Quem sou eu

Minha foto
Jornalista envolvido e preocupado com questões sociais e políticas que afligem nossa sociedade, além de publicar matérias denunciando pessoas ou entidades que praticam atos contra o interesse público e agindo, sempre, em defesa da sociedade.

sábado, 31 de outubro de 2015

Avião de empresa aérea russa cai no Egito e não há sobreviventes

Roberto Ramalho com Agência de Notícias

Um avião Airbus-A321 de linhas aéreas russas Metrojet/Kogalymavia, que fazia o  voo de Sharm el Sheikh a São Petersburgo, desapareceu dos radares este sábado de manhã (31), 23 minutos após a decolagem.

Autoridades militares e de segurança egípcias e russas disseram que nenhuma das 224 pessoas a bordo do A321 Airbus russo 7K9268 que caiu na Península do Sinai sobreviveu. É o que afirma o site Sputnik News. 

Um representante do governo egípcio, Hussam el-Kawish, disse à Sputnik que o avião russo ficou completamente destruído e que não há sobreviventes. Por enquanto, os corpos de mais de cem pessoas já foram encontrados.

Os corpos e possíveis sobreviventes serão levados de avião para o Cairo, disse um oficial à Reuters. Os destroços foram encontrados perto da cidade de Arish, no Norte da Península do Sinai.                                                                                                                                 
O Ministério das Relações Exteriores turco desmentiu a informação de que o motivo da catástrofe foram problemas técnicos. Testemunhas citadas pelo site de notícias al-Masry al-Youm disseram ter visto o avião incendiado, provavelmente do motor.               

O Presidente russo já enviou um avião de resgate para a Península do Sinai.

Vladimir Putin, que expressou condolências às vítimas da catástrofe aérea, mandou também que o Governo crie de imediato uma comissão estatal, enquanto as autoridades judiciais abram uma investigação para esclarecer as causas do acidente.

Um funcionário egípcio do Ministério da Saúde disse ao jornal Ahram que 15 ambulâncias foram enviadas ao centro de Sinai Al-Hasana City, acrescentando que foi declarado "estado de emergência".

Segundo a embaixada russa no Egito, o voo transportava 212 passageiros e 7 integrantes da tripulação. O avião decolou de Sharm El-Sheikh às 3h31min e desapareceu do radar 23 minutos depois. A maioria dos passageiros são turistas russos, incluindo 17 crianças.

Os destroços foram encontrados perto da cidade de Arish, no Norte da Península do Sinai.

O Ministério das Relações Exteriores turco desmentiu a informação de que o motivo da catástrofe foram problemas técnicos.

Testemunhas citadas pelo site de notícias al-Masry al-Youm disseram ter visto o avião incendiado, provavelmente do motor.

O Ministro do Transporte russo já viajou para o local do acidente.

Não está descartada a hipótese de atentado terrorista.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

PMDB prepara golpe contra Dilma para assumir o poder no Brasil 

Jornalista Roberto Ramalho

Novo documento do partido causou um grande mal-estar com o governo da presidente Dilma.

O PMDB  promete manter um discurso independentemente, embora ainda faça parte do governo.

O documento do PMDB é mais uma tentativa de esvaziamento do congresso do partido, e o grupo, hoje bastante numeroso, tenta se afastar do governo Dilma, deixando claro que irá manter o discurso, independentemente do tamanho do evento, que acontece dia 17 próximo, em Brasília.

Enquanto isso o líder do PT na Câmara diz que documento crítico do PMDB não mostra cisão. Para Sibá Machado, a publicação é prova de um ambiente democrático, com visões políticas diferentes. 

O presidente da Fundação Ulisses Guimarães, Moreira Franco, diz que o PMDB poderá alterar o texto, mas não por imposição do Planalto.

No texto, o PMDB propõe um programa de reformas econômicas que são antagônicas aos projetos do Partido dos Trabalhadores. 

Além disso, culpa a atual gestão pela grave crise econômica e política no país. Entre os trechos que mais irritaram o governo estão os que o PMDB diz que o ‘desajuste fiscal’ chegou a um ponto crítico e que a solução será muito dura para o conjunto da população.

Após oito anos com Lula e agora mais cinco com a presidente Dilma, o PMDB se prepara para dar o golpe final.

Comeu no prato, continua comendo e agora diz que a comida não presta.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Brasil vence Nova Zelândia com gol de pênalti aos 49 minutos do 2° tempo e se classifica para as quartas de final do Mundial Sub-17

Jornalista Roberto Ramalho

O confronto entre Brasil e Nova Zelândia, pelas oitavas de final do Mundial Sub-17, no estádio Sausalito, no Chile, foi relativamente disputado.

Na primeira fase, o Brasil ficou na segunda posição do Grupo B, com seis pontos, um atrás da Coreia do Sul. 

Na campanha na fase de grupos, O Brasil perdeu para os sul-coreanos e venceu Inglaterra e Guiné.

Com a vitória sobre a Nova Zelândia pelo placar mínimo, e nos pênaltis avançou e agora terá pela frente o vencedor de Nigéria ou Austrália, que se enfrentam também nesta quarta-feira no estádio Sausalito.

Se faltou competência para o selecionado brasileiro, sobrou sorte, e muita. O Brasil está classificado para as quartas de final do Mundial Sub-17, que está sendo disputado no Chile. 

Com um gol de pênalti do botafoguense Luis Henrique, no último lance da partida, o time brasileiro fez 1 x 0 na Nova Zelândia, nesta quarta-feira, no estádio Sausalito, em Viña del Mar. 

