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Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

sexta-feira, 13 de junho de 2014


Artigo: A guerra civil no Iraque e a ameaça dos insurgentes sunitas ao país

Roberto Ramalho é jornalista, blogueiro e pesquisador

O que está acontecendo atualmente no Iraque já era previsível, sobretudo pelas potências ocidentais.

O surpreendente avanço do EIIL, tomando cidades importantes do Iraque, sem nenhuma resistência por parte da forças iraquianas, que busca construir um Estado islâmico baseado em princípios medievais sunitas na Síria e no Iraque, é a maior e a mais grande ameaça ao Iraque desde que as tropas dos EUA deixaram o país em 2011.

Estima-se que meio milhão de pessoas deixou suas casas com medo de que os militantes tomassem as principais cidades do vale do Tigre ao norte de Bagdá.

Também, forças de segurança da região autônoma curda, no norte do país, fortemente armados, conhecidos como peshmerga, tomaram as bases em Kirkuk abandonadas pelo Exército, segundo um porta-voz.

Toda Kirkuk caiu nas mãos dos peshmergas, disse o porta-voz peshmerga Jabbar Yawar. “Não há remanescentes do Exército iraquiano em Kirkuk agora”, afirmou.

Há tempos os curdos sonhavam em tomar Kirkuk e suas amplas reservas de petróleo e agora conseguiram.

A população curda considera a cidade, próxima de sua região autônoma, como sua capital histórica, e unidades peshmerga já estavam presentes, segundo observadores e especialistas internacionais em um inquietante equilíbrio de forças com o governo.

Desde o início da semana, combatentes do EILL, que não reconhecem as fronteiras modernas da região, tomaram o controle das importantíssimas cidades de Mosul e Tikrit, cidade natal do ex-ditador Saddam Hussein, e também outras cidades ao norte de Bagdá.

Recentemente, os islamitas sunitas do Estado Islâmico do Iraque e Levante (ISIS, na sigla em inglês) ocuparam Saadiya e Jalawla na província de Diyala.

Simplesmente, sem tomar nenhuma reação, as forças de segurança do governo abandonaram suas bases na região.

O ISIS já havia ocupado anteriormente as cidades de Mosul e Tikrit. Analistas internacionais temem que os insurgentes islamitas sunitas estejam se deslocando rumo ao sul, em direção a Bagdá – o que de fato já está acontecendo - e outras áreas controladas pela maioria xiita, que os militantes sunitas enxergam como 'infieis'.

Segundo o editor da BBC para Oriente Médio, Jeremy Bowen, o avanço dos insurgentes sunitas no Iraque pode ter grande impacto, com potencial de redesenhar as fronteiras na região.

De acordo com Jeremy Bowen os grupos podem almejar a criação de um emirado islamita na região, unindo partes do Iraque e da Síria que estão sob seu comando.

Tudo leva a crer que a ascensão do ISIS poderá provocar um conflito tanto com o governo xiita do premiê iraquiano, Nouri Maliki, quanto com o Irã, país também governado por uma maioria xiita.

O governo dos Estados Unidos disse estar considerando 'todas as opções' contra os insurgentes sunitas - sem descartar a possibilidade de envio de tropas ao Iraque.

Até o Irã, ofereceu ajuda aos EUA, segundo uma fonte daquele país que não quis se identificar.

E é isso que vai terminar acontecendo: finalmente EUA e Irã estarão juntos para salvar o Iraque e o Oriente Médio das ameaças dos insurgentes sunitas e do ISIS.

quarta-feira, 11 de junho de 2014



Região Sul do Brasil teria cerca de 100 mil simpatizantes e ativistas do neonazismo

Jornalista Roberto Ramalho com R7 e Agência Brasil

Somados os Estados do Rio Grande do Sul e Paraná, a região Sul soma hoje cerca de 100 mil pessoas que apoiam as idéias neonazistas. 

Os números estão em um estudo realizado pela antropóloga e pesquisadora Adriana Dias, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) em 2013. 

