Artigo: A Floresta Amazônica pede socorro!
Roberto Ramalho é advogado, jornalista, blogueiro, escritor, articulista e pesquisador
A Amazônia Legal com suas condições de vida e de trabalho nas cidades
onde vive a maioria da população, com pobreza e exclusão social, é
bastante preocupante.
No meio rural, destacam-se problemas das populações que vivem nas
fronteiras de ocupação e convivem com o kit ilegalidade, composto de
desmatamento, suborno, corrupção, trabalho escravo, grilagem, sonegação e
produção com impacto ambiental, praticado por aventureiros e
empresários socialmente irresponsáveis.
Em editorial intitulado "Perdendo terreno na Amazônia", o tradicional jornal americano "The New York Times"
alerta para o desmatamento da Amazônia a partir de dados obtidos por um
sistema global de mapeamento florestal desenvolvido por cientistas da
Universidade de Maryland, do Google e do governo dos Estados Unidos.
Segundo denuncia o "The New York Times" um sistema
global de mapeamento florestal desenvolvido por cientistas da
Universidade de Maryland, do Google e do governo dos Estados Unidos hoje
é capaz de identificar exatamente onde e com que rapidez ocorre
desmatamento em todo o mundo. Os resultados são alarmantes. O mundo está
perdendo o equivalente a 50 campos de futebol de florestas a cada
minuto. No Brasil, que abriga 60% da floresta amazônica e é um
componente importantíssimo do sistema climático mundial, o índice de
desmatamento subiu 28% em 2012-2013. Ambientalistas dizem que uma
mudança promovida em 2012 nos regulamentos brasileiros que regem a
conservação florestal é parcialmente responsável por isso.
De acordo com o editorial do jornal americano, a
soja não é a única causa do desmatamento no Brasil, mas é um fator
importante. O Brasil é hoje o segundo maior produtor mundial de soja,
atrás apenas dos Estados Unidos. A soja tem sido uma dádiva para a
economia brasileira, e a demanda global é crescente. Sob pressão intensa
de interesses agrícolas, em julho de 2012 a Câmara dos Deputados
brasileira aprovou uma legislação que revogou muitas dos elementos do
Código Florestal de 1965, reduziu a quantidade de áreas de reserva na
Amazônia e anistiou violadores passados dos regulamentos.
Segundo o editorial do "The New York Times", para
crédito dela, a presidente Dilma Rousseff frustrou algumas das medidas
mais prejudiciais contidas na nova legislação, mas o índice de
desmatamento subiu, mesmo assim. A moratória da soja foi prorrogada até o
final de 2014, momento no qual o Brasil pretende já contar com novos
mecanismos para fiscalizar o cultivo de soja em áreas desmatadas. Esses
mecanismos precisam ser respaldados por implementação digna de crédito. E
os países desenvolvidos precisam fazer mais para ajudar o Brasil, a
Indonésia e outras nações cujas florestas estão em risco a proteger um
recurso natural cuja preservação interessa a todos.
E esse tipo de kit da ilegalidade, notadamente em relação ao desmatamento da floresta amazônica interessa aos EUA, ao Reino Unido e a Israel.
Esses países estão de olho em nosso território e poderão invadir nosso
país sob o pretexto de que irá proteger a nossa floresta, o que não é
verdade. Os militares da mais alta patente das nossas Forças Armadas já
sabem disso.
Todos esses países estão de olho no maior patrimônio do Brasil e da
humanidade. O perigo não é somente a pretensão de a velha esquerda
querer implantar um regime comunista no Brasil.
O mais preocupante ainda é que nossa Amazônia Legal está sendo
destruída. Daí as consequências como as enchentes em Roraima e a seca em
São Paulo, afetando o abastecimento de água potável à população do
maior estado do país em população e em desenvolvimento.
Vive-se uma época de grandes preocupações com a proteção do meio ambiente, é claro.
E fala-se muito do desmatamento da Amazônia, da destruição do Pantanal, do desaparecimento de espécies animais e vegetais.
Porém, também existe, um tipo de ambiente inteiramente criado pelo
ser humano, sobre o qual deveríamos, também, concentrar nossas atenções.
E esses tipos de ambientes são a cidades.
Mas, voltando ao assunto, às questões cruciais para a manutenção da
sustentabilidade da região mais rica do país - a Amazônia -, que
contribui enormemente com as suas riquezas naturais na balança comercial
brasileira, na manutenção da alimentação do povo brasileiro, pouco
mudou a realidade da população que lá vive, e por onde passa o destino
do Brasil.
Passando pela exploração dos minérios por aquela que é ainda
considerada uma das maiores companhias de mineração do mundo, a Vale, à
construção polêmica das hidrelétricas - como Belo Monte -, e pelos
problemas provocados por Carajás, sobretudo, com o desmatamento da
floresta e os dilemas sociais, muitas interrogações pairam em torno dos
projetos que se estabelecem na região, revelando inúmeros aspectos
distantes do conhecimento, e que esse artigo quer fazer ressoar o alerta
mais importante quando se fala da Amazônia: salvá-la enquanto ainda há
tempo.