O rumo da partida, no entanto, poderia ser neozelandês se não fosse a atuação trágica do atleta McGarry. 

O meio-campista desperdiçou uma penalidade no segundo tempo e foi responsável e ajudou na vitória brasileira. 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Bancários da maioria dos Estados do País, entre eles o de Alagoas, encerram greve e retornam ao trabalho nesta terça-feira. Urgente e exclusivo!

Jornalista Roberto Ramalho

Os bancários da maior parte do País, sobretudo o de Alagoas, realizaram na noite desta segunda-feira, 26, assembleias para deliberar a respeito da proposta específica apresentada pela Fenaban e resolveram encerrar a greve iniciada há exatos 21 dias.

Os trabalhadores deliberaram por voltar ao trabalho nesta terça-feira nas bases de Alagoas, Bahia, Paraíba e Piauí, de acordo com informações dos sindicatos ligados a Contraf até as 22h. 

Enquanto isso, os bancários de Pernambuco e Sergipe decidiram rejeitar a proposta e manter a paralisação. Os funcionários do Maranhão e Rio Grande do Norte resolveram que se submetem à decisão da maioria das bases. Os trabalhadores do Ceará já haviam encerrado a greve.

A categoria aceitou a proposta da Fenaban que prevê, entre outros benefícios, reajuste de 10% para salários, PLR e piso, e índice de 14% para vales refeição e alimentação, prevendo ainda anistia entre os dias parados entre 63% e 72%.

Assim se pronunciou o presidente Jairo França: “Não foi fácil arrancar os 10% dos banqueiros. 

Depois de horas e horas de tensas negociações do Comando com a Fenaban, conseguimos alcançar um resultado que representa todo nosso esforço diante dos dias de greve. A greve acabou, mas a nossa luta continua hoje e sempre”.

Os bancários de Alagoas que trabalham em bancos privados, Caixa Econômica e Banco do Brasil retornam as atividades nesta terça-feira (27), e as agências voltam a funcionar normalmente.

domingo, 25 de outubro de 2015

Bancários podem encerrar greve, que completará 21 dias, nesta segunda-feira 

Jornalista Roberto Ramalho

Depois de ter prejudicado milhões de pessoas com a paralisação, o comando nacional dos bancários decidiu recomendar que a categoria aprove a proposta de reajuste salarial apresentada pela Fenaban, o que pode levar ao fim da greve nessa segunda-feira, com o retorno das atividades para terça-feira.

Depois de 20 dias de paralisação, os Bancos ofereceram reajuste de 10% para os salários, o mesmo percentual na Participação nos Lucros e Resultados e no piso dos empregados. 

Além disso, admitiu um aumento de 14% nos vales refeição e alimentação. 

Os grevistas ainda irão analisar as propostas amanhã, porém, tudo indica que aceitarão a proposta dos Bancos.

Quero só ver quem vai pagar a conta dos prejuízos sofridos pela população.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

STF determina retorno de dinheiro atribuído a Eduardo Cunha ao Brasil, e população está cada vez mais endividada

Jornalista Roberto Ramalho

Novo bloqueio das contas na Suíça e o sequestro de 2,4 milhões de francos suíços, o equivalente a R$ 9,6 milhões, foram autorizados pelo ministro Teori Zavascki do STF.

Desde que o dinheiro foi descoberto nas contas de Eduardo Cunha e de sua esposa Claudia Cruz, que ele nega que seja dele.

As provas são irrefutáveis e não há outra saída a não ser a de renunciar a presidência da Câmara dos Deputados.

Ontem, para ser agradável ao governo, afirmou que as pedaladas fiscais não são necessariamente as razões para a fundamentação do Impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Enquanto as discussões políticas são cada vez mais ferrenhas entre governo e oposição o País vai literalmente descendo morro abaixo.

Segundo a Serasa existem cerca de 60 milhões de pessoas negativadas no Brasil e a situação tende a piorar com o desemprego crescente.

De acordo com renomados economistas em 2016 a economia do país não crescerá acarretando mais desemprego, inflação e alta de juros.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Críticos britânicos elogiam no filme de 007 e performance de Daniel Craig 

Jornalista Roberto Ramalho com Agências Internacionais

No regresso de James Bond, após três anos - o último filme foi de 2012, Skyfall - os elogios ao filme e ao principal ator são muitos. 

E vão, justamente para um Daniel Craig que é capaz de ser, ao mesmo tempo, protagonista de cenas de ação de cortar a respiração e um homem em luta com as suas próprias emoções. 

É certo que nem todos os que já viram Spectre, o novo filme daquele que é um dos mais bem sucedidos franchises da história do cinema, ficaram absolutamente rendidos. Porém, muitas das críticas nos jornais britânicos dão-lhe nada mais nada menos do que cinco estrelas.

‘007 Contra SPECTRE‘ custou espantosos US$ 300 milhões, e teve vários problemas durante sua produção após o roteiro vazar durante um ataque hacker nos e-mails da Sony.
Entretanto, para o estúdio, o filme foi exibido para o público em sua première em Londres nessa quarta-feira (21), e agradou. 

As primeiras críticas começaram a sair nessa quinta-feira, e o consenso é que o filme faz jus à franquia.

Peter Bradshaw, do The Guardian, chama ‘007 Contra SPECTRE‘ de inventivo, inteligente e complexo. Diz ele: “Bond está de volta e Daniel Craig também em um emocionante, espetacular e delirante 007. Adotando uma linha pró-Snowden contra a vigilância assustadora que mina os direitos dos um indivíduo livre. É o caos repleto de pura ação com um verdadeiro sentido de estilo”.

