Artigo - Dia do Médico.
Roberto Ramalho é jornalista e servidor da
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas.
www.ditoconceito.blogspot.com.br
A
medicina jamais teve a capacidade de fazer tanto pelo homem como
hoje. No entanto, as pessoas nunca estiveram tão desencantadas com
seus médicos. A questão é que a maioria dos médicos perdeu a arte
de curar, que vai além da capacidade do diagnóstico e da
mobilização dos recursos tecnológicos. A chave dessa arte perdida
está na relação médico-paciente.
Este
artigo procura mostrar a face humana da medicina, em que a arte de
curar é tão importante quanto as mais avançadas tecnologias
médicas. A etiologia engloba causas de sintomas e achados sugestivos
para cada um deles. A avaliação médica também oferece diretrizes
para a história do paciente, exame físico, interpretação de
achados e exames.
Atualmente
as denominadas alas vermelhas, sobretudo, a existente no Hospital
Geral do Estado, chamam a atenção para sinais que indicam problemas
graves. O tratamento abrange todo tipo de procedimento necessário,
envolvendo a aplicação de cirurgia, drogas e medicamentos, entre
outros. Os pontos-chave resumem informações sobre avaliação e
tratamento para cada sintoma do paciente.
Entretanto,
O grande problema do HGE são as superlotações. São
centenas de pessoas que procuram a instituição médica para que os
profissionais que ali atendem façam procedimentos que as Unidades
de Pronto Atendimento (UPAS) fazem.
Além
disso durante o governo de Renan Filho diversos hospitais foram
construídos, sobretudo em Arapiraca e outras Regiões bastante
importantes. Municípios como Santana de Ipanema, Arapiraca, Delmiro
Gouveis e a capital do estado, Maceió, foram contemplados com a
construção e reformas de hospitais que já existiam.
Num
filme cuja produção deu-se em 1935, com o título "A História
de Louis Pasteur", com direção de William Dieterle, e no
elenco: Anita Louise, Josephine Hutchinson, Paul Muni, do Estúdio
Classicline, País de produção, EUA, duração de 87 minutos, Preto
e Branco/Colorido: Preto e branco, com Classificação indicativa de
12 anos, idioma em Inglês e Legendas em Português, é contada a
história da sua vida.
Em 1860, o cientista e
químico Louis Pasteur, interpretado por Paul Muni, voltou-se
para um grave problema que alarmava a França: mais de 20.000
mulheres estavam morrendo anualmente durante o parto, e muitas das
crianças morriam por infecção. Estudando e desenvolvendo a sua
Teoria dos Germes (bactérias, vírus e fungos) ele recomendava a
esterilização dos materiais médicos e o máximo de higiene por
parte dos doutores, o que evitaria as infecções.
Contudo,
a Academia não lhe dava ouvidos, e até mesmo o imperador ordenou o
seu silêncio. Dez anos depois, precisando de dinheiro para pagar as
dívidas da guerra, o governo francês descobre que os rebanhos estão
morrendo pelo ataque do vírus Anthrax em quase todas as localidades
do país, menos na pequena cidade de Arbois. Quem está por lá
fazendo seu papel: Louis Pasteur. Ele estava vacinando as ovelhas.
Novamente, seu trabalho é desmoralizado, sobretudo, por aqueles que
deveriam lhe dar atenção: a comunidade médica e científica.
Quando
Pasteur é absolvido de suas acusações, seus trabalhos se voltam
para a hidrofobia. Finalmente os russos percebem a genialidade do
cientista e as conquistas médicas atingidas por Pasteur, e somente
então a França reconhece e honra seus trabalhos.
É
o que está acontecendo atualmente com a pesquisa de dezenas de
drogas para diversas doenças realizadas por cientistas do mundo
inteiro e muitos governos não ajudam ou simplesmente sabotam por
representar a melhoria ou cura, sobretudo, aquelas que envolvem o
combate sistemático ao câncer e a comunidade médica-científica
precisa de recursos financeiros e apoios governamentais.
Durante
a Pandemia de Covid-19, infelizmente centenas de médicos em todo o
Brasil, inclusive alguns parentes por parte de mãe assinaram um
documento defendendo o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes
e defendendo a tese de imunidade de rebanho sem a necessidade de
compra de vacinas.
A
CPI da Covid-19 realizada em 2021 pelo Senado da República
demonstrou a falta de “humanidade” por parte de médicos que
ocupavam Cargos em Comissão para divulgarem fake-news e impedir que
o povo usasse máscara para se proteger do coronavírus, até então
a única barreira eficiente contra o Sars-Cov-2 e evitar sua
transmissão e infecção entre a população.
Dentro
do Ministério da Saúde, cujo ministro da Saúde era Pazuello,
general da ativa do Exército brasileiro que depois iria para a
reserva e acabou sendo eleito o candidato mais votado do estado do
Rio de Janeiro pelo Partido Liberal do presidente Bolsonaro - haviam
diversos profissonais – médicos, biológos, enfermeiros etc -
apoiando a divulgação e distribuição de medicamentos para a
população brasileira como Cloroquína, Vitamina C, Vitamina D,
antiinflamatórios sem eficácia comprovada, entre outros.
Quando
a vacina foi liberada pela Anvisa, coube ao governo de São Paulo
adquirir a vacina Coronavac que depois seriam produzida em larga
escala pelo Instituto Butantã. Da mesma forma a Fiocruz, após teste
em massa da população, comprovou a eficácia e a eficiência da
vacina Astrazênica largamente fabricada no Reino Unido e a Pfizer,
fabricada nos EUA.
Ainda
assim, em face da demora na vacinação 700 mil pessoas morreram da
doença e milhões foram infectados e hoje uma quantidade
significativa ficaram com sequelas permanentes.
Muitos ainda morrem e
milhões sequer tomaram a vacina. Somente no estado do Rio de Janeiro
há dois milhões de pessoas que não se vacinaram e, caso haja uma
nova cepa que se espalhe, pode acontecer daqui pra frente uma nova
Pandemia – o vírus vem continuamente se mutando – acontecendo um
cenário catastrófico para a humanidade.
E
ainda têm o víris da gripe aviária, o H7N9 descoberto na China em
2013 e que vem sendo monitorada pela Comunidade médica mundial,
sobretudo pela Organização Mundial da Saúde e toos os grandes
centros de tratamento e laboratórios.
São
ao todo 53 especialidades médicas, uma profissão e atividade muito
abrangente. Feliz Dia do Médico, com ressalvas e desconfiança.