Delegado da Polícia
Federal morre de forma estranha após perseguição a um caminhoneiro
que transportava madeira ilegal. Roberto Ramalho é advogado e
jornalista. www.ditoconceito.blogspot.com.br
O delegado Roberto Moreira de Oliveira Filho morreu na madrugada de sábado com um tiro na cabeça, durante uma operação contra a extração ilegal de madeira na Terra Indígena Aripuanã, a qual ele coordenava, a cerca de 920 quilometros da capital Mato Grosso.
Ele teria morrido após um disparo de arma de fogo feito por um policial federal que desviou no caminhão e o atingiu. A circunstância do fato precisa ser bastante investigado. Durante a operação o motorista de um caminhão jogou o veículo em cima dos agentes para não parar. Os policiais atiraram contra o caminhão e uma bala ricocheteou e atingiu o delegado, que morreu no local.
Segundo a PF, ele usava todos os equipamentos de segurança necessários para esse tipo de ação, incluindo o colete à prova de balas, mas que morreu ao ser baleado na cabeça.
Ele será velado em Brasília e depois será enterrado. O agente federal era solteiro e não tinha filhos. Ele só tina 35 anos.
Ele estava à frente da Operação Onipresente, que combate crimes ambientais em Mato Grosso, principalmente extração ilegal de madeira e de ouro em áreas indígenas. Essa operação prendeu, em março deste ano, um servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) acusado de repassar informações aos garimpeiros para que escapassem da polícia, e um cacique acusado de envolvimento no esquema e de receber propina para permitir a exploração da terra, tanto para a atividade garimpeira quanto madeireira.
No mês passado, no mesmo local, um madeireiro também tentou atropelar uma equipe da PF nessa mesma operação. O homem foi preso.
Roberto chefiava a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (DELEMAPH-MT).
Ele era natural de Brasília e havia se mudado para Mato Grosso em dezembro de 2020 por causa do trabalho.
Pelas redes sociais, o ministro da “Justiça e Segurança Pública”, que também é delegado da Polícia Federal licenciado, Anderson Torres lamentou o ocorrido e afirmou que recebeu a notícia com "imenso pesar". Lamentar é pouco, Senhor ministro da “Justiça e Segurança Pública”.
Houve e está havendo uma grande 'comoção' entre os membros da Corporação.
E aí, Bolsonaro, vai continuar defendendo essa corja de maus madeireiros, grileiros e garimpeiros? Heim, presidente genocida?
Cadê o Exército, comandante Marco Antônio Freire Gomes? A Região Amazônica está sendo saqueada por criminosos como grileiros invadindo terras indígenas; garimpeiros contaminando lagos e rios; madeireiros destruindo a selva e traficantes de drogas e de outras mercadorias tomando conta da localidade.
Onde está a mão amiga? Omissa no combate ao crime e aos criminosos?