O Telegraph revela que o novo filme acertou ao imitar o estilo do criador Ian Fleming com uma “pura necromancia cinematográfica.”

“Se Skyfall estava prestes a fazer o personagem Bond fazer sentido no mundo moderno, esta sequência finalmente consegue. Fantasmas de filmes antigos da franquia ressurgem no filme, arrepiando o público”, afirma.

O filme está com fantásticos 88% de aprovação da crítica especializada no Rotten Tomatoes.

A Variety ouviu analistas do mercado e eles mencionaram que ‘007 Contra SPECTRE‘ deverá estrear nos Estados Unidos e Canadá com US$ 80 milhões, uma quantia sensacional para uma produção que sem dúvida chegará mega elogiada no mercado mundial.

Os críticos britânicos puderam constatar, na sua maioria, que o realizador Sam Mendes optou por uma abordagem que não se distancia muito da que usou no filme anterior, Skyfall, que fora também muito bem recebido pelo público e pela crítica. 

Daniel Craig, que já está se despedindo do papel de 007, volta a conquistar, mostrando, mais uma vez  por que razão se lhe atribui o feito de ter revitalizado por completo a figura do agente secreto criado por Ian Fleming, dando-lhe densidade ao mostrar que também ele, e apesar de tudo, é humano.

O novo filme estreará nos cinemas do Brasil em 3 de novembro e eu estarei lá, com certeza, como fã e admirador da série.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Bancários rejeitam proposta dos bancos, greve continua, e prejudica população 

Jornalista Roberto Ramalho

Os bancários rejeitaram ainda há pouco, nesta terça-feira (20), uma proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 7,5% e a rejeitaram mantendo a greve.

Segundo informa o Portal G1, os bancários pedem reajuste salarial de 16%. A greve dos bancários entrou no 15º dia e fechou 12.567 agências pelo país - 408 a menos que no dia anterior. O número de centros administrativos também diminuiu, de 44 na segunda-feira (19) para 33 nesta terça. De acordo com o Banco Central, o país tem 22.975 agências instaladas no país.

A Febraban disponibilizou para os clientes a possibilidade de fazer saques, transferências e outras operações por canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, além de casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos credenciados.

A greve teve início no dia 6. Os bancários pedem reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82. 

Além disso a categoria também reivindica vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada. A categoria também pede pagamento para graduação e pós, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança.

A proposta inicial apresentada pela Febraban, que havia sido rejeitada em assembleias, era de reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. A Federação propôs ainda PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16).

Além disso a Febraban também propôs os seguintes benefícios: auxílio-refeição de R$ 27,43, auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 454,87,auxílio-creche/babá de R$ 323,84 a R$ 378,56, gratificação de compensador de cheques de R$ 147,11, qualificação profissional de R$ 1.294,49, entre outros.

Observa-se que está havendo um pedido muito exagerado por parte dos bancários, se analisarmos pela ótica em que o País se encontra. 

Inclusive os Banqueiros já aumentaram a proposta de 5,5% para 7,5%, mantendo os benefícios.

Infelizmente o país não tem mais autoridade, e, sequer o Poder Judiciário se importa com a situação agindo de maneira omissa.

domingo, 18 de outubro de 2015

Artigo - Dia do Médico

Roberto Ramalho é jornalista e servidor da Universidade Estadual de Ciência da Saúde de Alagoas

A medicina jamais teve a capacidade de fazer tanto pelo homem como hoje. No entanto, as pessoas nunca estiveram tão desencantadas com seus médicos. 

A questão é que a maioria dos médicos perdeu a arte de curar, que vai além da capacidade do diagnóstico e da mobilização dos recursos tecnológicos. A chave dessa arte perdida está na relação médico-paciente. 

Este artigo procura mostrar a face humana da medicina, em que a arte de curar é tão importante quanto as mais avançadas tecnologias médicas.

A etiologia engloba causas de sintomas e achados sugestivos para cada um deles. 

A avaliação médica também oferece diretrizes para a história do paciente, exame físico, interpretação de achados e exames. 

Atualmente as denominadas alas vermelhas, sobretudo a existente no Hospital Geral do Estado chamam a atenção para sinais que indicam problemas graves. 

O tratamento abrange todo tipo de procedimento necessário envolvendo a aplicação de cirurgia, drogas e e medicamentos, entre outros. 

Os pontos-chave resumem informações sobre avaliação e tratamento para cada sintoma do paciente. 

Num filme cuja produção deu-se em 1935, com o título "A História de Louis Pasteur", com direção de William Dieterle, e no elenco: Anita Louise, Josephine Hutchinson, Paul Muni, do Estúdio Classicline, País de produção, EUA, duração de 87 minutos, Preto e Branco/Colorido: Preto e branco, com Classificação indicativa de 12 anos, idioma em Inglês e Legendas em Português, é contada a história e a vida do cientista francês. 

Em 1860, o cientista e químico Louis Pasteur, interpretado por Paul Muni, voltou-se para um grave problema que alarmava a França: mais de 20.000 mulheres estavam morrendo anualmente durante o parto, e muitas das crianças morriam por infecção.

Estudando e desenvolvendo a sua Teoria dos Germes (bactérias, vírus e fungos) ele recomenda a esterilização dos materiais médicos e o máximo de higiene por parte dos doutores, o que evitaria as infecções. 

Contudo, a Academia não lhe dá ouvidos, e até mesmo o imperador ordena o seu silêncio.

