional seria responsável não só pela segurança da área da Presidência da República, mas pela dos outros poderes em Brasília, como a do Congresso e a dos prédios do Judiciário (como STF, STJ e TSE, por exemplo). Ela também ficaria responsável pela atuação na região de Brasília que contempla as embaixadas. Na prática, parte da segurança da capital federal, feita hoje por policiais militares do DF, pagos com recursos da União, seria federalizada. A inclusão na Constituição da Guarda Nacional se daria por meio do artigo 32 da Constituição, que dispõe sobre as competências do Distrito Federal. Também deve ser proposta a regulamentação do parágrafo 4, que diz: "Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da polícia penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar".

A excelente reportagem feita pelos jornalistas Julia Duaillibe – também comentarista da Globo News e apresentadora do jornal GloboNewsMais, transmitido às 16 horas, e Guilherme Balza, repórter da mesma emissora, a Guarda Nacional será diferente de outras forças que já existem, como a Força Nacional, composta por integrantes das polícias nos estados e que é convocada a pedido deles, e as duas unidades militares que fazem a guarda da Presidência, composta por integrantes das Forças Armadas.

Em um trecho da reportagem, que vejo como o mais importante é o fato do governo também pretender alterar a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, que substituiu a antiga Lei de Segurança Nacional. Uma das possibilidades seria derrubar alguns dos oito vetos propostos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Outra é propor novos trechos que tentem coibir a divulgação de fakenews envolvendo o sistema eleitoral. Outra mudança em estudo é no Código Penal, criando tipificação específica para aqueles que financiem atos contra o Estado Democrático de Direito. A elaboração do pacote mobiliza várias secretarias do Ministério da Justiça. A reportagem destaca que a intenção é concluir a proposta entre esta quinta (19) e sexta-feira (20) e apresentá-la ao ministro Flávio Dino. Há pontos a serem acertados sobre a atuação da Guarda Nacional com o Ministério das Relações Exteriores e com a Polícia Federal. Estão previstas reuniões dos secretários do Ministério da Justiça com o delegado-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e com representantes do Itamaraty - para alinhar como ficaria a proteção das embaixadas.

A conclusão do artigo trará a conceituação do que é a Guarda Nacional, a sua diferença em termos de atribuições e funções em relação as forças armadas e a sua relevância para o Brasil nesse momento delicado, após a tentativa de golpe de Estado patrocinado por uma orda de vândalos e terroristas, inclusive com a participação de militares de setores da segurança pública de todo o país e, inclusive, de membros do Exército, Marinha e Aeronáutica da reserva e da ativa.

A criação da Guarda Nacional em nosso país é de fundamental importância para a defesa e proteção da Constituição, do Estado Democrático de Direito, dos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário e a manutenção da paz social.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Artigo - A necessidade de criação da Guarda Nacional em todo o Brasil pelo governo Lula. Parte 1. Roberto Cavalcanti é advogado, foi procurador do Município de Maceió e é Colunista do Portal RP-Bahia. www.ditoconceito.blogspot.com.br

1. Introdução

O Brasil enfrenta novos desafios em face dos atos golpistas e terroristas praticados por apoiadores e seguidores do ex-presidente Bolsonaro ao invadirem Brasília, sobretudo, a Praça dos Três Poderes quando depredaram o patrimônio público durante a invasão ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.

O país precisa de desenvolvimento de seu território, a redução das desigualdades sociais, o combate a todo tipo de violência, sobretudo as praticadas pelas policias militares, desenvolver o crescimento sustentável, a estabilidade democrática, e combater problemas típicos de um país continental, principalmente, a inserção do país no contexto internacional como uma potência regional.

2. Da criação da Guarda Nacional e a preocupação das Forças Armadas

Na época do segundo governo Lula, já era grande a preocupação do Comando do Exército Brasileiro caso fosse criada uma Guarda Nacional nos moldes apresentados na Proposta de Emenda à Constituição Nº 534/2002 (PEC 534/02) enviada ao Congresso Nacional.

Essa preocupação residia no temor de que fossem divididos os recursos financeiros destinados à Pasta da Defesa, acarretando o enfraquecimento das Forças Armadas.

Daí a ideia da criação da Força Nacional de Segurança com um efetivo de pouco mais de 330 militares oriundos das polícias militares, polícias civis, guardas penitenciários, bombeiros militares, entre outros.

