Artigo - O pedido de exoneração
de Teich e o governo da morte de Bolsonaro. Roberto Ramalho é jornalista,
Colunista do Portal RP-Bahia e advogado.
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Nelson Teich deixa Brasília dizendo que não aceitou
manchar a biografia por causa da cloroquina. Enquanto o Brasil amarga cerca de 15 mil mortos em razão da
pandemia do coronavírus, o país vai para o terceiro Ministro da Saúde. É
mais uma troca de comando e de equipes, de maneira de se relacionar com o SUS,
sobretudo com Estados e municípios.
Os médicos Luiz Henrique
Mandetta e Nelson Teich não saíram por incompetência. Por sinal, Teich nem
teve tempo suficiente de mostrar serviço, ficando menos de um mês no cargo.
Ambos saíram porque não
disseram o que o presidente queria ouvir. Bolsonaro não quer um especialista em
gestão ou um médico no comando da pasta, ele quer um fantoche. Ele quer cadáveres
para poder contar assim como fizeram os Nazistas durante o Regime totalitário
instaurado pelo ditador Adolf Hitler e seus fanáticos seguidores.
Durante esse Regime
Totalitário, no qual Hitler criou condições para que houvesse a 2ª Guerra
Mundial, até sua derrota em maio de 1945 - um total de 60 ou 70 milhões de
vidas foram perdidas - coincidência ou não, estamos em 2020, justamente no mês
em que o governo alemão de extrema-direita acabou.
Durante seu Regime Hitler
assassinou 6 (seis) milhões de judeus e causou a morte direta ou indireta de
mais de 60 (sessenta) milhões de seres humanos durante a guerra contra Nações
européias, principalmente Reino Unido, França e União Soviética, país que teve
o maior número de mortos: 3º milhões, sendo 25 milhões de russos e os demais ucranianos,
georgianos, e outras etnias e Estados Unidos, que só entraram na disputa porque
foram atacados pelo Japão um aliado da Alemanha e da Itália que formavam o eixo.
Antes
de deixar Brasília, em entrevista coletiva no ministério da Saúde, Teich foi
franco e afirmou: "A vida é feita de
escolhas, e hoje eu escolhi sair". O ex-ministro da Saúde Nelson Teich
pediu demissão nesta sexta-feira (15), pouco menos de um mês depois de
assumir. Em um rápido pronunciamento,
ele afirmou que deixou um plano pronto sobre o aumento no número de testes para
coronavírus, mas, não deu detalhou os motivos pelos quais deixou o cargo.
Um dos líderes do Centrão, o
deputado Paulo Pereira da Silva (SP) criticou, em nota, nesta sexta-feira, os
"impulsos" do presidente Jair Bolsonaro na condução da crise do novo
coronavírus, que levaram ao pedido de demissão do ministro da Saúde, Nelson
Teich.
Representantes do grupo afirmam, nos
bastidores, que será difícil apoiar Bolsonaro em meio à queda de popularidade.
No entanto em outra frente, partidos como o PL também intensificaram as
negociações para ocupar pastas no Ministério da Saúde.
"Saiu quem não tinha entrado. Nesta
sexta, o ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração do cargo, mas, não
sei se alguém percebeu, já não fazia diferença", disse Paulinho da Força,
como é conhecido o deputado, que preside o Solidariedade. Após afirmar que
Teich era constantemente desautorizado por Bolsonaro, Paulinho criticou
fortemente o chefe do Executivo, dizendo: "Duvido que alguém consiga fazer
o presidente aprender com a ciência e perceber que reduzir o isolamento social
é colocar mais brasileiros na fila de espera por uma vaga na UTI. O Brasil
precisa de liderança, mas vai ser difícil encontrar um ministro que seja capaz
de lidar, ao mesmo tempo, com a crise sanitária e com os impulsos de Jair
Bolsonaro."