Dez anos depois, precisando de dinheiro para pagar as dívidas da guerra, o governo francês descobre que os rebanhos estão morrendo pelo ataque do vírus Anthrax em quase todas as localidades do país, menos na pequena cidade de Arbois.

Quem está por lá fazendo seu papel, Louis Pasteur. Ele estava vacinando as ovelhas. Novamente, seu trabalho é desmoralizado, sobretudo, por aqueles que deveriam lhe dar atenção: a comunidade médica e científica. 

Quando Pasteur é absolvido de suas acusações, seus trabalhos se voltam para a hidrofobia. 

Finalmente os russos percebem a genialidade do cientista e as conquistas médicas atingidas por Pasteur, e somente então a França reconhece e honra seus trabalhos.

É o que está acontecendo atualmente com a descoberta de uma droga por um médico brasileiro, que combate o câncer e a comunidade médica-científica sequer o ajuda.

Até mesmo o conceituado médico Dráusio Varella suspeita e condena o seu uso, em reportagem, que irá ao ar nesse domingo no Programa Fantástico.

São ao todo 53 especialidades médicas, uma profissão e atividade muito abrangente.

Feliz Dia do Médico.


sábado, 17 de outubro de 2015

Associação Nacionais de Jornais condecora ministra Carmem Lúcia. Ela foi relatora da decisão do STF que considerou ilegal proibir a publicação de biografias

Jornalista Roberto Ramalho

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal recebeu na sexta-feira (16/10) o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa, da Associação Nacional de Jornais. 

Ele foi condecorada por seu trabalho como relatora da ação que considerou inconstitucional exigir autorização para a publicação de biografias. 

“A palavra exposta pela imprensa garante a democracia de cada ser humano”, afirmou a ministra. 

A decisão da ministra teve como base um processo em que o cantor Roberto Carlos impedia que um escritor publicasse o que era público sobre sua vida, tendo conseguido várias decisões favoráveis de juízes singulares e de Tribunais Superiores.

Contudo, foi com a decisão do Supremo Tribunal Federal dando fim ao impedimento que todas as biografias, inclusive a do cantor Roberto Carlos pudessem ser publicadas, sem nenhum tipo de censura, como queria o "Rei".

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Artigo - A decisão do STF, o processo de Impeachment, a estabilidade política-institucional, econômica, a ética, e o papel das Forças Armadas

Roberto Ramalho é jornalista

Em editorial, o jornal O Estado de S. Paulo afirma que foi correta a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, que proibiu o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de impor rito próprio a um eventual processo de impeachment. 

Diz o Editorial do Estadão: “A consolidação da democracia não se faz por atalhos”. No texto também são feitas críticas ao parlamentar. O jornal afirma que o deputado “é moralista, mas é, ao mesmo tempo, capaz de beneficiar-se de transações financeiras escusas e de negar pública e oficialmente as evidências que o comprometem”.

Enquanto isso dois professores da Fundação Getúlio Vargas, Rubens Glezer e Eloísa Machado,  do curso de Direito, em matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, afirmam que o Supremo Tribunal Federal tem agido como um poder moderador. 

Para os professores, a suspensão de atos relacionados ao impeachment são um efeito colateral da decisão do STF, pois o que foi garantido aos deputados pela corte constitucional foi o direito a um devido processo legislativo. 

Afirmaram eles: “As liminares não deram resposta sobre o que deve ser feito, mas controlaram como os parlamentares devem debater a respeito”.

É evidente que estamos caminhando para um abismo institucional, político e econômico se o governo e as oposições não se sentarem a mesa para conversar.

Falando a Folha de São Paulo o Comandante do Exército externou sua preocupação com a atual situação do Brasil.

Disse ele: "Estamos vivendo situação extremamente difícil, crítica, uma crise de natureza política, econômica, ética muito séria e com preocupação que, se ela prosseguir, poderá se transformar numa crise social com efeitos negativos sobre a estabilidade", afirmou.

Villas Bôas deu as declarações em inédita videoconferência na sexta-feira, dia 09.10.2015, para dois mil oficiais temporários da reserva, os denominados R2, que se prepararam durante o serviço militar, porém, não seguiram carreira.

Porém, o mesmo oficial-general, quando foi nomeado comandante do exército afastou qualquer manifestação de intervenção militar.

Questionado pelo Jornal Folha de São Paulo sobre o eventual significado de crise social dizer respeito ao Exército, ele citou o artigo da Constituição Federal que diz que as Forças Armadas "destinam-se à defesa da Pátria, a garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e dá ordem", sob autoridade presidencial.

"Foi com o pensamento de legalidade, de estabilidade e de legitimidade que o comandante do Exército se referiu", disse em nota.

No vocabulário filosófico contemporâneo, conceitua-se Ética como estudo da moral/moralidade – já a moral tem a ver com o agir humano (ações), sendo avaliado a relação entre o bem x mal ; justo x injusto; correto x incorreto.

A crise que o País está passando está fazendo o povo sofrer e o governo da Presidente Dilma, o Congresso Nacional e o Poder Judiciário precisam acabar de vez com ela antes que seja tarde demais.

Não quero e nem desejo uma nova ditadura para o Brasil. Creio que até mesmo As Forças Armadas também não querem. Porém, os militares enquanto cidadãos também estão de olho na crise.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Estado Islâmico confirma morte de seu número 2 

Roberto Ramalho com Agências Internacionais 

O grupo Estado Islâmico anunciou nesta terça-feira, 13.10.2015, que o número 2 da organização foi morto durante um bombardeio levado a cabo pela coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos, segundo noticia a agência France-Presse.