Assim foi criada a entidade escolhendo os mais renomados profissionais da Segurança Pública. Mas a instituição, a Força Nacional de Segurança Pública, teve como comandante, um bolsonarista, o coronel Aguinaldo de Oliveira, que ficou no posto durante três anos. Ele é marido de Carla Zambelli, deputada federal reeleita pelo Partido Liberal, infelizmente. Aguinaldo Oliveira doutrinou os membros da Corporação levando cursos cuja diretriz era de defender o governo de Jair Bolsonaro e o extremismo de direita.

Ele havia deixado o cargo em março do ano passado. Atualmente, a tropa é comandada pelo coronel da Polícia Militar do Estado do Acre, José Américo Gaia. O ex-comandante não se pronunciou sobre os atos terroristas que aconteceram ontem, em Brasília.

A recriação da Guarda Nacional do Brasil havia sido proposta em 2018 por Geraldo Alckmin e Michel Temer.

De acordo com Geraldo Alckmin. o atual vice-presidente de Lula, ele havia afirmado naquela época que a nova Guarda Nacional teria o objetivo de substituir gradativamente a Força Nacional, em que seriam criadas brigadas permanentes para darem apoio aos Estados em situações de crise, que atuariam na segurança de áreas rurais e prestariam apoio a operações da Polícia Federal e da Receita Federal na repressão ao contrabando e ao tráfico de drogas e armas. Cada brigada teria até 5.000 homens e seria composta por reservistas do serviço militar obrigatório que poderiam, "em caráter voluntário e mediante o recebimento de honorários", continuar o serviço militar por mais um período. Já Michel Temer previa a criação de uma força militar permanente, focada no policiamento das fronteiras e no gerenciamento de crise nos Estados. Recriar a Guarda Nacional também foi tema de ideia legislativa no Senado Federal em 2019, mas sem apoio suficiente. Já no segundo semestre de 2022, na ocasião da vitória presidencial de Luís Inácio Lula da Silva, o mesmo defendeu a recriação da Guarda Nacional com os objetivos de modernizar e despolitizar as Forças Armadas, além de organizar um agrupamento de choque dessa tropa seria dedicado a coibir os "atos antidemocráticos" (1)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Governador de MG, Romeu Zema, do Partido Novo, de ideologia fascista, condena atos de vandalismo no DF, mas cita provável 'omissão proposital' do governo Lula. Roberto Ramalho é jornalista. www.ditoconceito.blogspot.com.br

 

Governador Romeu Zema e o então candidato a presidência da República Jair Bolsonaro. Foto Correio Braziliense
 

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, bolsonarista de ‘carteirinha’ e neofascista, afirmou que a nova gestão federal pode ter feito 'vistas grossas para que o pior acontecesse' no dia 8 de janeiro a fim de se vitimizar.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Zema, um dos políticos mais ricos do Brasil, também disse que não poder haver uma generalização dos manifestantes, pois a violência teria partido de uma minoria de radicais de direita.

Acrescentou que isso é "uma mera suposição", repetindo um comportamento diuturnamente adotado por Jair Bolsonaro: difundir algo sem comprovação.

 E separou os vândalos que depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF,  com aqueles que só estavam presentes as manifestações golpistas e terroristas.

"Você confundir um cidadão de bem com um depredador é um erro gravíssimo. Que se puna, exemplarmente, aquelas pessoas que fizeram essa depredação, o vandalismo que condeno totalmente. Agora, você estender isso para aqueles que estão se manifestando de forma ordeira, de forma que não afeta o direito de ir e vir de ninguém, é uma situação muito distinta", disse o governador Zema, uma das promessas da extrema-direita para 2026.

Ele criticou a conduta do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e chamou o afastamento de Ibaneis Rocha de 'exagero'.

Romeu Zema é filiado ao Partido Novo de extrema-direita e só conseguiu eleger três deputados federais para a Câmara dos Deputados.

Zema é um ativista fascista e um sujeito perigoso para o ‘Estado Democrático de Direito’ bem como pela corja bolsonarista

As Forças Armadas também estão infestadas por radicais bolsonaristas e que também idolatram as ideias fascistas, inclusive, setores da Segurança Pública.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Artigo - André Mendonça – Um mau ministro, "terrivelmente evangélico" e indiferente aos atos antidemocráticos e terroristas em Brasília. Roberto Ramalho é advogado e exerceu o cargo de procurador do município de Maceió (2001-2002). www.ditoconceito.blogspot.com.br


O ministro André Mendonça agiu de forma antiética ao votar contra prisão do ex-ministro e delegado licenciado da polícia federal, Anderson Torres e afastamento de Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal.

Parece que não aconteceu nada no Supremo Tribunal Federal quando vândalos e terroristas bolsonaristas depredaram a instituição do Poder Judiciário mais importante do país.