Com um impressionante número de 45 mil pessoas, Santa Catarina é o Estado brasileiro com a maior concentração de simpatizantes do nazismo, o que deixa bastante contentes os nazistas ainda vivos.

Um monitoramento da internet realizado pela pesquisadora, que estuda o assunto há mais de dez anos, revelou o número de internautas que baixam um volume expressivo de arquivos de sites nazistas. 

Segundo a pesquisadora, aqueles que fizeram mais de 100 downloads e não são pesquisadores são considerados simpatizantes.

De acordo com Adriana Dias, os grupos neonazistas eram predominantes no Sul do País, mas nos últimos anos têm crescido em São Paulo (29 mil), no Distrito Federal (8.000 internautas), e em Minas Gerais (6.000 simpatizantes).
O número de denúncias de neonazismo expõe uma realidade alarmante no Brasil. 

Em oito anos, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, por meio da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, recebeu e processou 228.962 relatos anônimos a respeito de 21.921 sites sobre o tema, com imagens, textos, vídeos, músicas e outros materiais de apologia. 

As páginas são escritas em sete idiomas — inclusive o português — e foram encontradas em 32 países.

Considerado um crime, o neonazismo é caracterizado pela publicação de símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda da suástica (também conhecida como cruz gamada) para divulgar ou incentivar a ideologia do nazismo.

Para denunciar esse tipo de conteúdo, o internauta deve acessar o formulário de denúncia apresentado na Safernet e colar o endereço do link suspeito. O registro é anônimo.

A quantidade de sites em todo o mundo destinados a esse conteúdo cresce expressivamente, na marca de 170%: se em 2002 havia 7.600 endereços, em 2009 o número saltou para 20.502.

O mesmo fenômeno de expansão foi observado nas 250 redes sociais que a antropóloga analisou, já que 91% delas possuem comunidades neonazistas, antissemitas e negacionistas. 

A pesquisa mostrou também que o número de blogs sobre o assunto cresceu mais de 550%.

A prática neonazista

Além das informações disponíveis e de apologia ao crime, o neonazismo também se manifestou na prática em cidades como Botucatu e Belo Horizonte, por exemplo. Em outubro de 2013 foram encontradas pichações com símbolos nazistas, como a suástica, e ofensas contra homossexuais em pelo menos 12 locais de Botucatu, a 238 km de São Paulo.

Em Belo Horizonte, um jovem de 25 anos, supostamente participante de organizações neonazistas, foi acusado de agredir um catador de materiais recicláveis com uma corrente na Savassi, região centro-sul da capital mineira e fazer apologia ao nazismo. Ele postou a foto da agressão no Facebook.

De acordo com a antropóloga Adriana Dias, não há uma única maneira de entrar no movimento neonazista, mas é comum a história do jovem que, em busca de uma causa, acaba sendo recebido pelo grupo, que o convence de que o negro ou o judeu tomaram o espaço no mercado de trabalho ou na universidade.

Breve história do Nazismo

O Partido Nacional-Socialista teve milhões de filiados na Alemanha nazista e seu líder, Adolf Hitler, levou seu país a uma guerra que custou cerca de 60 milhões de mortos entre 1939 a 1945.

Tudo começou quando em 1931, a crise levou à quebra dos bancos e, em 1932, a situação se agravou ainda mais.

Os desempregados somavam 5,6 milhões e o marechal Hindenburg foi reeleito presidente, com Hitler em segundo lugar.

Em meio aos tumultos, o chanceler Heinrich Brüning, de centro – era Social-Democrata, foi demitido e substituído por Franz von Papen. 

O novo governo revogou medidas antes adotadas para conter as formações paramilitares dos nacional-socialistas (nazistas), e Hitler, em troca, passou a tolerá-lo. 

Contudo, em janeiro de 1933, após a demissão de Von Papen, Hindenburg chamou Hitler para constituir o novo governo.