A avaliação é compartilhada por outros
partidos que integram o Centrão. Afirmou o deputado Marcelo Ramos (PL-AM):
"Diante das imposições do presidente, só topará ser ministro da Saúde quem
não tiver compromisso com a ciência e nem com a medicina”.
Uma hora depois da demissão de Teich, a empresa AP Exata
captou que a rejeição a Bolsonaro nas redes sociais chegou a 65% - um aumento
de 11 pontos em relação ao período anterior a esse cenário. O presidente vem perdendo apoio nas mídias
digitais desde o início do ano, mas enfrentou os piores momentos recentemente,
com as saídas de Sérgio Moro, ex-titular da Justiça, e de Luiz Henrique
Mandetta, que comandava o Ministério da Saúde antes de Teich.
Porém as maiores críticas vieram
dos governadores, entre eles João Dória do PSDB e Wilson
Witzel do PSC, ex-aliados de Bolsonaro.
O
governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez um longo discurso atacando o
presidente em sua entrevista no Palácio dos Bandeirantes e disse que ele coloca
o país em um "caldeirão interminável de intriga" em meio ao combate à
pandemia do novo coronavírus. "Presidente pensa que governar o Brasil é
administrar sua família. Não é, é ter sensibilidade para governar para todos. O
que o elegeram e os que não. O que o elegeram e os que não. Retaliar os
governadores é um gesto deplorável. Espero que o presidente cumpra a sua
promessa de menos Brasília e mais Brasil e cumpra a promessa de respeitar o
pacto federativo. Presidente, lembre que até o momento14 mil brasileiros
perderam suas vidas. Não estamos numa brincadeira, num campeonato de jet ski,
de tiro ao alvo,não estamos fazendo churrasco no jardim Palácio da Alvorada.
Estamos enfrentando uma grave crise de saúde".
Por
sua vez assim declarou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) nas
redes sociais: “A interferência do presidente atrapalha o combate à pandemia. Minha
solidariedade, ministro Teich. Presidente Bolsonaro, ninguém vai conseguir
fazer um trabalho sério com sua interferência nos ministérios e na Polícia
Federal. É por isso que governadores e prefeitos precisam conduzir a crise da
pandemia e não o senhor, presidente".
Até
mesmo João Amoedo do partido Novo (Direita) afirmou que Bolsonaro demonstra,
uma vez mais, seu despreparo para o cargo que ocupa. Sua postura autoritária
reflete sua incapacidade de liderar. Temos um presidente que coloca em risco a
saúde de milhões de brasileiros e a economia do País. Até quando?
E
seu partido foi no mesmo sentido: “O
NOVO vê com extrema preocupação a saída de mais um ministro da Saúde
durante a pior pandemia em 100 anos. O momento pede, mais do que nunca,
planejamento, gestão e alinhamento entre todos os órgãos e entes federativos.
Justamente o oposto do que tem sido feito até agora”.
Também
o PSDB criticou a saída do até então
ministro Teich, afirmando: “A saída de Nelson Teich do ministério da Saúde
confirma o que os brasileiros já sabiam. O governo brasileiro não tem planos
factíveis para combater a pandemia que nos ameaça”.
Houve
aqueles que defenderam Bolsonaro e seu “governo”, como o deputado federal Marcos Feliciano, um evangélico não
cristão, e a deputada federal Carla
Zambelli, uma Bolsonarista-Fascista do 1º time do presidente.
O
governo Bolsonaro está muito próximo de implantar um regime totalitário no
Brasil aos moldes do Nazismo.
Se
os verdadeiros democratas não fizerem nada para impedi-lo, viveremos um período
de terror jamais visto.
Fontes: Agências de Notícias e
Sites nacionais, sobretudo UOL, G1, El País e Sputnik;
E o livro escrito por Adolf Hitler na prisão intitulado Mein Kampf (em português: Minha luta) em dois volumes, no qual ele expressou suas ideias antissemitas, autocráticas, totalitárias e desumanas.