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), divergiu dos nove colegas que já haviam votado para prender o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, e o ex-comandante da Polícia Militar do DF, Fábio Augusto Vieira.

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou em julgamentos no plenário virtual na quarta-feira as decisões do ministro da corte Alexandre de Moraes que determinaram a prisão do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e o afastamento temporário do cargo do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). Votaram a favor das decisões de Moraes os ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. Foram contrários os dois ministros indicados por Bolsonaro - Nunes Marques e André Mendonça.

Mendonça também votou contra o afastamento de Ibaneis Rocha.

Sua atitude mostrou ser um ministro que age isolado dos demais membros da Suprema Corte. Além de mais uma vez demonstrar sua total subserviência a um ex-presidente de extrema-direita, Jair Bolsonaro quer foi seu chefe quando ele exerceu o cargo de Advogado-Geral da União e ministro da Justiça quando esteve no governo anterior.

Sua postura é lamentável, detestável, reprovável e inaceitável diante do que aconteceu no domingo, 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas arruaceiros, vândalos e golpistas invadiram e depredaram não somente o STF, mas, também, o Congresso Nacional e o palácio do Planalto.

Esse sujeito simplesmente parece ser de outro mundo ao agir dessa maneira. Ficará na História como um traidor da pátria e um defensor de bolsonaristas bandidos, terroristas e que atentaram contra o Estado Democrático de Direito.

De nada serviram seus estudos para proferir um voto dessa natureza.

Nunes Marques também emitiu voto contrário a prisão dos envolvidos na maior invasão de baderna e arruaça feita em Brasília. Bolsonaristas antidemocratas e arruaceiros simplesmente invadiram as sedes do palácio do Planalto, do Congresso Nacional – Câmara dos Deputados e Senado, e, sobretudo, a casa cujos ministros citados parecem não ter se incomodado.]]

Os dois membros do STF são servidores públicos e recebem seus vencimentos que são pagos pelos contribuintes brasileiros cuja maioria em pesquisa do Instituto Datafolha – cerca de 93% - rejeitaram os atos de vandalismo e terrorismo praticados no Distrito Federal.

Breve Histórico do ministro André Mendonça

André Luiz de Almeida Mendonça é um jurista, magistrado e pastor presbiteriano brasileiro, atual ministro do Supremo Tribunal Federal. Foi advogado da União entre 2021 e 2021 e exerceu os cargos de advogado-geral da União e ministro da Justiça e Segurança Pública durante o governo Jair Bolsonaro.


sábado, 31 de dezembro de 2022

Artigo: Gonçalves Dias: um general democrata, líder e competente. Roberto Ramalho é advogado, jornalista e Colunista do Portal RP-Bahia

Lula e o general Gonçalves Dias

Bastante discreto, além de solícito e bem-humorado, o general Gonçalves Dias foi descrito por auxiliares e por profissionais que conviveram com o militar em sua passagem pelo Palácio do Planalto, como um militar exemplar, tendo comandado, por oito anos, a segurança pessoal do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele atuou no comando da segurança pessoal do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre 2003 e 2009.

Esse general de uma simpatia e empatia a toda prova, era a sombra do presidente e conquistou a confiança da sua família, com quem conviveu de perto. Ele também comandou a 6a Região Militar, em Salvador, na Bahia. O militar, que tinha na época 63 anos, não descolava e desgrudava em nenhum momento do presidente Lula. Ele está de volta e será o novo Chefe do Gabinete Institucional, conhecida pela sigla GSI e ocupará o lugar do atual “gestor”, Augusto Heleno, que nada fez pelo país a não ser defender um golpe militar e poder colocar Bolsonaro no governo até a morte.

Contudo, com a vitória de Lula no 2º turno contra Bolsonaro, o sonho golpista acabou, embora ativistas e grupos bolsonaristas estejam tentando impedir a posse do petista promovendo atentados terroristas.

Continuando a relatar sobre o general Gonçalves Dias, ele se queixava, às vezes, das "escapadas" do presidente, que descumpria orientações e ia na direção do povo em solenidades públicas.

Mas nem sempre foi assim. Na posse, do presidente eleito do Peru, Alan García, em 2006, Lula foi levado pelo peruano a pé do Congresso Nacional ao Palácio do Governo, em Lima. Já na rua, no meio da multidão de populares, o general Dias pressentiu riscos a vida do presidente Lula e imediatamente, pelo rádio, acionou o carro, e os seguranças fizeram um cordão até o exato momento em que ele entrou no veículo.