O Partido Nacional-Socialista chega finalmente ao poder quando Adolf Hitler torna-se Chanceler do país.

O início e o final da história todos já sabem.

sexta-feira, 6 de junho de 2014



Conselho federal da OAB lança campanha por "eleições limpas" na internet

Jornalista Roberto Ramalho com Agência Brasil 

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deverá sugerir a criação de varas específicas do Poder Judiciário para atender a denúncias de calúnia, injúria e difamação na internet. 

A preocupação é que o Poder Judiciário não dê conta da demanda durante as campanhas eleitorais, que começam no dia 6 de julho.

"Nas varas comuns do Judiciário, não só por falta de estrutura, mas por falta de expertise, de conhecimento mesmo do tema, [acredito que] dificilmente o judiciário dê conta", afirmou o presidente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho.

A OAB lançou no último dia 3, o Compromisso do Brasil por Eleições Limpas na Internet, com o objetivo de conscientizar a população para promoção de eleições limpas na web. 

A intenção da entidade representativa dos advogados é evitar mentiras que podem denegrir a imagem dos candidatos e desqualificar o debate. 

Assim disse o presidente do Conselho Federal da OAB, Vinícius Coêlho: "Pode vir a ser uma proposta dessa campanha sugerir ao poder judiciário através do CNJ [Conselho Nacional de Justiça] a criação de varas ou grupos específicos para proteger o debate de alto nível na internet".

De acordo com a OAB federal, a demanda judicial deve aumentar com as novas regras do Marco Civil da Internet. 

A partir de agora redes sociais como o Facebook ou o Twitter precisarão de ordem judicial específica para remover conteúdos. 

Presente ao lançamento da campanha, o diretor de Relações Institucionais do Facebook, Bruno Magrani de Souza, disse que a empresa está preparada para atender à Justiça.

Disse ele na oportunidade: "O Facebook não remove nenhum conteúdo da plataforma por natureza ou viés político", explicou. E foi mais além: "Não faremos esse tipo de análise. O Poder Judiciário vai avaliar o que deve continuar ou não", disse ele. 

Segundo ainda o diretor de Relações Institucionais do Facebook, Bruno Magrani de Souza, denunciar o conteúdo na ferramenta oferecida pelo próprio Facebook também não adiantará. Os conteúdos só são removidos quando vão contra as normas de uso da rede social, após análise de equipe especializada.

A OAB vai avaliar com o Facebook, o Twiiter e Google formas de atuar na rede. É possível que a entidade intervenha em casos específicos. Além disso, vai atuar junto aos partidos. "O objetivo é que possamos discutir ideias, propostas para o país, evitando que o debate político seja reduzido a ofensas pessoais", afirmou o presidente da OAB, Vinícius Coêlho.

quarta-feira, 4 de junho de 2014



Forças Armadas atuarão com cerca de 60 mil militares na segurança durante a Copa do Mundo


Jornalista Roberto Ramalho
 
As Forças Armadas do Brasil vão atuar com cerca de 60 mil militares durante a Copa do Mundo.
O emprego das tropas será em eixos exclusivos de defesa, como o controle aeroespacial e do espaço aéreo, marítimo e fluvial, segurança de estruturas estratégicas, defesa cibernética, contraterrorismo e defesa química, biológica, radiológica e nuclear. 

Do total, 21 mil militares vão compor a força de contingência, preparada para agir em caso de eventualidade. 

A declaração foi feita pelo ministro da Defesa, Celso Amorim. O ministro explicou que deste total, serão 35 mil homens do Exército, 13 mil da Marinha e 11 mil restantes da Aeronáutica. 

De aeronaves serão usadas: 10 caças F-5, 24 Super Tucano (A 29), 3 aviões radares (E-99), 47 helicópteros e 29 aeronaves de apoio. 

Os veículos navais serão 4 fragatas, uma corveta, 21 navios-patrulha, um navio de desembarque e 183 lanchas.

E tem muito mais que eles não divulgaram e nem divulgarão.

Pra frente Brasil!