Abu Mutaz al-Qurashi também conhecido por Fadhil Ahmad al Hayali, morreu em um ataque aéreo em agosto passado, conduzido por forças norte-americanas. Eu não vou chorar a morte, pois o seu desejo era morrer em nome de Alá», disse o porta-voz do Estado Islâmico Abu Mohamed al-Adnani, num excerto de áudio posto na internet.

A Casa Branca tinha anunciado no dia 22 de Agosto, a morte de Qurashi durante um ataque aéreo a norte da cidade de Mossul, Iraque, contudo, os jihadistas só confirmaram o acontecimento nesta terça-feira.

Segundo Rita Katz, diretora de um portal que monitora a atividade de extremistas na internet, Adnani também chamou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de "idiota" e disse que a América será "destruída".

Há cerca de dois meses, a Casa Branca já havia anunciado a morte de Hayali, também conhecido como Haji Mutaz. Ele estava a bordo de um carro nos arredores de Mossul, no Iraque, quando o veículo foi atingido por um bombardeio norte-americano.

O número 2 do Estado Islâmico era tido como o aliado mais próximo do líder do grupo, Abu Bakr al Baghdadi, e coordenava o deslocamento de armas, explosivos, automóveis e pessoas entre Iraque e Síria.

Durante o fim de semana as autoridades russas dizem ter impedido a perpetração de um atentado em Moscou, capital da Rússia.

Segundo informa a Agência Reuters, os serviços de segurança da Rússia revelaram que os dez suspeitos detidos foram treinados pelo Estado Islâmico na Síria.

«Algumas destas pessoas treinaram em campos do Estado Islâmico na Síria. Dois dos detidos confessaram que planejaram realizar um ataque terrorista no transporte público de Moscou», disse o Serviço Federal de Segurança da Rússia, citado pela agência de notícias russa Interfax.

domingo, 11 de outubro de 2015

Portugal vence Sérvia nas eliminatórias da Eurocopa e se classifica na 1ª posição de seu grupo

Jornalista Roberto Ramalho

O Grupo I das Eliminatórias da Eurocopa terminou neste domingo (11) com uma vitória convincente de Portugal, que conquistou a sua sétima vitória seguida, consolidando o domínio da chave. 

Em Belgrado, os portugueses derrotaram a Sérvia, que já estava eliminada, por 2 x 1, com gols de Nani e João Moutinho, com Tosic diminuindo para o time da casa. 

Na outra partida do grupo, a Albânia derrotou a Armênia por 3 x 0 fora de casa e se garantiu no torneio pela primeira vez em sua história. 

A Dinamarca ficou na 3ª posição e tentará uma vaga na repescagem.

sábado, 10 de outubro de 2015

Artigo - Dia Mundial da Saúde Mental 

Roberto Ramalho é jornalista, blogueiro e servidor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal)

Desafios e possibilidades foram lançadas a partir da publicação da Lei Antimanicomial de 2001.
O novo contexto do cuidar apresenta a assistência ao paciente nos transtornos mentais mais comuns, assim como a orientação sobre a atuação da equipe multidisciplinar para o adequado desempenho e atendimento qualificado ao paciente portador do transtorno.

A nova Lei vai ao encontro do modelo de assistência em Saúde Mental proposto pela legislação brasileira vigente, que é pautada na mudança do modelo centrado no hospital psiquiátrico e médico-biologicista, apresentando propostas de cuidar que mostram ser possível ir além do que é determinado pela Política Nacional de Saúde Mental.

Numa palestra, o Prof. Dr. André Luiz Moraes Ramos afirma que Saúde Mental não significa ausência de doença, mas uma condição de bem estar biopsicossocial: – organismo, – psiquismo e – adaptação social; A doença mental é analisada em termos de sofrimento psíquico, que compromete a vida pessoal, familiar, educacional e profissional do indivíduo.A doença mental é analisada em termos de sofrimento psíquico, que compromete a vida pessoal, familiar, educacional e profissional do indivíduo.

Hoje é discutida a relação entre a Terapia Comunitária Integrativa (TCI) e os princípios e práticas da Saúde Mental, a partir do referencial da Reforma Psiquiátrica no Brasil. 

Atualmente esta metodologia é adequada aos objetivos do desenvolvimento da autonomia e da cidadania das pessoas com sofrimentos psíquicos do cotidiano, assim como dos portadores de transtornos psíquicos leves, moderados e graves. 

A TCI revela-se como instrumento de promoção da saúde e prevenção da doença. A partir de experiências diversas, no Brasil e na França, são revelados como a TCI auxilia no cuidado à saúde mental do trabalhador da saúde, da grávida e da puérpera, do paciente com epilepsia, do estudante e do educador, do usuário de álcool e de outras drogas e do CAPS Ad

Hoje também se debate exaustivamente os princípios da Reforma Psiquiátrica e da Saúde Mental Comunitária, sobre a relação entre as pessoas cuidadas e os cuidadores e uma reflexão filosófica sobre o encontro. 

A Terapia Comunitária Integrativa, criada e desenvolvida pelo Prof. Adalberto Barreto na Universidade Federal do Ceará, é uma metodologia adequada para a construção de redes solidárias e o desenvolvimento da cidadania de pessoas e grupos comunitários. 

Essa tecnologia tem sido implantada desde 1987, nos Estados brasileiros, bem antes da vigência da Lei Antimanicomial, e também em vários países, como França, Suíça, Alemanha, Moçambique e Uruguai. 