O general Dias sempre andava no carro do presidente. Ele esteve para deixar o Palácio do Planalto algumas vezes, mas o presidente Lula o manteve ao seu lado. GDias, que obteve duas promoções na gestão do presidente Lula, queria ter seguido para a Academia Militar das Agulhas Negras (RJ). Porém, o presidente não deixou.

Comandando as tropas do exército na greve dos PMs na Bahia, o general Gonçalves Dias recebeu um bolo e saudações dos manifestantes que estavam do lado de fora da Assembleia Legislativa em comemoração ao seu aniversário. Por volta das 12h30, o general Gonçalves Dias saiu da área isolada pelo Exército e foi ao encontro dos manifestantes, policiais militares e familiares de PMs, que estavam na área externa.

Acompanhando de uma patrulha, conversou rapidamente com os integrantes do movimento e emocionado com saudações partidas deles, afirmou naquela ocasião: "Não vamos entrar em confronto, por favor, no meu aniversário não... Vocês sabem que até agora nós trabalhamos muito bem. Vocês foram atendidos, pelo que eu sei, em bastantes reivindicações. Porra, é meu aniversário cara!", brincou o general ao abraçar um dos manifestantes.

Quatorze anos depois, Gonçalves Dias está de volta para proteger o presidente eleito Lula. Deverá ser agora o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, conhecido pela sigla GSI.

Na quinta-feira, 29 de dezembro, o General Marcos Edson Gonçalves Dias, esse é seu nome completo, foi anunciado como chefe do Gabinete de Se gurança Institucional (GSI) no governo Lula, cargo atualmente ocupado pelo general Augusto Heleno, antidemocrata e neofascista, que prestou um desserviço à pátria, à democracia e ao povo brasileiro.

Após as duas primeiras gestões de Lula, GDias foi chefe da Coordenadoria de Segurança Institucional da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Neste período foi promovido ao posto de general. Na campanha, GDias voltou a dar apoio a equipe de segurança do petista. A empresa de segurança do militar foi contratada para auxiliar na montagem dos eventos que Lula participou pelo país.

Durante a transição, GDias foi indicado para integrar a equipe do grupo temático na área de inteligência estratégica. Por ser militar, GDias é também um dos conselheiros e interlocutores de Lula junto as Forças Armadas.

A partir de 1º de janeiro, será o general Gonçalves Dias que comandará um ministério importantíssimo cujo órgão subordinado na hierarquia será a Agência Brasileira de Inteligência.

Esse é o tipo de militar que honra as Forças Armadas de nosso país. Que seu exemplo sirva de lição para todos os membros dessa corporação e que só no Estado Democrático de Direito isso é possível acontecer.

Parabéns general Gonçalves Dias. Nunca esquecerei seu gesto e sua conduta. Que bom que está de volta!


terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Artigo - Os 37 ministérios do Governo Lula. Finalmente Simone Tebet e Marina Silva são escolhidas respectivamente para comandar os ministérios do Planejamento e Meio Ambiente. Roberto Ramalho é advogado e jornalista. www.ditoconceito.blogspot.com.br


                                  Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

Lula precisou refletir para distribuir as pastas mais relevantes a fim de acomodar partidos que o apoiaram na campanha eleitoral, sobretudo, os 14 Partidos Políticos que o apoiaram no 1º turno. O MDB do senador Renan Calheiros por exemplo, briga pelo comando de três ministérios, sendo um de Tebet, outro para seu filho, Renan Filho, Porém, Lula está inclinado a ceder somente dois.

PSB também quer Ministérios, assim como o PSD e os partidos aliados que o apoiaram no 1º turno.

Em Alagoas, Renan Filho, com sua grande influência com a bancada do MDB de Alagoas e a sua amizade com o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor, ‘homem forte da casa Tavares Bastos’ emplacou o nome de sua esposa Renata Calheiros para a vaga de Conselheira do Tribunal de Contas de Alagoas e ela já foi empossada na sexta-feira, dia16 do corrente mês e ano. Nada pessoal. Sequer a conheço. Capacidade de atuação só depende dela de do 'órgão fiscalizador".

Como se sabe, o TCAL é um órgão inoperante e só serve para cabide de emprego para políticos – ex-deputados e deputadas estaduais - e apadrinhados. Brevemente publicarei artigo defendendo a extinção dos Tribunais de Contas estaduais e municipais. Somente o Tribunal de Contas da União funciona plenamente em suas prerrogativas.

