Artigo - Renan e a eleição para
o Senado. Roberto Ramalho é advogado, jornalista e Colunista do Portal
RP-Bahia.
De acordo com o Wikipedia, José Renan
Vasconcelos Calheiros é
um político brasileiro,
nascido na cidade de Murici, Alagoas,
em 16 de setembro de 1955. Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB),
é Senador por Alagoas, ex-presidente do Senado Federal e a partir de 29 de
junho de 2017, deixou a liderança do partido na casa.
Cumpre seu terceiro mandato no Senado Federal do Brasil (1995–2003/2003–2011/2011–2019)
como representante de seu estado natal, Alagoas.
Foi Presidente do
Senado Federal do Brasil por três períodos: de 2005 até 2007, quando renunciou
ao cargo, após denúncias de corrupção; de 2013 a 2015 e de 2015 a 2017. No
âmbito político, foi absolvido em 2013, por votação de seus pares no Senado.
Segundo o Colunista do Jornal
‘Folha de São Paulo’, Hélio Gurovitz, Renan é o favorito para vencer a disputa
pela presidência do Senado.
Disse ele: “Por que a resistência a Renan? Porque ele é considerado menos confiável,
menos previsível, menos maleável. A verdade é que, hoje, o Planalto precisa
mais de Renan que Renan do Planalto. Se derrotado, ele se converteria num foco
de oposição, com poder e capacidade de articulação, na Casa em que o governo é
mais frágil”.
Renan Calheiros já foi alvo de
inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) e teve seu nome citado em delações
da Operação Lava Jato. Renan nega ter cometido qualquer irregularidade e, em setembro
do ano passado, foi absolvido pelos ministros da Corte em uma ação na qual era
réu por desvio de dinheiro público.
De
acordo ainda com o colunista da Folha de São Paulo,
“outra dúvida diz respeito à forma de votação. O STF autorizou o
Senado a adotar o voto secreto. Se o método prevalecer, favorecerá Renan,
pois é mais confortável a qualquer senador votar nele em segredo do que ser
exposto à associação com um símbolo da corrupção e da velha política do “toma
lá, dá cá”.
Qualquer
que seja o método, qualquer que seja o resultado, uma coisa é certa: a situação
do Planalto não será confortável no Senado. Se Renan vencer, não poderá, apesar
de tudo o que tem dito, ser considerado um aliado confiável. Se perder, se
tornará um opositor prestes a dar o bote assim que se apresentar a primeira
ocasião. É por isso que, amanhã, todos os olhos estarão voltados para Renan.
Dificilmente Renan Calheiros
perderá essa eleição. E sabem por quê? Os arapongas afirmam que ele tem um
dossiê que poderia explodir ou implodir a ‘República'.
Renan Calheiros está na
política há mais de 40 anos e conhece todos os meandros. Enfrentou a ditadura
militar, esteve junto com Fernando Collor na presidência, tendo sido seu líder
e depois se afastado, participou do governo FHC como ministro da Justiça, entre
1998-1999, e foi três vezes presidente do Senado.
Apoiou, também, os governos
petistas de Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e com discreta
aproximação do governo Temer.
Renan é uma raposa na política
e sabe muito bem quem são os senadores em que ele pode confiar ou não na
eleição desse dia 01.02.2019.
Até mesmo o presidente
Bolsonaro o parabenizou nessa quinta-feira (31.01.2019), já sabendo de sua
vitória.
Só perderá a eleição se houver
uma traição avassaladora. Tem tudo para ganhar novamente. Tudo!