Hoje, de acordo com estimativas, existem aproximadamente 40.000 terapeutas comunitários formados no Brasil através de 46 Polos Formadores interligados pela Rede ABRATECOM (Associação Brasileira de Terapia Comunitária). 

Em seu desenvolvimento, a TCI tem participado como instrumento social das políticas públicas que são recomendadas pela Organização mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde, sobretudo abrangendo as áreas sociais, da educação, saúde, justiça, segurança pública, através de entidades governamentais como Ministérios, Secretarias de Estados e Municípios, envolvendo, também, entidades não governamentais e privadas. 

O esforço coletivo tem demonstrado a utilidade dessa abordagem nas ações de acolhimento e desenvolvimento de pessoas e da sociedade, e por se tratar de uma técnica integradora de pessoas e comunidades, ela tem sido utilizada nas práticas e nos serviços de Saúde Mental pelo Brasil afora. 

A Terapia Comunitária Integrativa se sintoniza com os princípios libertadores e promovedores preconizados pela Reforma Psiquiátrica, previstas na Lei Antimanicomial, visando desenvolver a autonomia dos indivíduos e facilitar a aceitação das diferenças entre as pessoas e, portanto, a inclusão social.

De acordo com a Organização da Nações Unidas, por intermédio da Organização Mundial da Saúde (OMS),  a  Classificação das DOENÇAS MENTAIS são as seguintes entre principais tipos: 

– Distúrbios de Ansiedade: fobias, pânico, obsessões, compulsões, etc; fobias, pânico, obsessões, compulsões, etc; 

– Distúrbios Afetivos ou de Humor depressão e mania; depressão e mania; 

– Distúrbios Esquizofrênicos: sintomas psicóticos de delírio e alucinações. sintomas psicóticos de delírio e alucinações.

No Brasil, a Lei nº 10.216, de 06.04.2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental, assim define os direitos da pessoa portadora de transtorno mental:

I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.

Concluindo, diante de milhares de evidentes experiências de atipia, desajuste, desconforto ou mal-estar cada vez mais comuns nos pacientes que sofrem de transtornos mentais - como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, síndrome da fadiga crônica, bulimia, anorexia, entre outros, buscar discutir as utilidades e as limitações dos critérios a serem usados e utilizados a partir dos quais se define o que seja doença e o que não seja, o que é normal e o que não é, constitui um debate necessário e verdadeiro, e de enorme relevância, para os profissionais da saúde mental e para todos os interessados no tema.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Ministro Luiz Fux nega Segurança para impedir julgamento das pedaladas fiscais e TCU julga ilegais contas do governo Dilma de 2014 

Jornalista Roberto Ramalho

A Advocacia-Geral da União impetrou, nesta terça-feira (6/10) um mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal que tentava suspender a sessão desta quarta-feira (7/10) do Tribunal de Contas da União que terminou analisando as contas de 2014 do governo federal e as rejeitou por unanimidade. 

Na ação, a AGU alegava que o TCU descumpriu o rito previsto no Código de Processo Civil ao tratar do pedido de suspeição movido contra o relator da análise das contas governamentais, ministro Augusto Nardes. 

Neste questionamento, a AGU havia argumentado que Nardes havia antecipado seu voto e por isso não teria condições de julgar a ação.

E agora a noite o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, por unanimidade, um parecer pela rejeição das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff. 

Os oito ministros titulares presentes em plenário entenderam haver irregularidades nos gastos e decidiram encaminhar ao Congresso Nacional a sugestão de reprovação das contas da presidente Dilma Rousseff. 

A última vez que isso ocorreu foi em 1937, no governo de Getúlio Vargas. 

A palavra final sobre as contas será agora do Congresso Nacional, onde o governo terá condições de reverter a situação fazendo uso de meios inadequados.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Tendência do TCU é a rejeição das contas de 2014 do governo federal 

Jornalista Roberto Ramalho

Mesmo sobre pressão do governo federal na tentativa de adiar o julgamento das pedaladas fiscais da gestão Dilma Rousseff 2014, o Tribunal de Contas da União resolveu analisar o parecer do ministro Augusto Nardes.

Antes, porém, o Tribunal de Contas da União deverá analisar o pedido de seu afastamento sob a alegação de que ele já havia declarado seu voto antecipadamente, o que na visão do Advogado Geral da União, Luís Inácio Adams, estaria ferindo a Lei da Magistratura e o próprio Regimento Interno do órgão.

Todavia, antes mesmo de acontecer o julgamento, o ministro da AGU, Luis Adams fará a sustentação oral pedindo o afastamento do relator que analisa as contas do governo.

Caso o TCU mantenha Augusto Nardes como relator da matéria, e o seu parecer  seja acatado e acompanhado pelos demais ministros, e o governo perca, a estratégia será a de recorrer ao STF.

Tudo leva a crer se o julgamento for em frente, o parecer recomendando a rejeição seria seguido pelos demais ministros da Corte de Contas, abrindo um precedente para que a oposição requeira o Impeachment da presidente por haver um fato concreto.

domingo, 4 de outubro de 2015

Governo irá pedir suspensão de ministro do TCU da relatoria das contas de Dilma que questiona as "pedaladas fiscais" 

Jornalista Roberto Ramalho

Julgamento das chamadas 'pedaladas fiscais', que estava marcado para quarta, pode ser adiado mais uma vez. Advogado-geral da  União disse que Augusto Nardes se manifestou previamente sobre o caso.

Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União e responsável pelo julgamento das contas da presidente Dilma Rousseff, afirmou a gravidade do rombo causado pelas pedalas fiscais e criticou a falta de contingenciamento do governo na previsão de gastos.

Segundo o Estadão, o pedido do governo deve ser enviado nesta segunda-feira, 5, à Corte de Contas sob a alegação de "vício" no processo.  O governo se baseia na legislação que veda aos magistrados manifestar opinião sobre processos ainda não julgados.

Informa o Estadão que a estratégia foi apresentada na tarde deste domingo, 4, em entrevista coletiva concedida pelos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) e Nelson Barbosa (Planejamento). A ideia, com isso, é adiar o julgamento das contas, agendado para a próxima quarta-feira. "Se apontamos a suspeição, não pode ter o julgamento sem analisar essa suspeição antes de julgar o mérito", disse o ministro José Eduardo Cardozo.

"É vedado ao magistrado se manifestar por qualquer meio de comunicação sobre processo em curso. O que percebemos é que essas manifestações reiteradas constrangem todo o restante do tribunal. O problema está na condução e dirigismo", disse Adams. Segundo ele, Nardes deve ser substituído da relatoria. "O processo precisa ser saneado. Sanear é reconhecer o vício e substituir o relator", completou.

A situação do governo da presidente Dilma é muito séria. Se o processo for a julgamento o TCU decretará a derrota do governo federal por ferir os princípos da legalidade, moralidade e publicidade.
Artigo: 'Caminhos para reduzir a corrupção', 

POR SÉRGIO FERNANDO MORO* 04.10.2015 às 7h00. atualizado 04.10.2015 às 8h52. www.oglobo.globo.com

'A questão mais relevante é indagar como sair desse quadro'

A corrupção faz parte da condição humana. Isso não é um álibi, mas uma constatação. Sempre haverá quem, independentemente das circunstâncias, ceda à tentação do crime.

Outro fenômeno é a corrupção sistêmica, na qual o pagamento de propina torna-se regra nas transações entre o público e o privado. Isso não significa que todos são corruptos ou que todas as interações entre agentes privados e públicos envolvam sempre propina. Mas, na corrupção sistêmica, o pagamento da propina, embora não um imperativo absoluto, torna-se um compromisso endêmico, a regra do jogo, uma obrigação consentida entre os participantes, normalmente refletida no pagamento de percentuais fixos de comissões sobre contratos públicos.

OS CUSTOS SÃO GIGANTESCOS

A economia perde eficiência. Além dos custos óbvios da propina, normalmente inseridos nos contratos públicos, perde-se a racionalidade na gestão pública, pois a apropriação dos valores passa a guiar as decisões do administrador público, não mais tendo apenas por objetivo a ótima alocação dos recursos públicos. Talvez seja ela a real motivação para investimentos públicos que parecem fazer pouco sentido à luz da racionalidade econômica ou para a extraordinária elevação do tempo e dos custos necessários para ultimação de qualquer obra pública.

Mais do que isso, gera a progressiva perda de confiança da população no estado do direito, na aplicação geral e imparcial da lei e na própria democracia. A ideia básica da democracia em um estado de direito é a de que todos são iguais e livres perante a lei e que, como consequência, as regras legais serão aplicadas a todos, governantes e governados, independentemente de renda ou estrato social. Se as regras não valem para todos, se há aqueles acima das regras ou aqueles que podem trapacear para obter vantagens no domínio econômico ou político, mina-se a crença de que vivemos em um governo de leis e não de homens. O desprezo disseminado à lei é ainda um convite à desobediência, pois, se parte não segue as regras e obtém vantagens, não há motivação para os demais segui-las.

Pior de tudo, a corrupção sistêmica impacta o sentimento de autoestima de um povo. Um povo inteiro que paga propina é um povo sem dignidade.

Pode-se perquirir quando o problema começou, mas a questão mais relevante é indagar como sair desse quadro.

Há uma tendência de responsabilização exclusiva do poder público, como se a corrupção envolvesse apenas quem recebe e não quem paga. A iniciativa privada tem um papel relevante no combate à corrupção. Cite-se o empresário italiano Libero Grassi. Em ato heroico, no começo da década de 90 na Sicília, denunciou publicamente a extorsão mafiosa, recusando-se a pagar propina. Ficou isolado e pagou com a vida, mas seu exemplo fez florescer associações como o Addiopizzo, que reúne atualmente centenas de empresários palermitanos que se recusam a ceder à extorsão. Não se pretende que empresários daqui paguem tão alto preço para tornarem-se exemplos, mas, por vezes, poderão se surpreender como a negativa e a comunicação às autoridades de prevenção, que podem mostrar-se eficazes.

Mas o poder público tem igualmente um papel relevante. As regras de prevenção e repressão à corrupção já existem. É preciso vontade para torná-las efetivas. Se a Justiça criminal tratasse a corrupção com um terço da severidade com que lida com o tráfico de drogas, já haveria uma grande diferença. Em parte, a inefetividade geral da lei contra a corrupção e contra figuras poderosas é um problema de interpretação e não de falta de regras. O exemplo do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Penal 470 deve ser um farol a ser considerado por todos os juízes.

Dizer que as regras existem não significa que não é preciso melhorá-las.

O que mais assusta, em um quadro de naturalização da propina, é a inércia de iniciativas para a alteração das regras legais que geram as brechas para a impunidade. O processo penal deve servir para absolver o inocente, mas também para condenar o culpado e, quando isso ocorrer, para efetivamente puni-lo, independentemente do quanto seja poderoso.