De acordo com auxiliares petistas, o presidente eleito aguarda as articulações políticas para avançar com a proposta na Casa e os novos anúncios dependem de que não haja nenhum curto-circuito nas negociações feitas no Senado e na Câmara dos Deputados. No cálculo do PT, o PSD poderia ocupar, no mínimo, dois ministérios na Esplanada. Provavelmente, deputado Pedro Paulo no Turismo e Alexandre Silveira na Infraestrutura.

Lula havia afirmado em uma de suas entrevistas a imprensa que a base de Ministérios iria seguir o formato do seu último mandato, quando foram nomeados 37 ministros.

Desta vez, criou o Ministério dos Povos Originários e não uma secretaria como estava decidido anteriormente.

No Planalto, voltou com a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação com o Congresso Nacional.

Hoje, dia 27 de dezembro do corrente ano, finalmente Lula ‘bateu o martelo’ e após reunião com Lula e Haddad, finalmente Simone Tebet aceitou o convite para assumir o Ministério do Planejamento.

A ainda senadora Tebet aceitou o organograma da pasta após mais de uma hora de reunião. Na reunião ficou acertado que ela não vai comandar o programa de investimento (PPI), que vai ficar com a Casa Civil, mas deve ser ouvida sobre a condução dos projetos. Ministério do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, já está confirmado e deverá ser comandado por Marina Silva como ministra.

Presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva, ainda tenta resolver imbróglio para acomodar aliados e precisa confirmar os demais ministérios antes de tomar posse no dia 1º de janeiro de 2023.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Chuva persistente em estados da Região Sul e Sudeste e Sul da Bahia deixam milhares de desabrigados e vias interditadas. Roberto Cavalcanti é jornalista. www.ditoconceito.blogspot.com.br

TRAGÉDIA EM PETRÓPOLIS
 

Segundo os meteorologistas estão previstos temporais que causam deslizamentos, alagamentos, que derrubam árvores, postes e interrompem o fornecimento de energia de bairros inteiros. Também haverão tempestades de areia, neve e temperaturas mais frias em décadas.

A previsão do Climatempo para o mês de dezembro é de que sejam registrados temporais intensos nas mesmas regiões onde já choveu acima da média em novembro.

De acordo com meteorologistas do Climatempo, praticamente acontecerá a repetição do que aconteceu no mês passado, como Espírito Santo, norte do Rio de Janeiro e leste de Minas Gerais.

Até a manhã desta sexta-feira (23), a chuva já havia deixado uma criança morta e mais de 1,6 mil pessoas fora de suas residências no Espírito Santo. A informação foi confirmada pela Defesa Civil do estado. Em Ibitirama, um deslizamento de terra derrubou uma casa e soterrou uma família na última quarta-feira (21). A criança de cinco anos morreu.

O estado de Santa Catarina, cujos eleitores elegeram um governador bolsonarista e fascista, vem registrando temporais ininterruptos desde domingo, mas a situação se agravou na madrugada.

Em Balneário Camboriú, um dos locais mais procurados por turistas estrangeiros, sobretudo, argentinos. Duas primas adolescentes morreram. quando a casa onde estavam foi atingida por um deslizamento de terra

Na Grande Florianópolis, há municípios em situação de emergência, com diversas ruas alagadas. A BR-101 está interditada nos dois sentidos e as demais rodovias registram filas quilométricas. Em Nova Benécia, no norte do estado, cidade onde nasceu o jogador Richarlison, foi tomada pelas águas. Segundo o boletim atualizado, já choveu 161 milímetros no município. Na cidade vizinha, São Matheus, houve um deslizamento de terra onde cerca de 50 famílias moravam.

Em Guaratuba, no litoral do Paraná, a BR-376 continua parcialmente interditada onde no local houve deslizamento. O Corpo de Bombeiros continua atuando no local na busca por desaparecidos.

No estado do Rio de Janeiro, a previsão é de chuva moderada a forte durante todo final de semana, principalmente nas Zonas Norte e Oeste. As principais ocorrências nesse momento são de bolsões d'água e quedas de árvores. Em Macaé,-RJ, diversas ruas foram alagadas e algumas totalmente destruídas.

Enquanto isso governadores e prefeitos das Regiões Sul e Sudeste nada fazem para acabar ou amenizar os graves problemas. Todo ano é a mesma coisa. Embora chova nessa época, políticos que são eleitos para cuidar do povo não se esforçam para fazer obras de contenção em encostas e construir novas vias de escoamento e outras obras necessárias para resolver o problema.

O que falta é boa vontade política. Dinheiro existe e nada fazem antecipadamente para evitar esses desastres e inundações.