Não é o que ocorre, em regra, nos processos judiciais brasileiros. Reclama-se, é certo, de um excesso de punição diante de uma população carcerária significativa, mas os números não devem iludir, pois não estão lá os criminosos poderosos. Para estes, o sistema de Justiça criminal é extremamente ineficiente. A investigação é difícil, é certo, para estes crimes, mas o mais grave são os labirintos arcanos de um processo judicial que, a pretexto de neutralidade, gera morosidade, prescrição e impunidade.

Um processo sem fim não garante Justiça. Modestamente, a Associação dos Juízes Federais do Brasil apresentou sugestão ao Congresso Nacional, o projeto de lei do Senado 402/2015, que visa eliminar uma dessas grandes brechas, propiciando que, após uma condenação criminal, em segunda instância, por um Tribunal de Apelação, possa operar de pronto a prisão para crimes graves e independentemente de novos recursos. Críticos do projeto apressaram-se em afirmar que ele viola a presunção de inocência, que exigiria o julgamento do último recurso, ainda que infinito ou protelatório. Realisticamente, porém, a presunção de inocência exige que a culpa seja provada acima de qualquer dúvida razoável, e o projeto em nada altera esse quadro. Não exige, como exemplificam os Estados Unidos e a França, países nos quais a prisão se opera como regra a partir de um primeiro julgamento e que constituem os berços históricos da presunção de inocência recursos infinitos ou processos sem fim. O projeto não retira poderes dos Tribunais Superiores que, diante de recursos plausíveis, ainda poderão suspender a condenação. Os únicos prejudicados são os poderes da inércia, da omissão e da impunidade.

Mas há alternativas. Em sentido similar, existe a proposta de emenda constitucional 15/2011, originária de sugestão do ministro Cezar Peluso, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal. O Ministério Público Federal apresentou dez propostas contra a corrupção que deveriam ser avaliadas pelo governo e pelo Congresso, assim como os projetos citados, com a seriedade que a hora requer.

O fato é que a corrupção sistêmica não vai ceder facilmente. Deve ser encarada da forma apropriada, não como um fato da natureza, mas como um mal a ser combatido por todos. Os tempos atuais oferecem uma oportunidade de mudança, o que exige a adoção, pela iniciativa privada e pela sociedade civil organizada, de uma posição de repúdio à propina, e, pelo Poder Público, de iniciativas concretas e reais, algum ativismo é bem-vindo, para a reforma e o fortalecimento de nossas instituições contra a corrupção. Milhões já foram às ruas protestar contra a corrupção, mas não surgiram respostas institucionais relevantes. O tempo está passando e o momento, em parte, está sendo perdido.

*SÉRGIO FERNANDO MORO é Juiz de Direito

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Dilma faz reforma do Poder Executivo de forma clientelista e fisiologista para agradar o PMDB 

Jornalista Roberto Ramalho

No discurso em que anunciou a reforma administrativa, nesta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff afirmou que “todas as nações que atingiram o desenvolvimento construíram Estados modernos”. E justificou afirmando: “Esses Estados modernos eram ágeis, eficientes, baseados no profissionalismo, na meritocracia e extremamente adequados ao processo de desenvolvimento que cada país estava trilhando”, destacou dizendo: “Nós também temos de ter esse objetivo”.

Durante seu discurso a presidente Dilma Rousseff sempre falava em gestão afirmando: “Melhorar a gestão pública federal é um desafio constante. Um dos seus objetivos é elevar a competitividade do País, garantindo segurança jurídica dos contratos, estabilidade dos marcos regulatórios, com a simplificação de procedimentos, autorizações, concessões e fiscalização dos serviços regulares”, afirmou a presidenta. “É fazer com que a ação do Estado não seja um empecilho ao investimento, uma barreira ao investimento. Mas que seja um suporte ao investimento e a ação inovadora do setor privado e também dos cidadãos e das cidadãs”.

Além disso destacou a necessidade da população ter acesso aos serviços básicos afirmando: “a garantia de igualdade de oportunidades tem por objetivo assegurar o mais amplo acesso aos serviços de qualidade prestado aos cidadãos”. “Ela exige necessariamente um Estado democrático, transparente, e que esteja aberto à participação da sociedade”.

A presidente Dilma também ressaltou que o governo tem ciência das dificuldades econômicas a serem superadas para que o país volte a crescer, afirmando: “Sabemos que, se erramos, precisamos consertar os erros e, se acertamos, precisamos avançar nos acertos e seguir em frente”.

Entre as medidas anunciadas pela presidenta Dilma estão a redução de oito ministérios e trinta secretarias nacionais; o corte de três mil cargos em comissão; a redução em 20% dos gastos de custeio e de contratação de serviços de terceiros; e a redução em 10% do salário da própria presidenta, do vice-presidente e dos ministros de Estado.

A presidente também anunciou que serão revistos todos os contratos de aluguel e de prestação de serviços como vigilância, segurança e Tecnologia da Informação, assim como a utilização de todo o patrimônio da União, e o governo só ficará com os prédios que servirem a políticas públicas.

Na verdade, essa reforma é uma prática nojenta de clientelismo e fisiologismo para agradar o partido dos traíras, o PMDB.

O modo de se fazer política piorou muito com o PT no Poder. Somente agora é que pude observar e compreender. E vejam que não sou leigo no assunto.

Em 2018 vamos votar para mudar. Em 2018, não importa como o País esteja social, economicamente e politicamente. Não devemos mais votar nesse partido - PT - e o PMDB.